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sábado, 18 de julho de 2020

Coletânea reúne bandas Antifascistas

Foi lançada hoje a coletânea Punkadaria Antifascista. Com capa de Jean Etienne (Xixo Tatoo), e produção do Som De Peso, que  reuniu 33 bandas em 32 faixas, nesse protesto em forma de coletânea, trazendo, cada banda, sua crítica, seu grito contra opressão e toda forma de fascismo.
A luta, substantivo feminino, como reforça a banda Xavosa, responsável pela abertura da coletânea, representa a resistência contra essa sociedade preconceituosa em que temos que viver.
Nesse momento crítico e caótico em que vivemos, a coletânea trás a tona o grito vindo de vários estados do Brasil, como Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Amazonas, Bahia, Paraíba, Ceará, Brasília e Pernambuco.
Dê o play aí abaixo!



sexta-feira, 10 de julho de 2020

7 Programas de rádio para você ouvir

Durante essa pandemia caótica, tenho buscado preencher meu tempo lendo livros, assistindo documentários e filmes, mas principalmente ouvindo muito som. Então resolvi criar essa lista com 7 programas de rádios que tocam o bom e velho punk rock e outras vertentes do rock underground. Esses programas também recebem materiais de bandas undergrounds.
Eu aproveitei e conversei com alguns idealizadores desses programas. Se ligue, se você tem banda, manda material para eles. Se você não tem banda, mas gosta de ouvir uma boa seleção underground, salve as rádios em seus favoritos!
Para acessar os programas, só clicar no nome de cada um na lista abaixo, no horário marcado.

1-ROTA 77
Quarta das 20:00 às 21:00 horas
Produção e Apresentação: Barata DZK, Rodrigo Napa e Cledson Kbça.
Primeiro programa de webrádio/podcast a tratar exclusivamente do Punk Rock nacional e trazer o rock da periferia para as ondas da internet. Criado e apresentado desde 2003 pelo vocalista da lendária banda DZK de Punk Rock do ABC Paulista, Manoel “Barata” Silva.  Perguntei Barata sobre a importância desse tipo de programa e ele falou que "programas como Rota ajudam a manter as bandas sempre lembradas, seja na ativa ou não. Tem gente que veio conhecer uma banda, porque ouviu na rádio. Tenho dois casos recentes; eu estava uma noite fazendo uma discotecagem em uma casa noturna, e acabei rolando o Distúrbio Mental. Um outro amigo que também estava discotecando, me perguntou que "banda é essa barata?" respondi distúrbio mental, e ele "que banda boa,vou procurar mais sobre eles". O vocalista da distúrbio postou certa vez perguntando da onde vocês conhecem a banda, esse amigo, pra minha surpresa respondeu pra ele "conheci pelo barata!"
Outro caso foi eu fazendo o rota, agora sendo produzido e apresentado por mim, Rodrigo Napa e Cledsom kabeça, que são da banda O.I.C (onde iremos chegar), eu acabei rolando Cama de Jornal, eles ouviram aqui e veio a pergunta; "que banda é essa?" e eu "isso é cama de Jornal de Vitória da conquista", os caras já foram pesquisar mais sobre a banda." finalizou.
Barata DZK (ao centro) com Rodrigo Napa e Cledsom kabeça
Mas eu também queria saber onde toda essa chama começou. Barata me disse que "em 1998 Renato Zebinato, editor do zine "Bala Perdida" me convidou para fazermos um programa de radio aqui em Santo André, era uma radio pirata chamada Rota 99. Ficamos um ano e meio no ar e o programa se chamava "Liberdade de expressão". Depois não deu mais certo, pois a policia federal  ficava monitorando as radios piratas para fechar. Fiquei parado até o ano de 2003, foi onde eu e o Marco Ribeiro, jornalista que já fazia programa de podcast, me convidou para montarmos uma radio onde eu poderia tocar o DZK, já que nenhuma radio fazia isso, ai eu tive a ideia de dar nome pra radio de rota77, mas eu falei pra ele; "eu não quero fazer a radio só pra ficar tocando a minha banda, quero tocar as bandas que existem na cena nacional". Ai amigo, de lá pra cá teve muitas idas e voltas com o rota, até eu fazer sozinho na Antena Zero. Fiquei lá por 2 anos, depois sai e achei que não voltaria mais a fazer. Mas encontrei esses dois amigos do O.I.C, e me fizeram o convite pra voltar com o Rota 77, mas agora gravado no estúdio deles, o Big Head House, e me apresentaram o dono da radio para apresentarmos o programa  na www.asbrazil.com".
Atualmente acompanhado de Rodrigo “Napa” vocalista e guitarrista da banda Onde Iremos Chegar? na apresentação e Cledson “Cabeça” baterista da Onde Iremos Chegar? na sonoplastia e edição, gravado no Big Head House Estúdio o programa está indo ao ar todas às quartas-feiras às 20h com reprise as quintas-feiras às 13h e aos sábados na Estação de Rádio Advertising Stage Brazil através do site asbrazil.com.

2-DISTORÇÃO
Sábado e domingo das 14:00 às 18:00 horas.
Apresentação: Alexandre Neves
E na madrugada tem o INSÔNIA DISTORÇÃO todo dia, das 2:00 às 6:00 da manhã (Formato playlist).
Idealizado pelo pesquisador (antes de ser radialista) e comunicador social Alexandre Neves (Roy), o Distorção vai ao ar em parceria com os comunicadores Pablo Henrique (técnico), Artur Felipe e o pesquisador Julio Cesar na Amparo FM 98.1 da cidade de Olinda-PE. Segundo Roy, seu primeiro contato com rádio foi " em 2004, fui convidado a fazer um especial de dia mundial do rock, na radio São Lourenço FM, no programa "São Lourenço pro rock". Quase um mês depois perguntei se a galera do programa gostou e soube que eles desistiram de fazer, por não saber muito de rock. Fiquei chateado, pois o meu conhecimento fez a equipe desistir". Concluiu.
Mesmo com essa decepção inicial, Alexandre não desistiu  e juntou com dois amigos pra botar o projeto pra frente. "Eu e o Josimar, que me chamou para, junto com Mecinho do Rock, assumirmos o programa até metade de 2006. Depois fizemos em outra radio em 2007 e 2008. E de novembro de 2009 até hoje, estamos no ar na Amparo fm", completou.
Alexandre Neves (Roy), Pablo Henrique e Arthur Felipe comandam o Distorção
Roy lembra ainda que chegaram até a produzir um festival de rock; "fizemos em 2008, que foi grande". Os mais recentes foram em 2018 e 2019, mas de menor porte. "a gente vende uma rifa com as bandas e faz o evento. É bem colaborativo".
Mas Alexandre ressalta a importância do programa, desde os primórdios, para a divulgação de bandas. Segundo ele "a ideia de cobrir eventos e captar material demo ou independente surgiu no São Lourenço pro Rock, entre 2004 e começo de 2005". Ainda sobre esse papel como divulgador de  bandas, ele completa dizendo que "chegamos ate a apresentar certos eventos. Em varias cidades Dentro e fora da região metropolitana do Recife" e finaliza frisando que " é nossa missão. Mesclando os grandes do rock e metal em geral. Costumo dizer que somos uma revista musical" que passa por "varias décadas, gerações, fases. A história do rock e da boa música".

3-LONDON CALLING
Apresentação e Produção: Paulo Floriani
Sábado 19:00 horas
Direto de Florianópolis-SC, é transmitido pela Mutante Rádio. O programa London Calling não foi a primeira experiência de Paulo Floriani com o rádio. Ele diz; "eu morei em SP durante muitos anos e namorei uma menina da 89 FM, a Elaine. Ela produzia uma programa chamado "A Vez Do Brasil", eu tava sempre nos bastidores, sempre que possível. E curti esse ambiente de radio, e hoje faço parte de uma (aqui na verdade é uma "célula" de um todo chamado Mutante Radio), mas a gente tá senpre "aprontando" alguma". Paulo também era envolvido com os rolés pelo underground. "Eu sempre estive envolvido no underground, deste os fim dos anos 80 (88, 89), sempre em shows, ensaios e viagens acompanhando uma banda em especifico aqui, fomos pra São Paulo (interior, Americana e Limeira) e íamos para Curitiba direto".
Paulo Floriani-London Calling
Sobre sua entrada numa radio, ele disse que "em  2016 uma amiga disse que o namorado dela iria fazer uma radio aqui em Florianópolis e me convidou,topei na hora. Um tempo depois a radio deu uma esfriada e acabou terminando, mas o Ricardo Drago, da Mutante Rádio me convidou e também topei na hora". Sobre o primeiro programa London Calling na Mutante, ele estava ainda meio perdido, sem saber o que fazer. "O primeiro programa, como eu não tinha muita ideia, só de musica deu 3 horas e 40 min, porque eu quis botar tudo que me influenciou, e sempre aparecia uma música, e outra (risos)". No final, ele resolveu dividir o que seria o primeiro programa em várias edições. "Acabou rendendo três programas". Mas mesmo com pouca experiência, ele ressalta o apoio da galera da rádio; "eu tive um apoio fenomenal do Duda e do Jhonny na parte técnica, no inicio. Depois acabei me virando por conta do compromisso do Jhonny e me viro até hoje", finalizou.

4-ROCKERAGE
Apresentação e produção por Mário Mariones.
Quarta 22:00 horas.
Formado em Comunicação Social com habilitação em Rádio e TV pela Unimep, Mário Mariones é também o vocalista da banda Garrafa Vazia, que já apareceu várias vezes aqui no blog.  Mariones já atuou como jornalista, locutor e editor na Rádio Jovem Pan AM de Rio Claro e em outras rádios. Também já trabalhou por alguns anos como arte-educador na Fundação Casa, antiga FEBEM.
Desde os 90 está envolvido com o underground no interior de São Paulo.
Em 2010, começa a atuar mais intensamente como agitador cultural, realizando diversas gigs, eventos,  festivais, recebendo em sua casa bandas de outros país e regiões e também editando zines, escrevendo para blogs e portais de música subterrânea.
Quando criou o Rockerage, a ideia era um programa que buscasse a difusão do underground, sem sectarismo, sem radicalismo, sem pensar a música puramente nichada, fechada, presa em guetos: há espaço para o garage rock mais lo-fi até o brutal death metal, do power pop ao crust - desde que com ideias antifascistas.
Iniciado em 2018, o programa tem 60 minutos de duração e conta também com entrevistas com bandas undergrounds. Quem quiser enviar material tem dois caminhos:
pelo email: mariomariones@gmail.com
pelo Facebook: https://www.facebook.com/rockerageradio/
Mário Mariones apresenta o Rockerage
Segundo Mariones, a fissura por rádio começou cedo; "desde pirralho gostei de rádio. Herdei do meu velho pai o gosto, ele quando pequeno montou seu primeiro rádio sozinho. Então, eu adorava gravar as coisas, apresentar vinhetas, apresentar sons. No começo de 2000 eu comecei na faculdade a disseminar bandas que o pessoal não conhecia, e peguei gosto pelo intercâmbio, por trocar ideias e sons! Desinteressado, apenas pelo amor ao som, que não vivo sem!"
Para Mário, as rádios undergrounds independentes "são essenciais. Além das dicas de som e de manter o pessoal informado, proporcionam uma grande sinergia, um brado de resistência diante do boçal mainstream musical e senso comum - e canais independentes tem alma, e assim as pessoas podem obter novas reflexões, formar bandas, frequentarem eventos, descobrirem novas formas de contemplar e mudar o mundo à nossa volta, esses canais motivam muito as bandas, as pessoas que amam o FAÇA VOCÊ MESMO!! Vida longa ao rock subterrâneo e suas rádios, seus programas de rádio tão essenciais, tão enriquecedores para encarar o cotidiano!"

5-TOCA DO SHARK
Apresentação e Produção: Alexandre Quadros/Ícaro Quadros
Programa quinzenal e pode ser ouvido pela plataforma Mixcloud em:
https://www.mixcloud.com/alexandre-quadros/
E também transmitido nas webradios:
RÁDIO ROCK ON LINESemanalmente aos sábados com reprise nas quarta-feiras, ambos às 18hs e via STAY ROCK BRAZIL.
Quinzenalmente às terça-feiras às 20:00 com reprise na quarta-feira seguinte às 16:00.
O programa TOCA DO SHARK é ‘o braço sonoro’ do site de mesmo nome, no ar desde 2011 que trata da pluralidade estética e sonora do estilo de vida ROCK AND ROLL, cobrindo todos os estilos e pontos de vista, dando uma ênfase maior na cena brasileira sem amarras de estilos ou ideologias.
O programa em formato de podcast tem a duração de 1 hora e é produzido e apresentado por Alexandre Wildshark e seu filho Ícaro Quadros que cuida do bloco ‘Rock Hereditário’. Eles prezam pela premissa de cobrir os mais variados estilos sem nenhum pudor realçando os marginalizados ‘Lado-B’ das grandes bandas e principalmente, tocando as bandas mais esquecidas e marginalizadas de todos os cantos do mundo.
Alexandre Wildshark e seu filho Ícaro Quadros da Toca do Shark
Sobre a sua primeira vez no rádio, Alexandre disse que "sou radialista de formação, comecei a trabalhar em FM em 1998 em Mogi Guaçu/SP. Em 2000 comecei meu primeiro programa específico de Rock chamado "Rock Machine" que durou um ano e meio e rendeu um convite para eu ingressar na equipe de outro programa em outra rádio, era o programa Coda On Line que durou de 1998-2004 com vários colaboradores no time e um tempo de quatro horas no ar."
Mas nesse ramo, nem tudo são flores e Alexandre disse; "em 2004 me desliguei do mundo das FMs e por todos esses anos passei escrevendo sobre música na internet e as pessoas que me conheciam me pedindo um programa de Rock na web, com todas essas facilidades que a internet nos oferece, até que no final de 2018 me rendi e criei a Toca do Shark, que serve de braço sonoro do meu blog que existe desde 2011. No começo o programa só ia pro Mixcloud mas em fevereiro de 2019 fui convidado a ingressar na grade de programação da webradio Rádio Rock Online de Taquaritinga/SP e em Abril estreou também na Stay Rock Brazil de São Paulo/SP.
Hoje estou no ar nas duas e depois posto no Mixcloud pra galera escutar quando puder."
Sobre a dificuldade das bandas undergrounds em ser veiculadas nas rádios, para o grande público, Alexandre acha "de extrema importância essa rede de webradios e plataformas como o Mixcloud pra propagação do underground em si, sem jabá nem censuras."
E finalizou dizendo que "a internet, sabendo usar, é o instrumento mais punk da história. É totalmente Do It Yourself!"
Contatos:
www.tocadoshark.blogspot.com
www.mixcloud.com/alexandre-quadros
https://www.facebook.com/toca.do.shark/
Email: alexandrewildshark@gmail.com


Apresentação: Júnior Miguel e Kleber Cabrera                                                                    Produção: Júnior Miguel
Sábado das 19:00 às 21:00 Horas pela rádio 87,9 FM Agudos,
Com as atividades iniciadas na cidade interiorana de Agudos (SP), em junho de 2019, o Programa Batalha Rock tem como proposta tocar vertentes do rock nacional e internacional, desde clássicos a "b-sides", difundido notícias específicas como shows, curiosidades, lançamentos, históricos de bandas e estilos. 
Conversei com os caras e perguntei de onde veio a idéia de criar o programa, e segundo Junior, "um ponto comum é a paixão pela música, mas especificamente o rock! Além de particularmente, a admiração e inspiração em programas clássicos e extintos de rádio, como por exemplo,  aquele do Kid Vinil (da extinta Rádio Excelsior) e do Programa Pirata (Pela Rádio Unesp de Bauru), esses realizados entre as décadas de 80 e 90. "
Kleber, um dos apresentadores do programa acha que "vale enfatizar que já era um projeto antigo e o que me levou foi o fato de fazer parte do underground a mais de 20 anos e de tocar em bandas undergrounds, além da importância de qualquer espaço pra divulgar a cena underground."
Para Junior, a importância desses espaços radiofônicos revelam também "a necessidade gritante de um espaço que comporte propostas de difusão cultural, quais estamos inseridos no underground e cenário alternativo local há um bom tempo." Kleber vai além e diz que 'divulgarmos tudo que envolve o underground, e com isso deixamos a chama acessa sempre!"
Para ouvir o programa de qualquer parte do Brasil e do mundo, acesse:
https://www.87fmagudos.com.br/programacao/batalha-rock/
O programa tem uma página no Facebook;
Bandas interessadas na divulgação de material, envie release e som para:
Email; programabatalharock@gmail.com

7-OESTE SELVAGEM NOTÍCIAS MIX
Produzido por Luana B. e Xi Drinx.
Sábado 18:00 HORAS
o Oeste Selvagem Notícias Mix é um programa que vai ao ar todo sábado às 18hr, na Mutante Rádio,
No OxSxN Mix rola um resumo semanal das notícias que são postadas no blog de mesmo nome, além de uma seleção com músicas dos artistas que são notícia por lá, isto sempre no primeiro bloco. Nos outros é sempre um mix bem variado de sons. A produção do blog/programa é feita por Luana B. e Xi Drinx.

Bônus Rádio

Produzido e apresentado por Val Pinheiro
Segunda às 22:00 horas
Reprise sábado às 17:00 horas.
Produzido e apresentado por Val Pinheiro, baixista da banda Cólera, esse é um programa recente, mas que vale muito a pena escutar. Além de que a programação da rádio, intitulada de RED SOUND, fica 24 horas no ar com som punk rock hardcore.


domingo, 5 de julho de 2020

Injúria lança CD "Somos todos iguais"

A banda soteropolitana Injúria acaba de lançar seu CD "Somos todos iguais". Formado nos anos 90, o grupo passou por mudanças de formações e até hiato durante um período. Mas agora está de volta! Conversei com Manoel Messias, vocalista da banda. Se ligue aí!
Injúria por Fauro Joaquim/Against The Media
Primeiramente queria que você falasse sobre a banda, lá no início em 1993. Como surgiram e as influências?
Manoel Messias - A idéia embrionária da banda surgiu através de Tito, o antigo guitarrista, que chamou Fábio Castro para tocar bateria na banda que ele estava formando, tinha outro nome e contava com João Maldito (atualmente na banda Rancor) no vocal. Em 1993 houve a mudança do nome para Injúria e, após diversas trocas nos vocais, eu assumi o posto nesse mesmo ano. As influências iniciais eram o hardcore, o crossover e o metal. Após eu entrar na banda incluímos o rap neste molho sonoro. Escutávamos à época RxDxPx, Suicidal Tendencies, DRI, SOD, Excel, No Mercy, Slayer, Agnostic Front, Madball, Sick it of All, Cro Mags, Bad Brains, Beastie Boys, Public Enemy, Ice T, Run DMC, Racionais MC’s, Biohazard, Body Count, Rage against the machine. 

Foi nessa época que vocês participaram de algumas coletâneas, fala sobre elas:
Manoel Messias - Em 1995 participamos da UMDABAHIA como consequência da nossa atuação bastante ativa na cena punk/metal de Salvador, pois todas as bandas presentes na coletânea se destacavam pelos shows e pela quantidade de pessoas que compareciam. A UMDABAHIA foi importante para nós porque nos fez ser mais respeitados em Salvador e mais conhecidos na Bahia e no Brasil, além de abrir portas para shows maiores, com melhor estrutura. Dois anos depois, a convite de Phu (ex-DFC e atualmente vocal e baixista do Macakongs 2099), fizemos parte do primeiro tributo ao Ratos de Porão – Traidô que saiu pelo selo Silvia Music , dele e de Túlio DFC. Foram álbuns que tiveram uma grande repercussão positiva em todo o país e que hoje são difíceis de achá-los à venda.

Nessa época tocaram bastante, né? Fale sobre esses shows e onde foram:
Manoel Messias - Fizemos inúmeros shows por toda Salvador, desde o subúrbio até os bairros mais centrais da cidade, passamos por diversas cidades do interior da Bahia, além de shows realizados em Aracaju e Brasília. Posso destacar os shows que fizemos com o Ratos de Porão, grande referência nossa, e os dois shows que fizemos com Os Cabeloduro, um em Salvador, onde acabei fazendo um buraco no palco de tanto pular e o de Brasília, pela receptividade do público que agitou durante todo a nossa apresentação e comprou todas as nossas demo tape. O show de abertura que fizemos para a banda americana Dog Eat Dog, que curtíamos muito à época, o show que fizemos com o DFC, a nossa participação no Palco do Rock em 1996 e todas os shows que fizemos nas diversas edições do Garage Rock Festival.
Manoel Messias por Fauro Joaquim/Against The Media
E depois disso, vocês deram uma parada com a banda. Quando foi e o que aconteceu?
Manoel Messias - Eu, Fábio e Adriano não fazíamos mais parte da banda quando a banda parou, no início dos anos 2000, mas sei que o motivo da parada foi para que os membros restantes pudessem se dedicar a outros projetos pessoais. O que nunca foi interrompido foi o respeito e a amizade que temos um pelo outro. E foi com base nestas premissas que, em 2015, Adriano propôs a mim e a Fábio voltarmos a ensaiar e fazer novas músicas, inicialmente com outro nome, mas por exigência dos amigos e dos fãs a Injúria voltou aos palcos em 2019, e em Setembro faremos 01 ano de retorno.

E agora no meio desse caos, a banda volta com um novo material. Como foi a produção e gravação desse disco?
Manoel Messias - Um dos primeiros objetivos que definimos depois que voltamos com a banda foi de gravarmos o nosso primeiro álbum. Para isso selecionamos seis músicas, entre as músicas novas e as nossas clássicas, as aprimoramos, tanto nas músicas quanto nas letras. Escolhemos Vicente Fonseca, amigo nosso e que conhece o nosso som, para fazer a gravação, mixagem e masterização, além de ser produtor artístico conosco.
Fizemos uma campanha de financiamento coletivo cujo valor arrecadado pagou uma boa parte dos custos. As gravações ocorreram entre um show e outro nos meses de Novembro de 2019 a Abril deste ano. A capa, contracapa e o encarte foram feitas por Bruno Aziz e a Trinca de Selos – Brechó Discos, Bigbross Records e São Rock Discos é responsável pelo lançamento e distribuição.

Dessas seis músicas, algumas eram antigas. Quais foram?
Manoel Messias - "Morte aos Corruptos" e "Revolta Estudantil", com letras compostas por João Maldito. "Somos todos Iguais" é de João Maldito e Fabio Castro e "Olhe o Gringo" tem letra de Rico Oliveira, Fábio Castro e minha.

Eu gostei demais de "Anarko-íris" que tem uma letra diferente do que normalmente se escuta em sons de hardcore. De onde veio essa idéia?
Manoel Messias - Que bom que gostou, Nem! A letra começa com trecho de um poema que Thiago Evangelista, baixista da banda The Honkers, fez para uma musa dele. O refrão e a segunda parte da letra foi eu que fiz. Quando li o poema de Thiago logo percebi que poderia desenvolver uma letra que inspirasse esperança nas pessoas e que falasse de amor, mas que não fosse piegas. Acho que deu certo, pois temos tido boa receptividade das pessoas que a escutam, como foi o seu caso. Uma curiosidade é que o título da música foi dado por André, guitarrista da banda Via Sacra, depois de ouvi-la no StudioWorld, onde ensaiamos.

Gostei bastante também de "Antinome". Quem escreve as letras?
Manoel Messias - Fico feliz por ter gostado, obrigado. A letra de "Antinome" é a única deste álbum que fiz sozinho e um detalhe, como curiosidade, é que ela tinha uma letra bem diferente da atual, que foi refeita um pouco antes de gravarmos. Quanto a quem escreve as letras, nos anos 90 elas eram escritas exclusivamente por mim, as exceções foram as primeiras músicas da banda cujas letras foram compostas por Maldito e duas, sendo uma delas o "Olhe o Gringo", presente neste álbum, que foram feitas inicialmente por Rico Oliveira com colaborações posteriores minha e de Fábio. Atualmente a composição das letras está mais compartilhada entre nós, todos contribuem.

E agora, quais os planos pós pandemia?
Manoel Messias - Nosso plano pós pandemia é realizar shows de lançamento do nosso álbum em toda a Bahia e tocarmos em outros estados brasileiros, mas isto depende de como e quando será a retomada dos shows. Enquanto isto não se define, nós, no momento estamos compondo novas músicas e preparando a nossa lojinha com CD's, camisas, patches, adesivos e outros produtos para ofertarmos aos nossos fãs e admiradores.

O espaço é de vocês, aberto pra dizerem o que quiserem:
Manoel Messias - Muito obrigado pelo espaço, Nem e peço para todos que se inscrevam e nos acompanhem nas nossas redes sociais:
Para maiores informações e contato para shows temos o e-mail: injuriashows@gmail.com
Muito em breve teremos para a venda o nosso CD SOMOS TODOS IGUAIS. O nosso álbum está nas plataformas digitais. Escutem:
Fortaleça a cena. Sempre foi difícil para as bandas/casas de show/produtores do underground se manterem, mas piorou a situação nestes tempos de pandemia, então quem tiver uma grana sobrando adquiram camisas, CD's e outros produtos das bandas e contribuam com qualquer valor nas lives que assistirem.
Se você está com a carteira vazia, compartilhe os links dos eventos, os flyers, inscrevam-se e convidem os amigos para se tornarem inscritos e membros da página das bandas, fanzines e festivais nas redes sociais, enfim ajudem na divulgação das banda, das lives e festivais.




terça-feira, 11 de junho de 2019

Thrashard disponibiliza novo EP

Thrashard é Iuri, Oscar e Filipe
Conheci a banda Thrashard em um show bem underground, no bar Cana Café, bem longe do centro de Conquista e do lado daqui de minha casa. De imediato já me identifiquei com a sonzeira dos caras, uma mistura de thrash metal com Hardcore, o famoso Crossover! A banda vem há mais de cinco anos produzindo seus próprios eventos, gravando e tocando com as bandas que gosta. Conversei com a galera sobre tudo isso e também sobre o ultimo EP Damaged Brain, lançado no final do ano passado, mas só agora disponibilizado nas plataformas digitais. Se ligue no bate papo, ouça a sonzeira e conheça mais uma banda foda de Conquista!

A banda surgiu em 2013, e mesmo sem fazer shows, lançou logo um primeiro material. Conta pra gente como foi esse começo?
Então né, eu (Iuri) conheci Filipe pelo facebook, quando eu morava em Itambé-Ba ainda, e a gente já tinha bastante interesse em comum, quando se tratava de música, Filipe já tocava baixo e eu tocava guitarra, aí acho que foi meio natural querer fazer uma banda, só pra se divertir mesmo. Aí me mudei pra Conquista e a gente começou a fazer uns ensaios, e foi entrando mais gente na banda, como Rodrigo Freire na guitarra, que hoje toca na Bastard. A gente tinha umas composições já, e a gente era bem próximo da Assault (banda daqui de Conquista), ensaiava no mesmo lugar, (Filipe, Oscar e eu já tocamos inclusive) e a gente decidiu gravar um split entre as duas bandas, na raça mesmo, por que a gente não tinha ainda nenhum contato com gravação e tal, com bateria programada ainda por que Oscar ainda não tinha entrado na banda. Aí um tempo depois, já em 2015 a gente deu uma mudada no som, a gente era mais puxado pra o Thrash ainda, aí assumimos o Crossover de vez, e depois disso a gente gravou uma promo de 3 músicas, e entrou Oscar, que era o que faltava mesmo pra a gente. Pouco tempo depois, Rodrigo saiu da banda e resolvemos seguir com esse formato power trio mesmo, que é essa formação que está até hoje.

Mesmo assim a banda tocou em eventos com bandas importantes do Underground, como Test, Velho e Malefector. Como vocês avaliam esse intercâmbio entre bandas locais com as de outros estados?
É uma ferramenta importante no processo de fortalecimento da cena independente, da cena underground. E pra isso é mais do que necessário uma atitude nossa, é preciso correr atrás mesmo, arregaçar as mangas e fazer. O evento com o Test foi a gente quem organizou, por exemplo. Precisamos insistir para que esses intercâmbios continuem acontecendo, que os festivais ganhem força, pois é nos festivais que as bandas menores ganham essa oportunidade de dividir palco com bandas maiores.

Qual a importância de uma banda estar engajada na cena na base do faça você mesmo?
É importante pelo fato de que essa atitude deixa a banda viva, ativa. Isso consequentemente dá vida a cena em si, o engajamento da banda dá movimento à todo esse ecossistema, porque sempre vão ter os que reclamam, os que atrapalham e pra isso é nossa obrigação ser o contrapeso, até porque nós precisamos da cena ativa. Nós organizamos nossos eventos com o objetivo de fortalecer mesmo, e por isso em todos eles nós chamamos bandas locais e de outros estados, promovendo esse intercâmbio e interação entre pessoas e culturas.

No final do ano passado vocês lançaram o EP Damaged Brain, mas só agora começaram a divulgação. O que foi que houve de lá pra cá?
Então, a gente deu um corre pra fazer esse trampo acontecer e conseguir lançar, colocamos o material completo no youtube, fizemos lyric video e disponibilizamos o trampo completo pra download, conseguimos inclusive marcar alguns shows pra fazer a divulgação, o que foi muito interessante. Hoje um dos meios que a galera mais escuta som é por plataforma digital, e esse foi um dos fatores que mais nos atrapalhou na divulgação desse material, tínhamos nos programado pra lançar tudo de vez, no youtube, plataformas e download, porém tivemos problemas com direitos autorais de alguns samplers, o que acabou atrasando tudo, e muito. Ainda depois de conseguirmos lançar nas plataformas o som foi upado no perfil de outra banda com o mesmo nome da nossa. Enfim, o importante é que o trabalho tá aí e temos orgulho do resultado.

A banda canta em inglês, mas nesse novo material tem uma faixa em português. Por que cantar numa língua estrangeira? E vocês pensam em cantar somente em português nos próximos trabalhos?
Cara, como a gente sempre ouviu bandas do mesmo estilo que são gringas, meio que a gente seguiu o fluxo, até pela temática das letras se torna muito fácil compor em inglês e pra gente, mais interessante de se ouvir. O português é uma língua complexa, pra colocar num som tão rápido é meio complicado. Porém, com o tempo a banda foi amadurecendo e vendo a importância de se posicionar, e na situação atual o recado tem que ser mandado de forma direta, e a melhor forma de se fazer isso é cantando em português. Nossa ideia é ter mais composições em português e talvez uma coisa ou outra em inglês.

Qual a temática das letras?
A banda surgiu pelo nosso gosto em comum entre crossover/thrash e filmes de horror, então a ideia era manter isso, sempre escrevemos letras baseadas em filmes de horror, isso quando nós mesmos não inventávamos as histórias. Porém a gente sabe da importância de se posicionar e por isso temos algumas letras de cunho político e a tendência é compor mais nessa temática, afinal, fazer arte é ser político, principalmente no underground e a gente tem que passar o recado.

E agora, quais os planos pro futuro?
Continuar compondo, já temos várias músicas para serem gravadas. Vamos continuar organizando eventos, mas também pensamos em tocar em outras cidades e estados, fazendo parceiros e divulgando o nosso trabalho. 

O espaço é de vocês, pode falar o que quiserem;
Deixamos aqui o pedido pra quem ainda não escutou o nosso último trabalho (Damaged Brain), para escutar e se curtir, acompanhar a banda nas redes sociais e nas plataformas digitais. Pois somos uma banda proativa e não vamos parar de produzir, estamos felizes não só pelo resultado alcançado nesse EP, mas também pelas críticas de gente do Brasil inteiro e do mundo, falando muito bem a respeito desse trabalho. Vamos insistir em fazer esse trabalho AUTORAL, PESADO E INDEPENDENTE. Forte abraço à todos e para os fascistas que ainda existem na cena, que tenham uma morte lenta e sofrida, vão se fuder!

Thrashard nas plataformas da rede;
onerpm.com/Thrashard
Soundcloud.com/Thrashard
Thrashard.bandcamp.com
Youtube.com/channel/Thrashard

sábado, 21 de julho de 2018

Ódio Social lança CD Levante

Douglas, Leandro e Fábio - Ódio Social
Ódio Social é uma banda de São Paulo, formada no ano 2000, e conta hoje com Douglas na bateria, Leandro na guitarra/vocais e Fábio no baixo/vocais. Eu conheci Douglas ainda na época da troca de cartas, logo quando eu lancei o primeiro site do Tosco Todo. Ele era da banda RDK, e mandou um CD deles na época. A partir dali, mantivemos os contatos, posteriormente via redes sociais. Em 2015, durante uma turnê da Cama de Jornal por São Paulo, nos conhecemos pessoalmente. E Douglas sempre esteve envolvido com o underground punk, com o hardcore. Também me falou que estava com outra banda, chamada Ódio Social. Recentemente recebi aqui em casa, via correio, o novo lançamento deles de 2018, um digipack,  enviado por Douglas.
O disco "Levante", que sucede o álbum "Jovens Mortos" de 2014, abre com a faixa "São Paulo nunca dorme", um hardcore fudido com uma letra que diz: "Bom dia pra você/Dentro do ônibus lotado/bom dia pra você/dentro do trem atrasado/bom dia pra você/que nunca abaixa a cabeça/foda-se o governo!/antes que eu me esqueça!".
Destaco aqui a qualidade da gravação, feita no Hardcaos Estudio, por Fábio Hardcaos. A mixagem e masterização foi realizada no Mr. Som Estúdio por Heros Trench. A gravação está muito profissonal, com a audição perfeita de todos os intrumentos. Uma porrada na orelha, no melhor sentido da frase!
Como toda banda underground, o Ódio Social fez toda a correria para a produção do disco, mas contaram também com a ajuda dos parceiros; Redstar Recordings, Mente Destruida, Exílio Records, Resistência Antifashion, Produções Marginais Distro, Break The Silence Records, Lixo Discos, Manaós Distro, Resista! e Anos 80 Rock Wear.
Ódio Social - Levante (2018)
A trabalho do Ódio Social transita entre o hardcore punk e o crossover, com uma bateria acelerada e vocais rasgados e gritados. Quando pego um disco pra ouvir, a primeira coisa que faço é ler todas as letras, e uma das que se destaca nesse disco, é a faixa "Não serão os últimos dias", que diz em um trecho; "o que estiver ruim/ainda pode piorar/não conte com ninguém/para te ajudar". Isso reflete muito o que é tentar (sobre)viver num país escroto como o Brasil.
Outro destaque é a parte gráfica, com desenho de capa feito pelo Guilherme Bridon e arte final de Luiz Angelelli. Um digipack luxo, com encarte tipo livreto com as letras, além de muitas fotos dos rolés da banda, inclusive da turnê pela Europa. Se você curte hardcore punk ou crossover, ouça uma faixa abaixo e corra atrás desse disco!
CONTATOS:
ÓDIO SOCIAL

Atualização 22/07/18
Segue abaixo uma entrevista que os caras deram para Lecão (Amnésia Coletiva), no programa Vida Punk.

sexta-feira, 30 de março de 2018

Jacau lança CD Banzo

A banda baiana Jacau, da cidade de Itabuna, acaba de lançar seu novo CD. Intitulado “Banzo”, esse material vem com um som rápido e agressivo, característica marcante da banda. Em Banzo a Jacau vem com a temática das letras sobre períodos da escravidão no Brasil, que, de maneira velada, infelizmente persiste até hoje.
Gravado no estúdio 878 em Itabuna, com apoio da Cma digital, o álbum conta com 15 faixas. Destaque para a parte gráfica e ótima qualidade da gravação. O Disco esta disponível em CD, que foi produzido pela trinca de selos; Brechó DiscosBig Bross Record e São Rock Disco e pode ser adquirido também diretamente na pagina da banda e dos apoiadores do projeto:
Betometalmania: loja em Itabuna-Ba
O show de lançamento acontecerá em Itabuna, no Centro de Cultura Adonias Filho, as 14 horas, no dia 8 de Abril com entrada franca, e contará, além da Jacau, com a participação das bandas Second Face e Ruarez.
Dá o play em Banzo, e se estiver por perto, cola no show!



Contatos:

Ouça Jacau no:

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Lançada a coletânea União Underground Sul da Bahia

Acaba de ser lançada a coletânea “União Underground Sul Da Bahia”. A compilação é uma iniciativa de Jone Luiz, da banda baiana de hardcore Jacau, em juntar as bandas de Itabuna x Ilhéus, cidades do sul da Bahia. Com uma cena historicamente ativa, as bandas Jacau (Hardcore), Sades (Death/Doom), Matina (Metal), Kerberus (Thrash Metal), Mortífera (Death), Blackchest (Heavy Metal), SecondFace (Grindcore), apresentam seus trabalho com excelente qualidade de gravação.
Segundo Jone, "a ideia foi lançar de forma independente, ajudando a propagar todas as bandas no projeto apresentando faixas de seus CDs". O registro conta com 14 faixas de pura pancadaria.
Por se tratar de um trabalho independente, a coletânea está disponível somente no formato digital, entretanto, em breve será prensado. Dê o play e conheça mais sobre o underground baiano!!!

domingo, 5 de novembro de 2017

Terrorcídio anuncia turnê

A banda Terrorcídio, do Distrito Federal, estará  em São Paulo e Paraná durante os meses de novembro e dezembro com a "Terrortour", turnê de divulgação do seu primeiro álbum intitulado "Terrorcidio"(2017), lançado pela Qualééé!!! Produções.
Clique na imagem para ampliar
30.11.17 - São Paulo/SP - Centro Cultural Zapata
01.12.17 - Sorocaba/SP - Oficina Rock Bar
02.12.17 - Indaiatuba/SP - Plebe Bar
03.12.17 - Quadra/SP - Pesqueiro do Abobrinha
05.12.17 - Botucatu/SP - The Hop Club
06.12.17 - Monte Alto/SP - The Hall Pub
07.12.17 - Ribeirão Preto/SP - Toca do Jack
08.12.17 - São José do Rio Preto/SP - Two Tone Pub
09.12.17 - Londrina/PR - Cativeiro Rock Bar
10.12.17 - Maringá/PR - Tribos Bar

Quer ver a Terrorcídio em sua cidade?
Entre em contato: Facebook.com/Paulo.Terrorcidio

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Suffocation of Soul e Natural Hate saem em turnê

As bandas baianas Suffocation of Soul e Natural Hate estão excursionando juntas, pelo underground brasileiro. Na rota da turnê estão os estados da Bahia, Sergipe, Pernambuco, Paraíba, Ceará, Rio Grande do Norte, Piauí, Maranhão e Pará. Então se ligue na agenda abaixo e veja se passarão por sua cidade!
Clique na imagem para ampliar

01/11 (Qua) - ITABUNA /BA
03/11 (Sex) - ARACAJU /SE
04/11 (Sáb) - JOÃO PESSOA /PB
05/11 (Dom) - CAMPINA GRANDE /PB
09/11 (Qui) - FLORIANO /PI
10/11 (Sex) - IMPERATRIZ /MA
11/11 (Sáb) - BELÉM /PA
12/11 (Dom) - BRAGANÇA / PA
14/11 (Ter) - TERESINA /PI
15/11 (Qua) - PARNAÍBA /PI
16/11 (Qui) - FORTALEZA / CE
17/11 (Sex) - MOSSORÓ / RN
18/11 (Sáb) - NATAL /RN
19/11 (Dom) - POMBOS /PE
19/11 (Dom) - RECIFE /PE
02/12 (Sáb) - CONCEIÇÃO DO COITE/BA
03/12 (Dom) - SALVADOR /BA
09/12 (Sáb) - VITÓRIA DA CONQUISTA/BA
16/12 (Sáb) - LAGARTO /SE
17/12 (Dom) - FEIRA DE SANTANA /BA



Contatos para shows:
Facebook.com/SuffocationOfSoul
Facebook.com/Naturalhate

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Entrevista com a banda Lascados

O papo de hoje é com Lucas (vocalista/guitarrista) e Leandro (baterista), da banda Lascados, da cidade de Anápolis-GO. Conversamos sobre o EP "Chinese Lasquera", lançado ano passado. Eles falam ainda sobre influencias musicais, shows e a cena local. Confira!
A Lascados foi formada em 2012 na cidade de Anápolis-GO. Como era ter uma banda de rock underground na cidade quatro anos atrás? E como anda a cena local hoje em dia?
Lucas - Primeiramente obrigado aí pelo espaço, Nem, muito bom para nós estarmos respondendo essa entrevista aí. Há 4 anos atrás, tava muito forte a cena rock underground da cidade, bandas em evidência, eventos em dois, três lugares dentro da cidade no fim de semana. E hoje a cena anda um pouco mais fraca, mas ainda ntecendo eventos undergrounds, só que com menos frequência do que 4 anos atrás, sendo uma vez por semana e normalmente em um ou no máximo dois locais.

Durante esse tempo a banda mudou a formação. O que faz com que a maioria das bandas mudem de formação com tanta frequência?
Lucas - Questões pessoais foram o que motivou a saída de quase todos os três integrantes (Junio que fundou a banda junto comigo, Luís Fernando e Humberto) que passaram pela banda, exceto o Humberto (ex-baterista da banda) que saiu por questões de buscar carreira musical, e conseguiu tocando música clássica na orquestra jovem do estado. Mas todos continuarmos sendo amigos e sempre topando aí pra conversar.

A Lascados lançou em Agosto de 2016 o EP "Chinese Lasquera". De onde tiraram esse nome?
Lucas - Por conta da gravação do EP estar demorando muito por falta de grana nossa, a gente lembrou da demora do Guns and Roses para lançar o "Chinese Democracy" e fizemos essa paródia com eles e com nós mesmos por termos enrolado demais para ter lançado esse nosso material, sendo que começamos ele em março de 2015, demorando mais de 1 ano para terminarmos e lançarmos ele.

Como foi a produção desse EP?
Lucas - O material foi produzido em dois estúdios, no início das gravações, o Leandro gravou a bateria de 3 músicas no Estúdio Sonoro, e o Luís Fernando (baixos/vocais) e eu, gravamos as guitarras e os baixos das três músicas no Blastbeat (casa do Guilherme, guitarrista do Mugo, Heretic, Spiritual Carnage). Seria lançado só com três faixas, só que no fim do ano, a idéia do título do nosso EP seria "Importância alheia zero", que era uma de nossas músicas mais novas. Resolvemos gravar ela também, contudo demoramos de fazer essa gravação porque não conseguimos ajustar horário para gravarmos no Estúdio Sonoro. Então o Leandro gravou ela no Estúdio Fantom (Giovanni), e gravamos as guitarras e baixos na casa do Guilherme, e as vozes das 4 faixas gravamos no Fantom também.


No meio da gravação do EP, houve a saída de um dos integrantes. Ele chegou a gravar o material completo, ou deixou sem terminar?
Lucas - Ocorreu a saída do Luís Fernando, ele gravou os baixos de 3 das 4 faixas, a outra faixa do EP quem gravou o baixo fui eu mesmo.

Pra quem não conhece o som da banda, Quais são as principais influências?
Lucas - As nossas influências são variadas, contudo curto muito bandas como Ratos de Porão, D.R.I., Excel, Surra, Sepultura, Vio-lence, Pennywise.
Leandro - Falar de influência é ate interessante, pois apesar de tocar em uma banda que tem o som bem puxado pro Hardcore, eu não escutava muita banda nesse estilo, sempre fui pro lado mais Death Metal, Thrash, Heavy Metal Tradicional, e o Metal progressivo. Hoje em dia não tenho banda X ou Y que tiro base pra fazer o som que toco, sendo metal eu sempre tiro proveito em alguma coisa nos sons novos ou até os que eu não conhecia.
Lucas e Leandro - Lascados
Vocês também organizam seus próprios eventos. Fale um pouco sobre eles e da importância do "faça você mesmo" no nosso meio underground:
Lucas - A importância desses eventos é por conta de dá oportunidade para bandas novas que não tem espaço para tocar nos eventos diversos na cidade, e a partir daí buscarem espaço para tocar mais aqui ou fora também.

E qual a expectativa a partir de agora? Existe projeto de viajar pelo Brasil? Ou um CD para ser lançado mais pra frente?
Lucas - Lançar o EP em mídia física, e quem sabe tocar fora do estado, que é algo que nunca fizemos. E mais pra frente, quem sabe, lançar um álbum cheio pra galera, no meio digital e também no meio físico.
Leandro - O primeiro passo de uma banda que quer conseguir espaço na cena nós já fizemos, que foi gravar e lançar um EP. Daqui pra frente, o que vier pra Lascados estamos topando. E levar o som além das fronteiras.

Agradeço a atenção e o contato com o blog. O espaço é de vocês, para falar o que quiserem:
Lucas - Esperamos estarmos um dia soltando a lasquera por aí, e contribuindo para melhorar um pouco a visão das pessoas sobre esse mundo caótico que vivemos.

Contatos
Facebook.com/LascadosHC/

Lucas M.Bronx
Facebook.com/lucas.fortes
Telefone (62) 99137-1776

Leandro Mancha
Facebook.com/leo.manchinha
Telefone (62) 99139-6355

Jow Felipe
Facebook.com/jow.felipe
Telefone (62) 981962498

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Banda Rato Preto lança EP

Depois de um tempo sem aparecer por aqui, estou de volta com o lançamento do primeiro EP da banda Rato Preto intitulado "Negocinho Podre". Fundada no início de 2015 por Jefferson, Clemerson, Ronald e Dhemeson, na cidade de Ribeira do Pombal-BA. A banda Rato Preto vem com um Crossover cru e autoral, com 11 sons nesse EP.
Rato Preto - Banda de Ribeira do Pombal-Ba lança EP.
Com sonoridade rápida, pesada e letras de protesto social, a Rato Preto busca em suas musicas retratar o quadro do nosso dia a dia, repleto de desigualdade social, corrupção, entre outros males da sociedade. As influências vão de D.R.I, a R.D.P.
Baixe aqui o EP "Negocinho Podre"


terça-feira, 10 de maio de 2016

Entrevista com Thiago da Anguere

O motivo principal da manutenção desse blog em atividade é poder abrir espaço para bandas ainda desconhecidas do grande público. As vezes acontece da banda ter um trabalho bacana e eu nunca ter ouvido falar. É o caso da Anguere. E o papo de hoje é com o Thiago Soares, vocalista da banda, da cidade de Rio Claro. Nessa entrevista ele nos apresenta a Anguere com suas influências, os materiais lançados, além de nos falar sobre o novo CD que está a caminho. Leia e conheça mais sobre o underground brasileiro...
Thiago Soares, vocalista da Anguere.
Quando foi formada a Anguere? E de onde veio esse nome?
Thiago Soares - A banda foi criada em 2008 com a sede de tocar um som agressivo com as características da nosso música brasileira. Segundo o dialeto de uma das tribos indígenas brasileiras, o nome Anguere tem o significado da religiosidade, onde há relatos que quando um integrante da tribo considerado covarde, e que servisse de mau exemplo morresse, nem sempre seu espírito ia embora para o país dos espíritos. A Anguere ficava rondando a maloca assombrando e atormentando toda a tribo. Neste contexto a banda busca deixar mais claro sua autenticidade, assombrando com as composições de protesto.
Da esquerda p/ direita: Adriano R.Prado (Baterista) Thiago Soares (Vocal) e Cleber Roccon (Guitarra)
Quais são as principais influências de vocês?
Thiago Soares - Podemos citar Ratos de Porão, Sepultura, Metallica, Slayer, Chico Science, Primus dentre outros.Cada um tem um gosto musical variado, tendo influências tanto de bandas clássicas como bandas mais independentes e regionais.

Um ano depois de formada, a Anguere lança o primeiro disco. Como foi a produção e distribuição? Nos fale mais sobre esse material:
Thiago Soares - O primeiro foi a introdução da banda no cenário. Esse trabalho conta com o primeiro vocalista da banda, tem outras características, sendo bem mais cadenciado, lembrando bastante a nossa nacionalidade com vários ritmos de groove. O trabalho foi totalmente independente e distribuído por nós mesmos em shows e sites que se referem a música pesada.
Capa do primeiro trabalho: Anguere - 2009


E no ano passado foi lançado o CD "Choque". Como tem sido a receptividade para esse último trabalho?
Thiago Soares - O ano de 2015 foi muito produtivo, passamos muito tempo em estúdios, gravando e finalizando materiais para lançar em 2015 e o CHOQUE foi um desses trabalhos, fizemos com muita raça esse trabalho. O CHOQUE vem nos proporcionando muitas alegrias como rádios pelo mundo (Alemanha, Canadá, EUA, México, Reino Unido, Filipinas, Itália, Portugal entre outros países), e também pelo Brasil (Coletâneas de distros e selos independente e sites de notícias), tudo isso talvez seja por ser uma gravação bem crua, sem muita frescura de mix/master, quem escuta o trabalho está escutando nós, ali na raça. O trabalho está bem gravado, a capa esta bem personalizada, isso foi um conjunto de fatores que nos proporcionou essa grande aceitação do público.



Como é a cena rock underground aí em Rio Claro-SP?
Thiago Soares - A cena aqui na nossa Hell Claro (Rio Claro-SP) dizendo em matéria de bandas, estamos muito bem e podemos até citar uns irmãos ai como Head Bones (PUNK ROCK) e também Garrafa Vazia (PUNK ROCK), tão forte como concreto. Agora referente a festival na nossa cidade temos que aprender muito, pois ainda rola uma desunião entre os donos de casas de shows, na matéria de dinheiro, não há uma força onde eu ajudo e vocês me ajudam, mas tem dois festivais que tão foda o Equinócio, que já é famoso e outro Festival de Rock Rio Claro que tá crescendo e está na sua 7ª edição.

Quais são os planos agora para 2016? Novo disco? turnês?
Thiago Soares - Cara, 2016 tá sendo maravilhoso para ANGUERE, estamos com a agenda cheia de shows, tem muita gente olhando para o ANGUERE com outros olhos e nosso plano não poderia ser diferente né, entraremos sim esse ano em estúdio para gravar nosso próximo álbum, mas não posso adiantar nada ainda....kkkkk...posso dizer que será bem eloquente...e ainda em 2016, estamos seguindo ai na mira dos festivais e passar pelas cidades do nosso brasilzão...

Agradeço o contato com o blog Tosco Todo e deixo o espaço aberto agora para vocês:
Thiago Soares - Galera da cena underground quero fazer um convite pra quem não nos conhece, que nos procure nas redes sociais para trocarmos uma idéia e conhecer a banda, quero agradecer a força aí do nosso amigo do blog Tosco Todo pela força e parabenizar pelo trabalho que você faz pelo underground e também deixar um salve para todos que nos acompanham e pela força que tem nos dado. E aguardem, o ANGUERE, em breve tem material novo pra fortalecer a cena ... Agradecemos a todos e muito som.
CONTATOS:
Site: www.anguerebrasil.wix.com/banda
Facebook: https://www.facebook.com/anguere
E-mail: thiago_soarest@hotmail.com