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sexta-feira, 24 de novembro de 2023

Coletânea traz clássicos brasileiros dos anos 70 em versão punk rock

Há muito tempo que não alimento esse blog tosco, pelos motivos mais variados e inimagináveis. Mas recebi um email com essa coletânea, e como estou de bom humor hoje (e olha que não tomei nenhuma cerveja), resolvi postar! O selo Grudda Records lançou nesta quinta-feira (23) um novo volume (ouça o primeiro volume aqui) da coletânea com versões punk rock de clássicos da música popular brasileira. Dezessete bandas independentes apresentam suas releituras para nomes como Chico Buarque, Tim Maia, Cartola, Raul Seixas, Rita Lee, Secos e Molhados, Jorge Bem Jor, As Frenéticas, Caetano Veloso, Jerry Adriani etc. Banda punk fazendo versão de bandas populares é novidade? Não. Ramones fez, Sex Pistols também! Lá fora isso já gerou coletas das mais variadas. Mas resolvi postar mesmo assim...


Segundo Felipe Medeiros, idealizador do projeto, “a coletânea tem como objetivo resgatar clássicos da música brasileira com uma roupagem voltada para o Punk Rock. É uma forma de provocar e indiretamente incentivar os fãs de rock a ouvirem compositores brasileiros que não necessariamente focam no estilo, mas que possam abrir a cabeça das pessoas para apreciar o talento e a beleza da música brasileira”. E continua. “Convidamos algumas bandas que fizeram parte do primeiro volume, e o projeto chamou atenção de outras que entraram em contato depois do lançamento dos anos 60's, por se interessarem pelo conceito criado, além de terem um estilo sonoro que segue a mesma linha. Acredito que todas as bandas fizeram um excelente trabalho e surpreenderam com muita criatividade nas suas releituras. É muito gratificante fazer um trabalho quando todos estão ativamente envolvidos para trazer o melhor resultado”, conta Medeiros.
Masterizado por Davi Pacote no Estúdio Hill Valley em Porto Alegre, “O Pop é Punk Vol 2: 70's” navega entre canções que vão desde o início da década de 70, em uma fase mais dançante, até as músicas que marcaram o duro período da Ditadura Militar, como é o caso de “Cálice”, do Chico Buarque.
Tem uma banda e ficou a fim de participar do próximo volume da coletânea? Entre em contato com a Grudda Records:
Ouça a coletânea e confira a lista completa das músicas e bandas participantes:
 
1. Intro
2. Davi Pacote - Cálice (Chico Buarque)
3. Rangones - Chocolate (Tim Maia)
4. Eu Primeiro - Sangue Latino (Secos e Molhados)
5. Estragonoff - Dancing - Days (As Frenéticas)
6. Maria Nicotina - Doce Doce Amor (Jerry Adriani)
7. Rooster - O Meu Mundo E Nada Mais (Guilherme Arantes)
8. Atox - Cuidado Com O Bulldog (Jorge Ben Jor)
9. F. Snipes - Senhora Tentação (Cartola)
10. Emersson Ramone - Eu Nasci Há Dez Mil Anos Atrás (Raul Seixas)
11. Rosa Tigre - Não me venda grilos (Odair José)
12. Os Horácios - Agora só falta você (Rita/ Tutti-Frutti)
13. Guilherme Leal - Porquê Você Já Não Me Mata De Uma Vez (Reginaldo Rossi)
14. Macão - Se ainda existe amor (Balthazar)
15. Janelles - Papai Me Empresta O Carro (Rita Lee)
16. Texugos - London, London (Caetano Veloso)
17. Os Ildefonsos - Música Lenta (Lilian)
18. Os ToRto - Será Que Eu Vou Virar Bolor (Arnaldo Baptista)

sábado, 3 de junho de 2023

Quem é Nem Tosco Todo?

Escritor/Compositor/Músico

Nascido em Vitória da Conquista, Bahia, Emanuel Moraes, conhecido como Nem Tosco Todo é vocalista da banda de punk rock Cama de Jornal e tem um projeto paralelo chamado Nem Tosco Todo e as Crianças Sem Futuro.
E foi através da sua história e da Cama de Jornal, que surgiu a ideia de escrever seu primeiro livro, a autobiografia "Vagando por aí", lançada em 2019.
Passando pela infância do autor até os mais de 20 anos de estrada com a sua banda Cama de Jornal, “Vagando por aí” retrata ainda a história por tras das gravações dos discos, DVDs e turnês realizadas pelo Brasil.
Em 2023 o autor lança seu segundo livro, um romance ficcional chamado “Estamos mais do que vivos”.
No momento, Nem Tosco Todo tenta finalizar seu terceiro livro, intitulado “Diálogos Imaginários”.
Inquieto, o autor tentou estudar Bacharelado em Fotografia na Faculdade Senac de São Paulo. Posteriormente iniciou em Vitória da Conquista a faculdade de Letras, pela UESB, mas ambos os cursos foram abandonados por motivos variados.
Nem também mantinha um blog de entrevistas, um programa de rádio e um selo independente de divulgação de bandas do subterrâneo.
E depois de gravar mais de 80 canções autorais ou em parceria, Nem agora tem se dedicado mais a literatura.
Vagando por aí
Nem Tosco Todo
352 págs.
2019

Estamos mais do que vivos
Nem Tosco Todo
92 págs.
2023



domingo, 13 de dezembro de 2020

Lançada a coletânea One Degrau na Véia 3

Capa por Leandro Franco
O "One degrau na Véia" é um programa transmitido todas às sextas feiras na web rádio Skate Metal Old,  e lançou na última sexta feira (11/12) a terceira edição da Coletânea "One Degrau na Véia!" A segunda edição já havia sido divulgada no final do ano passado aqui no blog.
Essa terceira edição conta com 26 bandas, veteranas e novatas, da cena independente de vários estados brasileiros, com estilos que vão desde o Punk Rock, Hardcore, Pós Punk, Horror Punk, Rap n Roll, Bubblegum até o Psychobilly!
Clique na imagem para ampliar
As bandas que estão no material pela primeira vez são Sakim de Kola (SP), Cine Sinistro (RJ) e Dpeids (AM). As que completam a coletânea são; Alucinados (SP), Pé Sujus (SP), Onda Errada HC (SP), Indigesto (SP), ATOX (RJ), Friendship 66 (SP), Galhofa (CE), Ratazana (SP), Beer and Mess (DF), Rotores (SP), Mortuus Vivus (SP), Kaos Horror (AM), Corvos (RJ), Spitfire Demons (SP), Banda Hitchcocks (SP), Rosa Morta (MG), Anguere HC (SP), DOPS banda de protesto (MG), Setor Bronx (RJ), Dose Letal (SP), Os Mandriões (SP), Abigail Punk Rock (RS) e Os Horácios (RS).
Organizada por Frávio Duarte, a arte foi produzida pelo cartunista Leandro Franco, que também é baterista e vocalista da banda Asteroides Trio. A coletânea também sairá em CD que será distribuído para todo o Brasil pela produtora Som de Peso (RS). ouça abaixo!

CONTATOS:

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Do Punk as Artes Visuais-Conheça a história de Willyams Martins

Willyams Martins - Arte da Rua
Será lançado no próximo dia 21 de Novembro, às 18 horas, durante uma live, o filme "Willyams Martins-Imagem, música, vida" de Nêio Mustafa. O documentário apresenta a história de vida de Willyams Martins, vocalista da clássica banda Dever de Classe. O grupo esteve na ativa no auge da cena punk de Salvador, entre 1984 e 1989. Após a pausa de duas décadas, a banda retornou e gravou dois CDs: "Desarmar o Mundo" em 2001 e "Urânio Enriquecido, povo subnutrido" no ano de 2005.
Dever de Classe-Formação clássica (esq. p/ dir); Willyams, Nêio, Bel e Rai abaixo.
O filme, além de falar sobre a trajetória de Willyams no movimento punk, conta sobre o seu envolvimento com as artes visuais e representa a visibilidade histórica da cena underground em Salvador.
Conversei rapidamente com Nêio, sobre a idéia o documentário, e ele disse que "quis fazer da minha vida uma ponta de lança em favor do pobre e do trabalhador. Então, percebi que uma das formas era produzir filmes com essas pessoas que para a maior parte da sociedade são “invisíveis”. O filme “Willyams Martins - Imagem - Música - Vida” levou 4 anos para ser finalizado e sobre isso Nêio falou que "eu, como um trabalhador que sou, reservava as noites para desenvolver o filme que faz parte de um projeto que criei chamado “historias de vida”. O filme não seria possível de ser realizado sem a ajuda de muitas pessoas".
Nêio também fez parte da Dever de Classe. "Eu fundei a Dever de Classe com Willyams Martins em 1985. A banda teve diversas formações, mas o núcleo irredutível de resistência, sempre foi composto por nós dois" - disse o diretor do documentário.  Além de Willyams e Nêio, a formação clássica contava ainda com Bel e Rai. O baterista César Contreiras, Bel, foi o primeiro baterista da banda, mas faleceu em 2015.
Sobre a importância do punk em sua vida, Nêio diz que "O punk hardcore foi a base para a formação da pessoa que hoje sou: lógico, ético e benevolente".
Apesar de ter a data de lançamento para o dia 21 de Novembro, o filme já está disponível no youtube e você pode assisti-lo logo abaixo.
Para maiores informações:
Nêio Mustafa

Clique aqui para a Live de Lançamento dia 21 de Novembro, às 18 horas. No dia da live todos poderão enviar perguntas e dúvidas ao vivo. Se ligue e participe!

Ouça Dever de Classe aqui!






quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Ódio Social divulga live bloqueada nas redes

Ódio Social
A banda Ódio Social vem divulgando sua live que foi bloqueada pelo Facebook através das suas novas diretrizes (bem confusas) sobre vídeos musicais. A live foi bloqueada várias vezes, mesmo a banda tocando somente sons autorais, e o facebook reduziu a qualidade do video durante a transmissão, antes de bloqueá-la.
O Ódio Social fez até agora duas Turnês na Europa, junto a essas tours foram realizados alguns lançamentos em LP e K7, as formas mais usadas nos países europeus para divulgar e difundir a musica underground. Essas duas tours estão retratadas em documentários que estão disponíveis no YouTube de forma gratuita. Aqui no Brasil a banda possui três CDs lançados, dois deles pelo selo Redstar Records, o mesmo selo de bandas como Agrotóxico, Flicts, Deserdados entre outras.
Essa história continua pois você vai trombar esses caras nas ruas da cidade ou em algum dos muitos focos de resistência espalhados por esse mundo a fora. Dá o Play no vídeo da live na íntegra!
Contatos:


quinta-feira, 8 de outubro de 2020

O.I.C? lança novo single

O.I.C - Banda de Mauá
A banda Onde Iremos Chegar? (também conhecida como O.I.C?) é uma banda de rock 'n roll autoral formada em 2006 na cidade de Mauá, no interior de São Paulo. Com influências de bandas como Ramones, Motorhead, The Clash, Rancid, Cólera, RDP, Os Replicantes entre tantas outras, a O.I.C? é formada por Rodrigo Marques (Napa) na guitarra e vocal, Anderson Brianez (Dreads) no baixo e vocal e Cledson Marchi (Cabeça) na bateria e vocal.
A proposta das composições são simples, com músicas e letras curtas, rápidas e objetivas que abordam temas como política, cotidiano suburbano, violência e até mesmo amor.
Depois de lançar os singles, Sex n’ Drugs, Toda Sua, Cansado (que você pode ouvir aqui)o grupo lança O Sistema Quer Nos Reprimir (ouça no play abaixo).
Agora a banda está finalizando o projeto para o Full Album que será lançado em 2021.
A O.I.C? também já participou de diversos shows e festivais em São Paulo, Mauá e toda região do ABC, como no 18º Festival de Inverno de Paranapiacaba, Maratona Multicultural de Diadema e Comemoração do Dia Mundial do Rock do Coletivo Rock ABC em Mauá. Além disso, já abriram shows para bandas importantes no cenário nacional, como Cólera, Golpe de Estado, Dead Fish, Dance Of Days, Paura, dentre outras.
Você pode ouvir aqui também:



sexta-feira, 2 de outubro de 2020

The Solitaryman Monoband lança EP

Um violão, parte de uma bateria, um gravador, vários armengos e tá feito o projeto The Solitaryman Monoband, do capixaba Cacá Côgo. O projeto começou com alguns covers de bandas e artistas que iam de Raul Seixas a Ratos de Porão, passando de Belchior a Zumbis do Espaço!
Em seguida veio os sons autorais. “Hipocrisia a gente vê por aí”, novo EP do homem que faz um barulho da porra! É punk, tosco, e as vezes até desafinado, mas demonstra muita vontade de tocar e dizer o que pensa e sente.
Cacá Côgo é o homem da banda solitária
Como uma forma de passar o tédio que veio com o isolamento social, a The Solitaryman Monoband aproveitou pra criar, produzir e por em prática tudo o que a falta de tempo não permitia antes. Depois de lançar alguns materiais com covers e sons autorias, eis que surge o 5º EP "hipocrisia a gente ver por aí". Com letras onde expõe as falhas dessa sociedade atual e seguindo a máxima punk do "faça você mesmo", o EP conta com 6 faixas, incluindo uma em "homenagem" ao presidente de bosta. O EP foi todo produzido em casa, com a ajuda de um gravador portátil Tascam e muitas gambiarras que deixaria até o Macgyver com inveja!
O EP foi lançado pelo selo Kafadan Kontak Records da Turquia. O primeiro vídeo lançado foi da faixa “Nobre Cidadão” escrita em parceria com Alyne Pirovani(banda HEY!). Ouça abaixo o EP completo! Dá o play!

CONTATOS:
Outras Plataformas

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Três crianças e três acordes - Os Desconhecidos lançam primeiro disco

Não escrevo, aqui no blog, com a frequência que eu gostaria. Mas fico feliz demais quando aparece uma banda que me deixa animado com o punk rock, com o underground. Esse é o caso da banda Os Desconhecidos. Formada por crianças, no interior de São Paulo, começou como uma dupla que gravava vídeos, com a ajuda da mãe e do padrasto, fazendo covers de bandas consagradas como Ratos de Porão, Misfits, dentre outras. A repercussão foi boa, e resolveram colocar a irmã mais nova na banda, formando um trio punk mirim, mas que faz som de gente grande!
Conversei com a garotada e resultou nessa entrevista aí. Espero que gostem, e vida longa ao punk rock! Que o punk, percebe-se, não tem idade!!!
Felipe, Emilly e Dennis-Os Desconhecidos

A banda começou com a dupla de irmãos Felipe e Dennis. Quantos anos cada um tinha e como aprenderam a tocar?
Dennis: No começo da banda eu tinha por volta de 7 anos e o Felipe uns 11. Aprendemos a tocar com o nosso padrasto e pai da Emilly, Enio, que tinha instrumentos musicais. Nos interessamos pela música e queríamos aprender... foi esse o começo de tudo.

Nessa época já tinham a ideia de ser uma banda? E de onde veio o nome “Os Desconhecidos”?
Dennis: Era um sonho que tínhamos desde que fomos aprendendo; já tocávamos alguns covers e tínhamos músicas próprias, o que faltava era um nome.
Felipe: Já pensávamos sobre isso; nossa noção era de que éramos uma “pré-banda”, já que não tínhamos nada gravado e ainda não havíamos feito nenhum show, mas, fora isso, só faltava um nome para sermos uma banda de fato.
O nome surgiu em meio a um ensaio. Tínhamos o costume de registrar os ensaios no celular e em uma dessas gravações percebi que sempre que eu colocava para tocar o áudio, aparecia no nome do arquivo "artista desconhecido", ai então tive a ideia de incorporar isso, daí surgiu "Os Desconhecidos".

Em 2017 entrou Emilly, que tinha só seis anos. Com quem ela aprendeu tocar baixo?
Felipe: Ela, assim como nós, aprendeu a tocar com o Enio e não demorou muito para assumir o cargo de baixista. Sendo assim, Dennis começou a treinar bateria, assumiu as baquetas e ficamos como um trio de irmãos.
Emilly: Desde pequena eu via muitas bandas tocarem em vídeos na internet e acompanhava os ensaios de meus irmãos, por isso senti vontade de tocar também. Meu pai começou a me ensinar baixo e entrei na banda.
Emilly em ação!
A banda começou a ficar conhecida na cena punk depois de postar alguns vídeos de covers de bandas consagradas. Como foi pra vocês esse começo e a receptividade do público?
Dennis: Sempre gostamos muito de escutar punk rock e tínhamos interesse em assumir esse gênero como fundamental pra nós. Então fazíamos covers de bandas punks, principalmente brasileiras, e postávamos no YouTube. Ser reconhecido depois foi algo surreal e super gratificante; o público desde o inicio nos deu o maior apoio, nos recebendo de braços abertos.
Dennis é o garoto das baquetas!
Quando começou a surgir as músicas autorais e quem escreve?
Felipe: Comecei a escrever bem no começo. Tinha por volta de 11 anos quando compus minha primeira letra: "O tempo é o tempo de hoje", uma música que não foi lançada no nosso álbum.
Por coincidência a maior parte das composições é de minha autoria, mas todos escrevemos; até nossa irmãzinha, que começou a compor recentemente.
Felipe (vocal e guitarra)
Aí agora em 2020, em plena pandemia, vocês lançam o disco "Viemos em pás". Falem um pouco sobre a ideia desse título e como foi a produção e gravação do álbum;
Felipe: O nome é um trocadilho com essa frase que é icônica em histórias e filmes de alienígenas e, além disso, também é uma crítica, já que a “paz” só será alcançada com muito trabalho e as “pás”, no titulo, são a representação desse trabalho.
A gravação desse disco foi o nosso primeiro contato com o trabalho em estúdio; foi tudo muito novo e divertido e, é claro, trabalhoso. A gravação em si aconteceu em dois dias, mas o processo todo durou em torno de 11 meses.
Viemos em Pás-Os Desconhecidos
O disco tem uma capa bem bacana. De quem foi a arte?
Emilly: Foi do nosso querido amigo e grande artista, de Pelotas (RS), Sandro Andrade.

Eu achei o album com uma sonoridade bem punk anos 80, um estilo que eu gosto bastante. Foi intencional, ou eu tô falando bobagem?
Felipe: Foi intencional, sim. Grande parte de nossas influências tem esse estilo e isso se refletiu em nossa sonoridade.

"Viemos em pás" tem 19 músicas, inclusive algumas em inglês. Falem um pouco sobre as faixas do disco:
Felipe: Para não me alongar muito vou selecionar algumas faixas. A primeira é “Contaminação”, nela eu tento passar o sentimento de sufocamento por tudo estar de alguma forma "contaminado" ou "poluído", sendo esses poluidores o preconceito, a ignorância, a discriminação... Podendo, o sentido da letra, até ser associado ao Covid-19. “The Clown” é uma das primeiras músicas que escrevi em inglês; fala sobre medo de palhaço. Minha inspiração principal para escrever essa música é a lembrança que tenho de um amigo da pré-escola que morria de medo de palhaço. A ideia também foi fortalecida pelo palhaço que aparece no videoclipe de "Peek-a-boo" do Devo. Outra que acho que merece ser comentada é “I Can't”. É uma homenagem ao Dee Dee Ramone; minha intenção foi a de fazer uma música imitando o estilo de composição dele. Ela é sem dúvidas a maior expressão do quanto os Ramones nos influenciam.
Ouça o disco clicando na tela acima.
Emilly também canta né? Em uma outra entrevista vi que ela falou que tem uma música que vocês fizeram sobre a Anne Frank (mas que não entrou nesse disco). Tem outras faixas também influenciadas por livros que vocês leram?
Felipe: Várias de nossas músicas têm influências vindas da literatura. Outra além da Anne Frank que tem influência direta é “Puppets”, uma música minha que ainda não foi gravada e tem como inspiração o livro “1984” de George Orwell.
Emilly: Estou me acostumando a cantar. Não é fácil, mas aos poucos pego o jeito. Nos próximos discos teremos mais musicas com minha voz. Sobre Anne Frank, ganhei o livro de meu pai e estou lendo, mas a música surgiu antes de eu ler e nós já conhecíamos a história dela, que é muito triste, mas inspiradora; em minha opinião é uma de nossas melhores músicas.
Felipe, Emilly e Dennis- visitam exposição de Anne Frank
Antes da pandemia vocês haviam feito vários shows. Essas músicas do disco já eram executadas ao vivo?
Felipe: Sim, algumas, que eram mais novas, e outras mais antigas que não chegamos a tocar em muitos shows, mas todas as músicas foram executadas ao vivo, em um outro show.
Dennis: Sim, não tínhamos um repertório com muitas músicas próprias, então colocávamos covers e as nossas músicas juntas.

E agora, quais os planos pós pandemia?
Dennis: A primeira coisa que eu vou fazer depois dessa pandemia é ir num show ou fazer um show com todo mundo, para curtir e celebrar o fim da pandemia.
Felipe: Estamos compondo bastante durante a pandemia e planejamos, assim que possível, lançar o próximo álbum, com nossas músicas novas.
Emilly: Quero ir a um parque para andar bastante de bicicleta e aprender patins.

Muito obrigado! Eu fico feliz de ver que o punk rock segue influenciando novas mentes! O espaço é de vocês, para falar o que quiserem ou algo que não foi abordado e achem importante:
Emilly: Em nome da banda quero agradecer e dizer que ficamos muito contentes e felizes pela entrevista. É bom ter espaço para falar e demonstrar o que pensamos, mesmo para quem não conhece ou goste de nossas músicas.
Cuidem da saúde e do próximo, fiquem em casa.
Um grande abraço para todos.
CONTATOS:
(11) 99387-2046
Email: felipeosdesconhecidos@gmail.com

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Lançada coletânea SP Punk Resiste


Foi lançada recentemente a coletânea SP Punk Resiste. Apesar de ter SP no título, a compilação conta com bandas de vários estados do Brasil, dentre elas Os Maltrapilhos(DF), Sr. Caos(AP), Devotos(PE), Cama de Jornal(BA), Galinha Preta(DF), VHC(SE), Polemik Hardcore(PR), Punkzilla(RS) e Dops(MG). Do estado de São Paulo tem as bandas Juventude Maldita, Lobotomia, Amnésia Coletiva, Classe Tôrpe, Garrafa Vazia, Pé Sujus, Invasores de Cérebros, Dependentes Químicos, Ódio Social, Luta Armada, Gritando HC, Sub Existência, Phobia, Decadência Humana, PSHC e DZK.
Produzida por Alex Lecão, vocalista da banda Amnésia Coletiva, da cidade de Jacareí-SP, e também apresentador do programa "Vida Punk",  a coletânea conta com 25 sons, do mais puro punk hardcore, com letras diretas na sua cara!
Dá o play!

sábado, 15 de agosto de 2020

Lavage lança seu sétimo disco

Lavage
Dificuldade. A palavra que melhor define o processo de produção e gravação do sétimo disco da banda de punk rock Lavage. Atuante na cena de Fortaleza desde 2003, em meio ao processo de gravação, a banda teve de lidar com diversos contratempos, como o desligamento do antigo baixista. Sobre isso, conversei com Bruno Andrade, vocalista da banda e ele falou que "as oito composições foram feitas enquanto éramos um quinteto, entretanto, no meio do caminho, o baixista foi desligado da banda por questões de relacionamento pessoal com os demais integrantes. Só que isso foi antes do início das gravações. Como o nosso outro guitarrista, Glênio Mesquita, já havia assumido o baixo em gigs anteriores, foi meio que natural ele migrar pra gravar os graves. Outro lance que rolou foi o fato dele, Glênio, não ter gravado as guitarras porque neste meio-tempo, ele teve um problema auditivo e pra não expô-lo a ruídos altos, só o Everardo Maia gravou as guitarras. No mais, o álbum foi fechado em Fevereiro, antes do Carnaval, mas só foi lançado no segundo semestre porque demoramos a mixar presencialmente. Neste caso, a pandemia atrapalhou bastante."
A banda já tem bastante experiência em estúdio, visto que esse é o sétimo trabalho lançado. Sobre os trabalhos anteriores, Bruno enumera; "Estreamos em 2005 com um disco homônimo que não ficou 100% pela nossa falta de experiência e condições de gravação, já que captamos baixo e bateria no mesmo canal. Na sequência, lançamos "Consumocracia", em 2007, e o "Krisis" em 2008.
A partir de 2011, quando lançamos o "Punk Pop?", passamos a gravar no estúdio Ruído 111, onde estamos até hoje. Construímos uma simbiose muito boa com o Paulo Eduardo, além de gravar ele nos ajuda a produzir os arranjos, dá dicas e sugestões que nos ajudam a aprimorar a ideia inicial das canções.
Em 2013, veio o "10" pra celebrar nossa década de atividades. Um disco bem com a nossa cara, com o punk rock flertando com o rockabilly e o rock alternativo.
O "Zombie Walk" veio em 2016 pra tirar sarro das manifestações  "democráticas" que vimos antes da Copa e que resultaram nesta balbúrdia que estamos vivendo agora diariamente."
Intitulado “Punk/HC”, o novo trabalho, e sucessor de “Zombie Walk”, mantém a estética trabalhada pelo grupo, que usa o punk rock como alicerce para experimentações com outros estilos, sobretudo o rock alternativo. As artes do álbum ficaram por conta do desenhista Adriano Sousa, que utilizou o personagem "Anarco Pato" como protagonista na capa.
Gravado entre Julho de 2019 e Fevereiro de 2020, no Estúdio Ruído 111 (Fortaleza/CE), o registro manteve a parceria iniciada em 2011, com o produtor musical Paulo Eduardo.
O disco é iniciado com alta energia pela faixa título, um hardcore oriundo de um CD demo do grupo, gravado nos idos de 2003, e que ganhou uma nova versão. Sem deixar cair a rotação, “Egoísta” traz uma crítica ao narcisismo. A lista de faixas conta com novas versões de composições antigas do grupo, como “Mate-me, por favor”, “Colapso” e “Planeta dos Patifes”, do Krisis (2008), álbum que também já tinha algumas faixas regravadas no disco "Zombie Walk". Sobre isso, Bruno diz; "A questão é que os três primeiros discos não nos deixaram plenamente satisfeitos, então, aos poucos, temos regravado faixas antigas com uma melhor condição técnica. Além da melhoria da técnica de gravação usada, aproveitamos para incrementar os arranjos com base na experiência dada pelos shows."
A parte final do disco traz duas canções compostas em inglês com uma sonoridade mais alternativa, intituladas “Freakshow” e “No More Lies”.
E pra finalizar nosso bate papo, Bruno quis dizer ainda; "Primeiro, quero agradecer o espaço e o moral dados à produção de rock independente. No mais, quero reforçar junto ao público a necessidade de apoiar o segmento cultural em meio a este contexto de pandemia. Fomos os primeiros a parar as atividades e seremos os últimos a voltar a trabalhar. Portanto, apoiem os trabalhadores da cultura de toda forma possível, comprem os discos e demais produtos de merchan e se engajem em favor de demais medidas voltadas para a nossa classe. Forte abraço a todos e todas, fiquem bem e saudáveis em casa."
CONTATOS:

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Rota Suicida lança novo CD

 

A banda Rota Suicida, da cidade de Paulínia-SP, começou a se movimentar na cena punk desde 1985, mas só conseguiu tocar e ensaiar em 1988. A banda ficou na ativa até 1992, quando deu uma pausa. Em 2018 a Rota Suicida volta as atividades com a ideia de resgatar e documentar suas músicas, algumas com mais de 28 anos. Com influencias de punk nacional dos 80, o grupo vem com o disco "América Latina em Chamas". Com dez faixas, o disco está disponível nas principais plataformas digitais e você pode ouvir logo abaixo no meio da entrevista aqui do blog.
Conversei rapidamente com Ziando Rodrigues, vocalista da banda, que me falou sobre a produção do disco. Se liga no bate papo aí abaixo;
Como foi a produção/gravação desse CD? É o primeiro?
Ziando - O primeiro foi em 2018, saiu com o nome "O último  Chamado". E era para ser só um documento, um resgate  das músicas. Mas devido a boa repercussão dessa demo, fomos incentivados a dar sequência e continuar passando a mensagem. E agora em 2020 lançamos a segunda demo intitulada  "América  Latina em chamas".
A gravação em 2020 foi mais complicado devido essa pandemia, isolamento social, os estúdios fechados. Mas seguimos em frente e tá aí. Totalmente independente. Mas gostamos.
Foi gravado em estudio caseiro?
Ziando - Não. Gravamos no Estúdio Club  da Música  em Campinas-SP. Mas só o pessoal da banda e o técnico de som. Todos com máscara (risos). Ficou meio complicado na hora de tomar a cerveja e cantar (risos).
Antes da pandemia, como estava a cena aí em Paulinia? Tem outras bandas punks em atividade aí?
Ziando - Sim, tem outras bandas. Decaptacão, Assalto, Sex Paulera. E  aqui a gente tava com um projeto, o "Punk Metal Fest". Todo primeiro domingo do mês trazíamos duas bandas punks e duas de metal.
Tem mais alguma coisa que vc queira falar sobre o disco? Quem fez a capa, ou qualquer outra coisa?
Ziando - Esse CD "América Latina em Chamas", procuramos expor toda essa onda de desemprego, crimes ambientais e humanos. Denunciar o avanço da extrema direita na América do Sul e no mundo.
A capa retrata bem isso. Ela foi elaborada pelo Juliano Rodrigues, guitarrista da banda. E a arte final foi feita pelo brother Erik William. Por último, queria agradecer a todos que dão apoio ao Underground sem fins lucrativos. Pois, esses sim, entendem que a cena não é uma competição de quem é melhor ou pior. O objetivo  aqui é o mesmo para todos. Passar a mensagem!
CONTATOS:

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Banda Ugly Boys lança série de clipes na quarentena

Ugly Boys
A Ugly Boys surgiu em fevereiro de 1998 no bairro de Afogados, Recife PE, e tem lançado vários clipes durante essa quarentena. Depois de passar por quatro formações, a banda conta com Geydson Menezes no vocal e guitarra, Soneca no baixo e DW na bateria. A banda transita entre punk rock, Ska, reggae e Hard Core passando por influências como; Ramones, Sex pistols, Rancid, Devotos, The Clash, dentre outras.
Com letras em português e inglês os clipes foram gravados com cada integrante em sua casa, respeitando o isolamento social. As músicas são dos dois CDs já lançados pela banda, o primeiro de 2007, chamado Ugly Boys, e o segundo e mais recente chamado Bem Vindo ao Clube.
No video abaixo, a banda conta com a participação especial de Tiger Rapper.

Na música que dá título ao segundo disco, a banda apresenta um ska a la Rancid e The Interrupters. Dá o play!

Nesse clipe a banda apresenta a faixa Manipulados, com uma pegada mais punk e rock and roll. veja abaixo!

Ao todo, a banda disponibilizou 9 vídeos nesse formato. Para assistir todos, CLIQUE AQUI!
CONTATOS:
email:geydsonuglyboys@gmail.com
(81)988185996

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Garrafa Vazia Lança Birinaite Apocalipse

Garrafa Vazia é uma das bandas mais ativas no underground brasileiro e presença constante aqui no blog. O grupo teve o disco lançado nas redes digitais no final de Julho de 2020 pelo selo Red Star Recordings. Gravado no estúdio Fornalha, foi produzido por Danilo Jarrão.
O novo disco traz 11 sons carregados de indignação e revolta. Birinaite Apocalipse é libertário e grita contra o fascismo e o inconformismo em músicas como "Hipócrita", "Autonomia" e "Aos Idiotas".
O Garrafa Vazia nos mostra ainda um som mais maduro, com duas guitarras, mas sem perder o sarcasmo característico da banda em outros materiais, trazendo letras que retratam o cotidiano niilista como "Caixa de Fórfi" e "Forga Cerebral".
Birinaite Apocalipse - Capa por Daniel Ete
A Red Star também lançará a versão em formato CD do álbum, ao lado de grandes selos, abrangendo boa parte do Brasil, como: Vertigem Discos (Fortaleza), Lokaos (Pará), Two Beers Or Not Two Beers (Goiás), Brado Distro (Curitiba), Fuck it All (Santa Catarina), Lixo Discos (São Paulo), além de outros selos que estão confirmando presença.
O Garrafa Vazia é formado por Mário Mariones (voz, baixo), Ralph Faust (bateria), Saulo DS (guitarra, vocais) e Vancil Cardoso (guitarra solo) e acredita e luta por valores libertários, como apoio mútuo, solidariedade, na cooperação, os grupamentos naturais, vivendo o faça você mesmo, o amor pela igualdade e liberdade.
A banda promete divulgar em breve o dia da sua live, tocando o álbum na íntegra além de novas canções. Durante essa quarentena, o Garrafa Vazia não para de compor e lançar material, como vídeo clipes e lyrics vídeos. Acompanhe a banda nas suas redes sociais!

sexta-feira, 24 de julho de 2020

Os Maltrapilhos lança Tempos de Intolerância

A banda, de Ceilândia-DF, Os Maltrapilhos, com mais de 20 anos de história, acaba de divulgar seu mais novo disco. Após um longo período sem lançar sons inéditos, a banda chega com seu quarto CD de estúdio, intitulado "TEMPOS DE INTOLERÂNCIA". Conversei com Clebão Rodrigues, baterista do grupo. Ouça e saiba mais abaixo!
A banda apresenta 09 músicas rápidas, diretas e repletas de contestações sociais, refletindo a atual situação do país. Gravado pela formação original, no estúdio Formigueiro em 2019, o disco foi lançado pela MTP Produções, selo próprio da banda.
O trabalho, com capa de Alex Amorim, conta com sete sons de autoria própria, mais um cover da banda de Recife-PE Câmbio Negro HC (Ao Filho do Homem) e uma música escrita por Keyla Monteiro, vocalista da banda CAIS VIRADO (Nas Ruas), de Bélem-PA. Sobre o cover do Cambio Negro HC, que eu pensei que tinha entrado no tributo "O Reflexo do Espelho", Clebão me corrigiu; "não participamos do tributo, na verdade nem fomos convidados (risos). Mas resolvemos fazer essa gravação por conta própria."
Clebão, Marcio e Ismael-Os Maltrapilhos 2020
Já sobre a música escrita por Keyla Monteiro, Clebão disse que; "no caso da Keyla foi bem curioso: ela postou no facebook esse texto, eu comentei que daria uma ótima letra de música e então ela nos deu o texto e fizemos alguns ajustes para poder encaixar as bases."
Sobre a sonoridade desse novo trabalho, ele diz; "apresentamos um som mais agressivo, destilando revolta e letras ácidas, já características dos discos anteriores."
Segundo Clebão, "a idéia original seria um vinil EP. O plano era ir atrás de selos, mas como ficou pronto em plena pandemia dificultou conseguir parcerias." E completa; "por enquanto, soltamos o full álbum no youtube, para que todos possam conhecer os novos sons. Assim que a 'coisa' começar a andar novamente, iremos correr atrás de parcerias com selos e distribuidoras para lançá-lo."
Dá o play!



sábado, 18 de julho de 2020

Coletânea reúne bandas Antifascistas

Foi lançada hoje a coletânea Punkadaria Antifascista. Com capa de Jean Etienne (Xixo Tatoo), e produção do Som De Peso, que  reuniu 33 bandas em 32 faixas, nesse protesto em forma de coletânea, trazendo, cada banda, sua crítica, seu grito contra opressão e toda forma de fascismo.
A luta, substantivo feminino, como reforça a banda Xavosa, responsável pela abertura da coletânea, representa a resistência contra essa sociedade preconceituosa em que temos que viver.
Nesse momento crítico e caótico em que vivemos, a coletânea trás a tona o grito vindo de vários estados do Brasil, como Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Amazonas, Bahia, Paraíba, Ceará, Brasília e Pernambuco.
Dê o play aí abaixo!



sexta-feira, 10 de julho de 2020

7 Programas de rádio para você ouvir

Durante essa pandemia caótica, tenho buscado preencher meu tempo lendo livros, assistindo documentários e filmes, mas principalmente ouvindo muito som. Então resolvi criar essa lista com 7 programas de rádios que tocam o bom e velho punk rock e outras vertentes do rock underground. Esses programas também recebem materiais de bandas undergrounds.
Eu aproveitei e conversei com alguns idealizadores desses programas. Se ligue, se você tem banda, manda material para eles. Se você não tem banda, mas gosta de ouvir uma boa seleção underground, salve as rádios em seus favoritos!
Para acessar os programas, só clicar no nome de cada um na lista abaixo, no horário marcado.

1-ROTA 77
Quarta das 20:00 às 21:00 horas
Produção e Apresentação: Barata DZK, Rodrigo Napa e Cledson Kbça.
Primeiro programa de webrádio/podcast a tratar exclusivamente do Punk Rock nacional e trazer o rock da periferia para as ondas da internet. Criado e apresentado desde 2003 pelo vocalista da lendária banda DZK de Punk Rock do ABC Paulista, Manoel “Barata” Silva.  Perguntei Barata sobre a importância desse tipo de programa e ele falou que "programas como Rota ajudam a manter as bandas sempre lembradas, seja na ativa ou não. Tem gente que veio conhecer uma banda, porque ouviu na rádio. Tenho dois casos recentes; eu estava uma noite fazendo uma discotecagem em uma casa noturna, e acabei rolando o Distúrbio Mental. Um outro amigo que também estava discotecando, me perguntou que "banda é essa barata?" respondi distúrbio mental, e ele "que banda boa,vou procurar mais sobre eles". O vocalista da distúrbio postou certa vez perguntando da onde vocês conhecem a banda, esse amigo, pra minha surpresa respondeu pra ele "conheci pelo barata!"
Outro caso foi eu fazendo o rota, agora sendo produzido e apresentado por mim, Rodrigo Napa e Cledsom kabeça, que são da banda O.I.C (onde iremos chegar), eu acabei rolando Cama de Jornal, eles ouviram aqui e veio a pergunta; "que banda é essa?" e eu "isso é cama de Jornal de Vitória da conquista", os caras já foram pesquisar mais sobre a banda." finalizou.
Barata DZK (ao centro) com Rodrigo Napa e Cledsom kabeça
Mas eu também queria saber onde toda essa chama começou. Barata me disse que "em 1998 Renato Zebinato, editor do zine "Bala Perdida" me convidou para fazermos um programa de radio aqui em Santo André, era uma radio pirata chamada Rota 99. Ficamos um ano e meio no ar e o programa se chamava "Liberdade de expressão". Depois não deu mais certo, pois a policia federal  ficava monitorando as radios piratas para fechar. Fiquei parado até o ano de 2003, foi onde eu e o Marco Ribeiro, jornalista que já fazia programa de podcast, me convidou para montarmos uma radio onde eu poderia tocar o DZK, já que nenhuma radio fazia isso, ai eu tive a ideia de dar nome pra radio de rota77, mas eu falei pra ele; "eu não quero fazer a radio só pra ficar tocando a minha banda, quero tocar as bandas que existem na cena nacional". Ai amigo, de lá pra cá teve muitas idas e voltas com o rota, até eu fazer sozinho na Antena Zero. Fiquei lá por 2 anos, depois sai e achei que não voltaria mais a fazer. Mas encontrei esses dois amigos do O.I.C, e me fizeram o convite pra voltar com o Rota 77, mas agora gravado no estúdio deles, o Big Head House, e me apresentaram o dono da radio para apresentarmos o programa  na www.asbrazil.com".
Atualmente acompanhado de Rodrigo “Napa” vocalista e guitarrista da banda Onde Iremos Chegar? na apresentação e Cledson “Cabeça” baterista da Onde Iremos Chegar? na sonoplastia e edição, gravado no Big Head House Estúdio o programa está indo ao ar todas às quartas-feiras às 20h com reprise as quintas-feiras às 13h e aos sábados na Estação de Rádio Advertising Stage Brazil através do site asbrazil.com.

2-DISTORÇÃO
Sábado e domingo das 14:00 às 18:00 horas.
Apresentação: Alexandre Neves
E na madrugada tem o INSÔNIA DISTORÇÃO todo dia, das 2:00 às 6:00 da manhã (Formato playlist).
Idealizado pelo pesquisador (antes de ser radialista) e comunicador social Alexandre Neves (Roy), o Distorção vai ao ar em parceria com os comunicadores Pablo Henrique (técnico), Artur Felipe e o pesquisador Julio Cesar na Amparo FM 98.1 da cidade de Olinda-PE. Segundo Roy, seu primeiro contato com rádio foi " em 2004, fui convidado a fazer um especial de dia mundial do rock, na radio São Lourenço FM, no programa "São Lourenço pro rock". Quase um mês depois perguntei se a galera do programa gostou e soube que eles desistiram de fazer, por não saber muito de rock. Fiquei chateado, pois o meu conhecimento fez a equipe desistir". Concluiu.
Mesmo com essa decepção inicial, Alexandre não desistiu  e juntou com dois amigos pra botar o projeto pra frente. "Eu e o Josimar, que me chamou para, junto com Mecinho do Rock, assumirmos o programa até metade de 2006. Depois fizemos em outra radio em 2007 e 2008. E de novembro de 2009 até hoje, estamos no ar na Amparo fm", completou.
Alexandre Neves (Roy), Pablo Henrique e Arthur Felipe comandam o Distorção
Roy lembra ainda que chegaram até a produzir um festival de rock; "fizemos em 2008, que foi grande". Os mais recentes foram em 2018 e 2019, mas de menor porte. "a gente vende uma rifa com as bandas e faz o evento. É bem colaborativo".
Mas Alexandre ressalta a importância do programa, desde os primórdios, para a divulgação de bandas. Segundo ele "a ideia de cobrir eventos e captar material demo ou independente surgiu no São Lourenço pro Rock, entre 2004 e começo de 2005". Ainda sobre esse papel como divulgador de  bandas, ele completa dizendo que "chegamos ate a apresentar certos eventos. Em varias cidades Dentro e fora da região metropolitana do Recife" e finaliza frisando que " é nossa missão. Mesclando os grandes do rock e metal em geral. Costumo dizer que somos uma revista musical" que passa por "varias décadas, gerações, fases. A história do rock e da boa música".

3-LONDON CALLING
Apresentação e Produção: Paulo Floriani
Sábado 19:00 horas
Direto de Florianópolis-SC, é transmitido pela Mutante Rádio. O programa London Calling não foi a primeira experiência de Paulo Floriani com o rádio. Ele diz; "eu morei em SP durante muitos anos e namorei uma menina da 89 FM, a Elaine. Ela produzia uma programa chamado "A Vez Do Brasil", eu tava sempre nos bastidores, sempre que possível. E curti esse ambiente de radio, e hoje faço parte de uma (aqui na verdade é uma "célula" de um todo chamado Mutante Radio), mas a gente tá senpre "aprontando" alguma". Paulo também era envolvido com os rolés pelo underground. "Eu sempre estive envolvido no underground, deste os fim dos anos 80 (88, 89), sempre em shows, ensaios e viagens acompanhando uma banda em especifico aqui, fomos pra São Paulo (interior, Americana e Limeira) e íamos para Curitiba direto".
Paulo Floriani-London Calling
Sobre sua entrada numa radio, ele disse que "em  2016 uma amiga disse que o namorado dela iria fazer uma radio aqui em Florianópolis e me convidou,topei na hora. Um tempo depois a radio deu uma esfriada e acabou terminando, mas o Ricardo Drago, da Mutante Rádio me convidou e também topei na hora". Sobre o primeiro programa London Calling na Mutante, ele estava ainda meio perdido, sem saber o que fazer. "O primeiro programa, como eu não tinha muita ideia, só de musica deu 3 horas e 40 min, porque eu quis botar tudo que me influenciou, e sempre aparecia uma música, e outra (risos)". No final, ele resolveu dividir o que seria o primeiro programa em várias edições. "Acabou rendendo três programas". Mas mesmo com pouca experiência, ele ressalta o apoio da galera da rádio; "eu tive um apoio fenomenal do Duda e do Jhonny na parte técnica, no inicio. Depois acabei me virando por conta do compromisso do Jhonny e me viro até hoje", finalizou.

4-ROCKERAGE
Apresentação e produção por Mário Mariones.
Quarta 22:00 horas.
Formado em Comunicação Social com habilitação em Rádio e TV pela Unimep, Mário Mariones é também o vocalista da banda Garrafa Vazia, que já apareceu várias vezes aqui no blog.  Mariones já atuou como jornalista, locutor e editor na Rádio Jovem Pan AM de Rio Claro e em outras rádios. Também já trabalhou por alguns anos como arte-educador na Fundação Casa, antiga FEBEM.
Desde os 90 está envolvido com o underground no interior de São Paulo.
Em 2010, começa a atuar mais intensamente como agitador cultural, realizando diversas gigs, eventos,  festivais, recebendo em sua casa bandas de outros país e regiões e também editando zines, escrevendo para blogs e portais de música subterrânea.
Quando criou o Rockerage, a ideia era um programa que buscasse a difusão do underground, sem sectarismo, sem radicalismo, sem pensar a música puramente nichada, fechada, presa em guetos: há espaço para o garage rock mais lo-fi até o brutal death metal, do power pop ao crust - desde que com ideias antifascistas.
Iniciado em 2018, o programa tem 60 minutos de duração e conta também com entrevistas com bandas undergrounds. Quem quiser enviar material tem dois caminhos:
pelo email: mariomariones@gmail.com
pelo Facebook: https://www.facebook.com/rockerageradio/
Mário Mariones apresenta o Rockerage
Segundo Mariones, a fissura por rádio começou cedo; "desde pirralho gostei de rádio. Herdei do meu velho pai o gosto, ele quando pequeno montou seu primeiro rádio sozinho. Então, eu adorava gravar as coisas, apresentar vinhetas, apresentar sons. No começo de 2000 eu comecei na faculdade a disseminar bandas que o pessoal não conhecia, e peguei gosto pelo intercâmbio, por trocar ideias e sons! Desinteressado, apenas pelo amor ao som, que não vivo sem!"
Para Mário, as rádios undergrounds independentes "são essenciais. Além das dicas de som e de manter o pessoal informado, proporcionam uma grande sinergia, um brado de resistência diante do boçal mainstream musical e senso comum - e canais independentes tem alma, e assim as pessoas podem obter novas reflexões, formar bandas, frequentarem eventos, descobrirem novas formas de contemplar e mudar o mundo à nossa volta, esses canais motivam muito as bandas, as pessoas que amam o FAÇA VOCÊ MESMO!! Vida longa ao rock subterrâneo e suas rádios, seus programas de rádio tão essenciais, tão enriquecedores para encarar o cotidiano!"

5-TOCA DO SHARK
Apresentação e Produção: Alexandre Quadros/Ícaro Quadros
Programa quinzenal e pode ser ouvido pela plataforma Mixcloud em:
https://www.mixcloud.com/alexandre-quadros/
E também transmitido nas webradios:
RÁDIO ROCK ON LINESemanalmente aos sábados com reprise nas quarta-feiras, ambos às 18hs e via STAY ROCK BRAZIL.
Quinzenalmente às terça-feiras às 20:00 com reprise na quarta-feira seguinte às 16:00.
O programa TOCA DO SHARK é ‘o braço sonoro’ do site de mesmo nome, no ar desde 2011 que trata da pluralidade estética e sonora do estilo de vida ROCK AND ROLL, cobrindo todos os estilos e pontos de vista, dando uma ênfase maior na cena brasileira sem amarras de estilos ou ideologias.
O programa em formato de podcast tem a duração de 1 hora e é produzido e apresentado por Alexandre Wildshark e seu filho Ícaro Quadros que cuida do bloco ‘Rock Hereditário’. Eles prezam pela premissa de cobrir os mais variados estilos sem nenhum pudor realçando os marginalizados ‘Lado-B’ das grandes bandas e principalmente, tocando as bandas mais esquecidas e marginalizadas de todos os cantos do mundo.
Alexandre Wildshark e seu filho Ícaro Quadros da Toca do Shark
Sobre a sua primeira vez no rádio, Alexandre disse que "sou radialista de formação, comecei a trabalhar em FM em 1998 em Mogi Guaçu/SP. Em 2000 comecei meu primeiro programa específico de Rock chamado "Rock Machine" que durou um ano e meio e rendeu um convite para eu ingressar na equipe de outro programa em outra rádio, era o programa Coda On Line que durou de 1998-2004 com vários colaboradores no time e um tempo de quatro horas no ar."
Mas nesse ramo, nem tudo são flores e Alexandre disse; "em 2004 me desliguei do mundo das FMs e por todos esses anos passei escrevendo sobre música na internet e as pessoas que me conheciam me pedindo um programa de Rock na web, com todas essas facilidades que a internet nos oferece, até que no final de 2018 me rendi e criei a Toca do Shark, que serve de braço sonoro do meu blog que existe desde 2011. No começo o programa só ia pro Mixcloud mas em fevereiro de 2019 fui convidado a ingressar na grade de programação da webradio Rádio Rock Online de Taquaritinga/SP e em Abril estreou também na Stay Rock Brazil de São Paulo/SP.
Hoje estou no ar nas duas e depois posto no Mixcloud pra galera escutar quando puder."
Sobre a dificuldade das bandas undergrounds em ser veiculadas nas rádios, para o grande público, Alexandre acha "de extrema importância essa rede de webradios e plataformas como o Mixcloud pra propagação do underground em si, sem jabá nem censuras."
E finalizou dizendo que "a internet, sabendo usar, é o instrumento mais punk da história. É totalmente Do It Yourself!"
Contatos:
www.tocadoshark.blogspot.com
www.mixcloud.com/alexandre-quadros
https://www.facebook.com/toca.do.shark/
Email: alexandrewildshark@gmail.com


Apresentação: Júnior Miguel e Kleber Cabrera                                                                    Produção: Júnior Miguel
Sábado das 19:00 às 21:00 Horas pela rádio 87,9 FM Agudos,
Com as atividades iniciadas na cidade interiorana de Agudos (SP), em junho de 2019, o Programa Batalha Rock tem como proposta tocar vertentes do rock nacional e internacional, desde clássicos a "b-sides", difundido notícias específicas como shows, curiosidades, lançamentos, históricos de bandas e estilos. 
Conversei com os caras e perguntei de onde veio a idéia de criar o programa, e segundo Junior, "um ponto comum é a paixão pela música, mas especificamente o rock! Além de particularmente, a admiração e inspiração em programas clássicos e extintos de rádio, como por exemplo,  aquele do Kid Vinil (da extinta Rádio Excelsior) e do Programa Pirata (Pela Rádio Unesp de Bauru), esses realizados entre as décadas de 80 e 90. "
Kleber, um dos apresentadores do programa acha que "vale enfatizar que já era um projeto antigo e o que me levou foi o fato de fazer parte do underground a mais de 20 anos e de tocar em bandas undergrounds, além da importância de qualquer espaço pra divulgar a cena underground."
Para Junior, a importância desses espaços radiofônicos revelam também "a necessidade gritante de um espaço que comporte propostas de difusão cultural, quais estamos inseridos no underground e cenário alternativo local há um bom tempo." Kleber vai além e diz que 'divulgarmos tudo que envolve o underground, e com isso deixamos a chama acessa sempre!"
Para ouvir o programa de qualquer parte do Brasil e do mundo, acesse:
https://www.87fmagudos.com.br/programacao/batalha-rock/
O programa tem uma página no Facebook;
Bandas interessadas na divulgação de material, envie release e som para:
Email; programabatalharock@gmail.com

7-OESTE SELVAGEM NOTÍCIAS MIX
Produzido por Luana B. e Xi Drinx.
Sábado 18:00 HORAS
o Oeste Selvagem Notícias Mix é um programa que vai ao ar todo sábado às 18hr, na Mutante Rádio,
No OxSxN Mix rola um resumo semanal das notícias que são postadas no blog de mesmo nome, além de uma seleção com músicas dos artistas que são notícia por lá, isto sempre no primeiro bloco. Nos outros é sempre um mix bem variado de sons. A produção do blog/programa é feita por Luana B. e Xi Drinx.

Bônus Rádio

Produzido e apresentado por Val Pinheiro
Segunda às 22:00 horas
Reprise sábado às 17:00 horas.
Produzido e apresentado por Val Pinheiro, baixista da banda Cólera, esse é um programa recente, mas que vale muito a pena escutar. Além de que a programação da rádio, intitulada de RED SOUND, fica 24 horas no ar com som punk rock hardcore.