sábado, 21 de dezembro de 2019

Restos de Aborto lança novo EP

Restos de Aborto
Acaba de ser lançado o novo EP da banda Restos de Aborto, intitulado "Infantis". O EP foi gravado e mixado entre Maio e Julho de 2019, na cidade de Cerquilho-SP, com produção de Fernando Roma e arte de Yuri Bone Calistini, guitarrista da banda. O EP apresenta a Restos de Aborto mais pesada, com mensagens mais diretas, diferente do que a banda vinha apresentando em trabalhos anteriores, mais focados no punk 77. São 3 sons. Segundo a própria banda, a faixa "Infantis Perdidos" foi inspirada "em livros e filmes, como 'Esmeralda, porquê não dancei' e 'Pixote', além de casos como a chacina da candelária, e retrata a visão de uma criança moradora de rua, a qual não conhece outros sentimentos que não a tristeza, raiva e ódio da situação, morrendo todos os dias aos poucos,  fisicamente e psicologicamente.  Ao mesmo tempo em que flerta com uma liberdade de não pertencer a nada, nem ninguém. A música é falada toda em primeira pessoa, como se fosse um desabafo ao vento."
Já na faixa "Entre as Ruas" a banda apresenta uma letra mais leve, segundo a banda, retratando "sobre todos os subúrbios  onde habitam crianças, jogando bola, brincando em meio às construções e fazendo das ruas e calçadas seus quintais, a infância passada nas ruas da periferia é quase sempre com falta de dinheiro porém muita imaginação, a musica retrata isso, os aspectos da vida urbana, das crianças e amizades suburbanas, talvez seja umas das vagas lembranças do final da década de noventa e inicio de dois mil, hoje com a crescente violência e o aumento da tecnologia, perdeu-se um pouco disso."
A ultima faixa, intitulada "Icaro" é de autoria de Jimmy Andrade, ex guitarrista da banda falecido em março desse ano, e fala sobre a violência do estado, e sobre a morte precoce da população periférica pela polícia, que segundo a banda é também uma "crítica sobre a violência do estado, mais necessariamente o braço armado, principalmente na morte das crianças das comunidades como a menina Agatha e o próprio Icaro."
Ouça abaixo!

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Vozes Incômodas lança EP Desigualdade Social

Vozes Incômodas
A banda Paulista Vozes Incômodas acaba de lançar o EP "Desigualdade Social". O grupo já tem vários materiais lançados, inclusive participando de algumas coletâneas importantes, como Chaos Day e Frequência Alternativa. O último álbum foi de 2015, e agora chega pra gente esse EP.
A banda hoje conta com a vocalista Haila Maciel, mas quando da gravação de "Desigualdade Social", a banda ainda era um trio, com Amanda Trindade (Guitarra/voz), Paulo Tertuliano (bateria/voz) e Thiago Duarte (baixo/voz). O EP, que conta com 7 faixas, teve produção e masterização de Simon Nicolas de Brujin.
A Vozes Incômodas faz aquele Punk Hardcore cru, com vocal feminino, gritado, com bateria e baixo na sua cara! Os temas das letras vão desde o descaso do estado em relação aos direitos mínimos de um cidadão, passando por problemas sociais do cotidiano, até convocação para a revolta popular em "Venha comigo lutar".
Que bom que ainda existem bandas como Vozes Incômodas, que grita e externa seu ódio e sua revolta contra a ordem estabelecida. Ouçam abaixo o EP Completo:

Contatos:

sábado, 14 de dezembro de 2019

Lançada Coletânea One Degrau na Véia Vol.2

O site One Degrau, capitaneado por Flávio Duarte, foi criado com o objetivo de divulgar bandas nacionais independentes. E recentemente lançou a Coletânea One Degrau na Véia! Vol. 2. O nome foi tirado do podcast que tem a mesma proposta do site, e que, diferentemente da edição anterior que tinha priorizado bandas de Horror Punk, a segunda edição vem recheada de bandas de vários estilos que vão do bubblegum ao psychobilly, com bandas novas ao lado de veteranas da cena underground nacional!
A coletânea conta com bandas de vários estados, focadas na idéia de mostrar ao público o quanto é rico e diverso o rock nacional! Ouvir One Degrau na Véia! é uma boa oportunidade de descobrir bandas até então desconhecidas do grande público e que nos apresentam um trabalho digno de registro e divulgação.
A Coletânea One Degrau na Véia vol. 2 está disponível por enquanto como podcast no mixcloud e também em formato físico em CD, que pode ser adquirido com o produtor ou com as bandas participantes. Segundo Flávio, em "breve estará nas demais plataformas digitais!'
Dê o play!!!

Abaixo lista de músicas e bandas participantes:
1-Cantiga de Chapar (Antiga Roll-AM)
2-Musa Ciberbiocibernética (Estragonoff-RS)
3-Teto Preto (Korja-RJ)
4-Que venha o Caos (Porno Massacre-SP)
5-Gente Covarde (Punkzilla-RS)
6-À um Passo da Realidade (Mau Presságio-RJ)
7-Chaveco Furado (A Creche-SP)
8-Psicose e Depressão (Os Intrusivos-CE)
9-A sua vez de se foder (Sukinho di 10-SP)
10-Penso/Desisto (Julio Igrejas-RS)
11-Emiliana Pé de Cana Girl (Cerveza de Litro-SP)
12-Marcha Lenta (Garrafa Vazia-SP)
13-1001 à Noite (Ramyrez 77-RJ)
14-Só tomando uma (96°GL-SP)
15-Já Morreu (BMBC-SP)
16-Papai é um Morto Vivo (Ovos Presley-PR)
17-Do jeito que o Diabo gosta (Os Decréptos-MG)
18-Não à Intolerância "Larissa" (Asteróides Trio e General Sade-SP)
19-Imunidade Parlamentar (Consciência Suburbana-MG)
20-Cacos de vidro (Mollotov Attack-SP)
21-Tijuana Bible (Romero-SP)
22-Amor de Boteco (Os Remanescentes-SC)
23-Sinto o Doce no Sal (Os Playmobils-AM)
24-O Grande Fuscão (Rotentix-RS)

domingo, 1 de dezembro de 2019

Disunidos lança CD "Real Salvação"

De vez em quando recebo alguns materiais de bandas undergrounds independentes. Esse disco do Disunidos foi um deles. Vindo de João Pessoa-PB, eu já tinha feito uma entrevista com a banda anos atrás, que você pode ver aqui. Em relação ao CD "Real Salvação" achei interessante voltar a conversar com Aurício Fumaça, vocalista da banda, pra falar da concepção dessa criança. Acompanhe e ouça o disco!
Disunidos é: André, Marcos, Aurício Fumaça e Neném
A banda surgiu em 1987, parou por um bom tempo, e em 2015 voltou querendo gravar um CD, que só saiu agora. Porque tanto tempo assim para conseguir gravar e lançar?
Fumaça - Fizemos algumas demos. Mas algo mais elaborado e com uma grande parte das músicas antigas, só conseguimos agora. Creio que devido as idas e vindas da banda e geralmente quando pensávamos em fazer algo oficial sempre acontecia algo e nós parávamos.

O disco foi lançado com apoio de vários selos, fale sobre eles e como surgiu a parceria com vocês?
Fumaça - O convite surgiu do nosso brother Adriano Stevenson do selo Microfonia, como também a parceria com a Funjope (Através do Fundo Municipal de Cultura), daí em diante focamos no trabalho e na seleção das músicas. O Adriano é nosso brother de longas datas e junto com sua parceira Olga Costa que também é nossa amiga das antigas, ficou fácil a coisa acontecer.
Ouça aqui
Vocês sendo uma das primeiras bandas da Paraíba a fazer um som punk rock, até demorou pra rolar o primeiro disco, qual a sensação ao pegar o CD da fábrica nas suas mãos?
Fumaça - Cara a sensação é única, cheguei a encher os olhos de lágrimas, pois não sou mais tão jovem, e os demais assim como eu vibramos muito, pois a coisa toda foi cansativa e o produto pronto foi a nossa recompensa por todo o nosso esforço.
Fumaça em ação!
Teve algumas músicas que foram feitas ainda nos primórdios da banda, mas também tem música nova, né?
Fumaça - Justamente, dentre as novas estão "Dia à dia", "Pátria que o pariu" etc, mais a maioria é de músicas antigas, a exemplo de "Real Salvação" que é o título do CD e uma das primeiras letras da banda.

De quem foi a idéia da arte da capa do disco?
Fumaça - A ideia da arte foi do nosso guitarrista André Nóbrega, de comum acordo resolvemos homenagear várias bandas, pessoas e zines que fizeram e fazem o underground.
(Nota do Blog: O encarte teve a Direção de Arte de Maxwell Sousa)

Eu particularmente curto músicas curtas, e duas me chamaram a atenção no disco, "Alô môfi" e "Autogestão". Essas duas são novas?
Fumaça - São sim. "Alô Môfi" se refere a garotada que se envolve no mundo do crime e quase sempre tem um fim trágico, e "Autogestão" reflete um desejo de muitos libertários.

Outro destaque, pra mim, é "Mulheres em Luta" que fala sobre a mulher como protagonista da sociedade. De quem é essa letra? Era isso mesmo que vocês queriam dizer?
Fumaça - Esta letra é minha com a participação de Patativa (Madalena Moog), demoramos mais conseguimos chegar neste objetivo, tanto sonoro como na letra, que também faz referência a atitude do bozofacho quando disse que não estupraria a Maria do Rosário, na época se não me engano ministra dos DH. Tem ainda a participação da Marah e Kakal, vocais e percussão.

E agora, quais os planos com esse disco na bagagem?
Fumaça - Bem, este mês de Dezembro vamos dar uma descansada e a partir de Janeiro de 2020 estamos a disposição de quem queira ouvir o nosso som ao vivo e em cores, tanto no nosso estado como fora dele e fazermos amizades, trocar informações e o mais importante; tentar conscientizar as pessoas com nossas letras e palavras sobre esta política de ódio que está sendo implantada não só no nosso país como no mundo.

O espaço é seu pra falar o que quiser;
Fumaça - Agradecer mais uma vez pelo espaço, como também todxs os parceiros(as), amigos e pessoas que vão as nossas tocadas, não só nos prestigiar, como também prestigiar as outras bandas que fazem o underground de João Pessoa acontecer, e ao nosso Marcelinho (Studio Peixe Boi) que nos aturou kkkkk.

Contatos:

domingo, 24 de novembro de 2019

Asteróides Trio lança clipe contra intolerância

Num momento bem conturbado no Brasil, a banda Asteróides Trio acaba de lançar mais um clipe, dessa vez da música "Não à intolerância! (Larissa)". Segundo Leandro Franco, baterista e vocalista do grupo, a canção "fala sobre o drama da trans Larissa Rodrigues, 21 anos, morta a pauladas na Zona Sul de São Paulo. O Brasil registra mais de 45% dos assassinatos de transexuais no mundo, e a abordagem do tema se faz mais do que necessária na atualidade."
O clipe tem ainda a participação de General Sade, artista performático, conhecido na cena underground pela banda Porno Massacre, que divide os vocais com os Asteróides na gravação.
A letra abaixo foi composta pelo baterista e vocalista Leandro Franco.

Não à intolerância! (Larissa)

Todos os direitos foram suprimidos
Todos nossos sonhos foram roubados
Quero esquecer toda essa violência que bate em nossa porta
Eu só quero estar ao seu lado
O corpo de Larissa foi encontrado num bairro nobre da cidade
Não à Intolerância!
Nas ruas gritarão
Não à intolerância!
Uma nova geração


A mixagem foi executada por Raul Zanardo, da Porto Produções Musicais, do Matheus Krempel (The Bombers). A captação de imagens, entrevistas e edições ficaram por conta da equipe Rudy Life Enterteiment. dos amigos Thomas Gonzalez e Matheus Gonzalez. (Instagram: @rudylife.ent)

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Bandas Pernambucanas fazem turnê juntas

A Punx on the road tour NE 2019 está circulando por estados nordestinos com as bandas Guerra Urbana, Tötälwär e Hellslaught, todas de Recife-PE.
Eles já passaram por Salvador e estão seguindo rumo a Campina Grande. A turnê é no velho esquema do "faça você mesmo", com a cara e a coragem! Caso você esteja em alguma dessa cidades por onde eles vão passar, cole que o rolé é garantido!
Se ligue nas datas:

15/11 (Sexta) - no CCD
Campina Grande-PB

16/11 (Sábado)- no Noise Punk Fest 3
Natal-RN

17/11 (Domingo) - em Mamanguape-PB

24-11 (Domingo) - no Darkside Studio com Antibanda (Uruguai)
Recife-PE

30-11 (Sábado) - Em Fortaleza-CE

08-12 (Domingo) - no Darkside Studio
Recife-PE
Clique na foto para ampliar a agenda completa
CONTATOS PARA SHOWS:
Allan Victor






quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Garrafa Vazia, vinil, Cirrose e Punk Rock!

Garrafa Vazia
A banda Garrafa Vazia, de Rio Claro-SP, lançou recentemente o disco “Cirrose”. Com 14 sons do melhor "punk da roça”, como a banda mesmo diz. O disco é lançamento exclusivo da gravadora Neves Records, em vinil verde musgo de 10 polegadas, em edição numerada em 320 cópias.
Em 2016, a gravadora havia lançado o primeiro, “Garrafa Vazia” ou “Corotinho”, como acabou ficando conhecido, e foi lançado no formato 7 polegadas.
Ambos os discos foram prensados na Europa. Muito se fala sobre a sonoridade de um disco de vinil. Estudiosos afirmam que é uma sonoridade mais forte, poderosa, definida, que o som de um CD. Minha audição não anda as melhores, então não sei dizer sobre isso.
A Garrafa Vazia surgiu em 2009, e já apareceu aqui e acolá, no blog Tosco Todo, em outras oportunidades.
Com vários shows e tours na bagagem, a banda também teve participação em dezenas de coletâneas, dois splits com o Hippies not Dead, entrevistas e resenhas gringas, inclusive até convites pra tocar na Inglaterra. No momento a banda segue divulgando o álbum Cirrose.
A capa é do artista mexicano Olafh Ace. O encarte do vinil traz colagens old school feitas por Stephanie Guardia. As letras e melodias são de Mário Mariones. A abordagem é do faça-você-mesmo, como a música “Punk Rock é Liberdade” propaga. A introspecção da “vida na roça”, na cidade de Rio Claro, aparece em “Marcha Lenta”. A crítica ao comodismo e alienação da juventude preguiçosa dão o tom de “Geração Yogurte”, uma das minhas preferidas. O disco traz as características essenciais da banda: levada dançante, um bom refrão e a simplicidade dos bons três acordes como marca registrada.
Em plena atividade, o Garrafa Vazia já rodou por vários trechos e festivais, dividindo palco com o GBH, Vibrators e muitas bandas gringas, além é claro de boa parte das principais bandas punks brasileiras, Inclusive em breve tocará ao lado da Lixomania, no dia 13 de outubro. 
Eles seguem em intenso processo de composição, pensando em músicas mais hardcore punk, mas sem perder a pegada punk 77. Nas palavras do vocalista Mariones, "o que fica é a alegria de viver e o calor da convivência, das amizades, da cooperação, que faz valer cada segundo do underground - afinal: “fartou folia? Garrafa Vazia, chefia!”.
Ouça Cirrose aqui!

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Pastel de Miolos prepara turnê BRA-FIN

Clique na imagem para ampliar
O duo punk rock baiano Pastel de Miolos prepara uma turnê. Intitulada "Sauna Punk Rock Tour 2019", mais uma vez contará com uma parceria Brasil/Finlândia, com as bandas BLIZZARD OF OZZMOND (Helsinque/FIN, punk rock) e BLUEINTHEFACE (Helsinque/FIN, rock punk pop). A turnê passará por várias cidades do Nordeste brasileiro, incluindo os estados da Bahia, Ceará e Paraíba. Com início previsto para o dia 19 de Setembro, as bandas estão na estrada até o dia 6 de Outubro, com um total de 15 shows, além de dias dedicados a gravações em estúdio.

Saiba mais sobre as bandas:
BLIZZARD OF OZZMOND (Helsinque/FIN, punk rock)
Quando UM já é muito, imagine com TRÊS! Ozzmond tocou como artista solo por 8 anos. Agora é hora de encarar a batida das melodias punk rock como uma banda.
Harmond (bateria) é uma estrela convidada da Blueintheface, uma banda que fez/faz grandes shows em todo o mundo há mais de 15 anos. Demond (baixo) é um músico de grande alcance que tocou com as principais bandas punk da Finlândia e da Europa.
Esta combinação é perfeita e louca o suficiente para transformar o punk acústico em um punk rock eletrizante, potente e alegre. - Um som com um ângulo de como florescer, e como cuidar de um mundo cada vez mais idiota e egoísta. Enquanto tivermos esperança, temos a chance de tentar trabalhar, nos reunir e esquecer nossas preocupações com um sorriso distorcido e um pouco de punk shalala.
Mas espere, o que é punk shalala? Você verá!

BOO é um power trio punk rock:
Ozzmond - vocalista & guitarrista 
Harmond - baterista
Demond – baixista


BLUEINTHEFACE (Helsinque/FIN, rock punk pop rock)
Formada em 2001 na Capital da Finlândia, a BLUEINTHEFACE é uma banda de rock'n'roll visceral com uma vocalista feroz e performática. 
A personalidade sonora origina-se dos vários gostos dos membros da banda, originalmente soava como uma "adega punk", mas com o passar do tempo, eles se propagaram em direção ao rock, enquanto absorveram sabores do heavy metal e flertaram com o pop, gerando uma massa sonora explosiva.
Difícil ficar parado durante as apresentações da banda, suas performances enérgicas vai garantir a dança, a roda de pogo e o bate cabeça!
Eles já fizeram muitas turnês pela Europa e em 2015 visitaram o Brasil para uma turnê de 15 dias com os punk’s baiano do Pastel De Miolos e estão retornando em 2019 para um novo giro por várias cidades do nordeste brasileiro.

Enni - vocalista
Kimmo - baixista, backing vocal
Harri - baterista
Janne - guitarrista
Noora - tecladista
Onni Ozzmond - guitarrista convidado
.
Novo álbum "Good Vive/Sense of Danger" lançado em agosto de 2018, nos formatos digital, cassete e vinil. 

PASTEL DE MIOLOS (Lauro de Freitas/BA, punk rock hardcore)
A PDM começou em 1995 como um trio, mas desde 2016 perceberam que a bateria e o baixo são tudo que eles precisam para fazer punk rock. Andre PDM no baixo/vocal e Wilson PDM na bateria/backing vocal irá criar o caos perfeito para os mosh pits em todos os lugares. Seu recente álbum "Reação!" foi lançado em 2017, é o 1º álbum de punk rock brasileiro com formação baixo/bateria e contém 16 explosões de punk rock/hardcore. Em 2018, durante a turnê Européia, a dupla gravou 3 músicas que saiu em formado EP pelo Selo Finlândes Herttoniemen Savuttomat Kasvissyöjät Records e distribuído no Brasil pela “Trinca de Selos” e pela Relutância Records.
A banda já percorreu o Brasil tocando em vários festivais e em 2018 regressaram à Europa após a "Punk Rock World Cup Tour 2014” para sua 2ª turnê Europeia. Foram 15 shows por 9 países (Finlândia, Estônia, Letônia, Lituânia, Polônia, República Tcheca, Eslováquia, Suiça, Alemanha).


sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Dona Iracema lança álbum com Luiz Caldas

Acompanho a Dona Iracema desde o início da banda. Formada atualmente por Oscar (Bateria), Diegão (Baixo), Anderson (Guitarra) e Balaio (vocal), essa semana a banda lançou seu mais novo trabalho, o CD "Balbúrdia". Pelo nome do disco já dá pra ter uma idéia do conteúdo: Contestação ao sistema vigente! Mas não é só isso, tem muito mais, inclusive uma participação do Rei do Fricote Luiz Caldas, que além de cantar em uma faixa, gravou também uma guitarra baiana doida! Conversei com os caras rapidamente, já que eles estão nos corres de shows de lançamento do disco. Se ligue na Balbúrdia!

O primeiro single do disco contou com a participação de Luiz Caldas. De onde veio a ideia da música e de botar luiz Caldas nessa roda?
Oscar: Ainda em 2018 quando começamos a compor o álbum, fizemos um planejamento que envolvia desde a pré-produção ao pós lançamento. Com isso, surgiu a ideia de gravar com André T (que já produziu Luiz Caldas). Quando estava tudo pronto para entrarmos no estúdio, pensamos prováveis participações e suas músicas, então o nome de Luiz Caldas foi cogitado para participar (cantando) "Volta pra Casa João", André T aprovou, mostrou pra Luiz, que prontamente aprovou e o resultado foi isso aí.
Para nossa surpresa, Luiz nos convidou parar ir gravar na casa dele e além de cantar, colocou uma linha de guitarra incrível (sugestão de André T).
Volta pra casa de João, esse primeiro single tem uma temática da liberdade de expressão, de escolhas, com forte apelo no movimento LGBT, inclusive Balaio se declara como Mulher Trans. Explica pra gente sobre essa postura de vocês quanto a esses temas.
Balaio: A minha entrada na banda acabou fazendo com que o grupo assumisse uma postura em relação as causas LGBT. Enquanto compositora, escrevo das minhas dores, minhas dificuldades, minhas alegrias, e tudo isso perpassa pela pessoa que sou. Tudo que canto parte de um lugar, parte de minha posição enquanto mulher trans. Logo, isso influencia nas canções que a banda produz, no show que a banda faz. Sou extremamente grata aos meninos por terem me acolhido, me respeitado e principalmente por estarem me dando a oportunidade de gritar em cima do palco, o orgulho que tenho de ser eu mesma.
Balaio e Luiz Caldas em Estúdio
E a balbúrdia? Qual é?
Oscar: A gente acaba, por conta da música, virando atores políticos. A arte é  política. Com a Ascenção do fascismo, utilizamos a mesma palavra usada pelo ministro para ressignificar o momento que estamos vivendo. De maneira escancarada, falamos sobre liberdade sexual, religião, industria farmacêutica, guerrilha, e tudo que estiver na linha de frente desse conservadorismo. 
Balbúrdia com certeza. Quantas capas com gente pelada na frente você já viu?
CLIQUE AQUI: Playlist no Youtube Completo
Qual a expectativa com esse novo trabalho? Vocês já tem shows agendados, inclusive no Showlivre, né?
Oscar: Isso, vamos tocar no showlivre dia 06 de Setembro e estamos vendo outras datas de shows lá pela região Paulista. Nós ficamos um período sem fazer show, focados na produção desse novo trabalho e agora chegou a hora de apresentá-lo. Já temos algumas datas confirmadas e outras à confirmar, na Bahia e no Brasil.

Vai ter um lançamento do disco aqui na terra natal de vocês?
Oscar: Nosso Show de Lançamento vai ser dia 24 de Agosto, no Festival de Inverno Bahia. Mas como é nossa casa, vamos tentar fazer outro show na cidade em outra data.

O espaço tá aberto pra falar o que quiserem!
(Trecho da música "Escuta meu CD)
escuta meu CD
ajuda seu bebê
a limpar o nome sujo
a tirá-lo do SPC

escuta aê

vai lhe custar o que
está em tudo que é canto esperando por você

CONTATOS:


segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Lição de "Faça Você mesmo" com Caio Cobaia

Caio Cobaia
Caio Cobaia é um cara de Serra Talhada-PE, que mora em Petrolina-PE. Depois de alguns anos tocando na banda Overdrive, Caio agora segue seu caminho por conta própria. E de cara já lança o seu primeiro CD intitulado "Caio Cobaia-Volume 1".
 
Tocando todos os instrumentos do disco, Caio mostra de forma clara que o esquema "faça você mesmo" está mais vivo do que nunca. Em tempos em que o acesso a equipamentos e programas de gravação se popularizam rapidamente, Caio gravou todas as canções em seu estúdio caseiro.
São 12 faixas com uma sonoridade simples e direta. As letras tocam fundo na realidade social, com pitadas de humor e em alguns momentos até de ironia, mas sem perder o foco no punk rock/hardcore.
O Volume 1 é o primeiro de uma série que o músico promete lançar. Dá o Play!
CONTATO:
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terça-feira, 11 de junho de 2019

Thrashard disponibiliza novo EP

Thrashard é Iuri, Oscar e Filipe
Conheci a banda Thrashard em um show bem underground, no bar Cana Café, bem longe do centro de Conquista e do lado daqui de minha casa. De imediato já me identifiquei com a sonzeira dos caras, uma mistura de thrash metal com Hardcore, o famoso Crossover! A banda vem há mais de cinco anos produzindo seus próprios eventos, gravando e tocando com as bandas que gosta. Conversei com a galera sobre tudo isso e também sobre o ultimo EP Damaged Brain, lançado no final do ano passado, mas só agora disponibilizado nas plataformas digitais. Se ligue no bate papo, ouça a sonzeira e conheça mais uma banda foda de Conquista!

A banda surgiu em 2013, e mesmo sem fazer shows, lançou logo um primeiro material. Conta pra gente como foi esse começo?
Então né, eu (Iuri) conheci Filipe pelo facebook, quando eu morava em Itambé-Ba ainda, e a gente já tinha bastante interesse em comum, quando se tratava de música, Filipe já tocava baixo e eu tocava guitarra, aí acho que foi meio natural querer fazer uma banda, só pra se divertir mesmo. Aí me mudei pra Conquista e a gente começou a fazer uns ensaios, e foi entrando mais gente na banda, como Rodrigo Freire na guitarra, que hoje toca na Bastard. A gente tinha umas composições já, e a gente era bem próximo da Assault (banda daqui de Conquista), ensaiava no mesmo lugar, (Filipe, Oscar e eu já tocamos inclusive) e a gente decidiu gravar um split entre as duas bandas, na raça mesmo, por que a gente não tinha ainda nenhum contato com gravação e tal, com bateria programada ainda por que Oscar ainda não tinha entrado na banda. Aí um tempo depois, já em 2015 a gente deu uma mudada no som, a gente era mais puxado pra o Thrash ainda, aí assumimos o Crossover de vez, e depois disso a gente gravou uma promo de 3 músicas, e entrou Oscar, que era o que faltava mesmo pra a gente. Pouco tempo depois, Rodrigo saiu da banda e resolvemos seguir com esse formato power trio mesmo, que é essa formação que está até hoje.

Mesmo assim a banda tocou em eventos com bandas importantes do Underground, como Test, Velho e Malefector. Como vocês avaliam esse intercâmbio entre bandas locais com as de outros estados?
É uma ferramenta importante no processo de fortalecimento da cena independente, da cena underground. E pra isso é mais do que necessário uma atitude nossa, é preciso correr atrás mesmo, arregaçar as mangas e fazer. O evento com o Test foi a gente quem organizou, por exemplo. Precisamos insistir para que esses intercâmbios continuem acontecendo, que os festivais ganhem força, pois é nos festivais que as bandas menores ganham essa oportunidade de dividir palco com bandas maiores.

Qual a importância de uma banda estar engajada na cena na base do faça você mesmo?
É importante pelo fato de que essa atitude deixa a banda viva, ativa. Isso consequentemente dá vida a cena em si, o engajamento da banda dá movimento à todo esse ecossistema, porque sempre vão ter os que reclamam, os que atrapalham e pra isso é nossa obrigação ser o contrapeso, até porque nós precisamos da cena ativa. Nós organizamos nossos eventos com o objetivo de fortalecer mesmo, e por isso em todos eles nós chamamos bandas locais e de outros estados, promovendo esse intercâmbio e interação entre pessoas e culturas.

No final do ano passado vocês lançaram o EP Damaged Brain, mas só agora começaram a divulgação. O que foi que houve de lá pra cá?
Então, a gente deu um corre pra fazer esse trampo acontecer e conseguir lançar, colocamos o material completo no youtube, fizemos lyric video e disponibilizamos o trampo completo pra download, conseguimos inclusive marcar alguns shows pra fazer a divulgação, o que foi muito interessante. Hoje um dos meios que a galera mais escuta som é por plataforma digital, e esse foi um dos fatores que mais nos atrapalhou na divulgação desse material, tínhamos nos programado pra lançar tudo de vez, no youtube, plataformas e download, porém tivemos problemas com direitos autorais de alguns samplers, o que acabou atrasando tudo, e muito. Ainda depois de conseguirmos lançar nas plataformas o som foi upado no perfil de outra banda com o mesmo nome da nossa. Enfim, o importante é que o trabalho tá aí e temos orgulho do resultado.

A banda canta em inglês, mas nesse novo material tem uma faixa em português. Por que cantar numa língua estrangeira? E vocês pensam em cantar somente em português nos próximos trabalhos?
Cara, como a gente sempre ouviu bandas do mesmo estilo que são gringas, meio que a gente seguiu o fluxo, até pela temática das letras se torna muito fácil compor em inglês e pra gente, mais interessante de se ouvir. O português é uma língua complexa, pra colocar num som tão rápido é meio complicado. Porém, com o tempo a banda foi amadurecendo e vendo a importância de se posicionar, e na situação atual o recado tem que ser mandado de forma direta, e a melhor forma de se fazer isso é cantando em português. Nossa ideia é ter mais composições em português e talvez uma coisa ou outra em inglês.

Qual a temática das letras?
A banda surgiu pelo nosso gosto em comum entre crossover/thrash e filmes de horror, então a ideia era manter isso, sempre escrevemos letras baseadas em filmes de horror, isso quando nós mesmos não inventávamos as histórias. Porém a gente sabe da importância de se posicionar e por isso temos algumas letras de cunho político e a tendência é compor mais nessa temática, afinal, fazer arte é ser político, principalmente no underground e a gente tem que passar o recado.

E agora, quais os planos pro futuro?
Continuar compondo, já temos várias músicas para serem gravadas. Vamos continuar organizando eventos, mas também pensamos em tocar em outras cidades e estados, fazendo parceiros e divulgando o nosso trabalho. 

O espaço é de vocês, pode falar o que quiserem;
Deixamos aqui o pedido pra quem ainda não escutou o nosso último trabalho (Damaged Brain), para escutar e se curtir, acompanhar a banda nas redes sociais e nas plataformas digitais. Pois somos uma banda proativa e não vamos parar de produzir, estamos felizes não só pelo resultado alcançado nesse EP, mas também pelas críticas de gente do Brasil inteiro e do mundo, falando muito bem a respeito desse trabalho. Vamos insistir em fazer esse trabalho AUTORAL, PESADO E INDEPENDENTE. Forte abraço à todos e para os fascistas que ainda existem na cena, que tenham uma morte lenta e sofrida, vão se fuder!

Thrashard nas plataformas da rede;
onerpm.com/Thrashard
Soundcloud.com/Thrashard
Thrashard.bandcamp.com
Youtube.com/channel/Thrashard

domingo, 10 de março de 2019

Vilões de Brinquedo lança primeiro EP

A banda Vilões de Brinquedo acaba de lançar seu primeiro EP. Tendo a frente Egberto, ex-vocalista da banda baiana Cidadão Dissidente, da cidade de Feira de Santana, o material foi lançado pelos selos Brechó Discos, Big Bross, São Rock (a trinca do Aqui tem Rock Baiano), Fly Kintal, Contra Cultura Records, e com parceria do Tosco Todo-Selo de Divulgação. Conversei rapidamente com Egberto, saca aí abaixo!
Você era o vocalista da banda Cidadão Dissidente. Qual foi o motivo da sua saída da banda e da criação desse novo projeto?
Egberto - Cara, cada integrante tava com um foco diferente para sua vida, então achamos melhor cada um ir para o seu canto, porém eu tava afim de continuar fazendo minha música, então montei esse novo projeto, a banda Vilões De Brinquedo. Criei músicas novas para a banda ter a sua própria cara, e trouxe algumas músicas minhas que faziam parte da Cidadão Dissidente .

Foram lançadas 2 músicas? Vem mais por aí? Pensam em lançar um disco completo?
Egberto - Temos essa ideia sim!! Essas duas músicas foram só para o pessoal já ir sabendo qual é a proposta da banda, e no final do ano pretendemos lançar um material mais completo

O EP foi lançado em parceria com vários selos. Qual a importância dessa cooperação na música independente e underground?
Egberto - As parcerias são uma das coisas mais importante que pode rolar dentro da música independente, underground!! Um ajudando o outro, um divulgando e valorizando o trabalho do outro, só assim as coisas caminham bem!!!
Já é difícil tendo apoio e apoiando, imagina sem receber apoio e sem apoiar??? Tem que ser um fortalecendo o lado do outro.

Vocês pensam em circular com a banda pelo Brasil?
Qual a expectativa a partir de agora?
Egberto - Cara, rodar o Brasil seria legal, não é o nosso foco agora, mas se rolasse a gente logicamente não perderia a oportunidade de tá mostrando o nosso som para varias pessoas de culturas diferentes. A expectativa agora é sentir primeiro a reação do pessoal para com a nossa demo. Já temos uns shows marcados, vamos ver no que dá!
Dá o play e curta a sonzeira!

Contatos:
75 981229536 Zap

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Anti-Corpos anuncia turnê

A banda paulista de hardcore feminista Anti-Corpos anuncia nova turnê. As garotas, hoje radicadas na Alemanha, fizeram o anúncio na página oficial no Facebook. Conversei com a baterista Helena, sobre esse rolé, e também um pouco sobre a banda e a atual situação política e social do Brasil.
Anti-Corpos: Marina, Andrzej, Adriessa e Helena
A Anti-Corpos surgiu em 2002. Como foi o começo?
Helena: A banda começou depois que eu e a Veri conhecemos algumas bandas de mina de São Paulo e então eu decidi tocar bateria, ela baixo e formar uma banda também. A gente tinha 13 anos,  morávamos na Praia Grande, litoral de SP, e chamamos mais duas amigas pra tocar. Basicamente aprendemos a tocar fazendo covers de bandas que gostávamos, como Bulimia, Dominatrix e Menstruação Anárquica. A banda passou por inúmeras formações desde então. Em 2005 a Adriessa entrou na banda e deu uma cara nova no som que fazíamos. Começamos a tocar mais pesado e rápido.
Formação 2019 em Ação!
A banda é bem ativa no movimento underground e feminista. Como vocês tem visto esses dias sombrios em que o conservadorismo assola o Brasil?
Helena: Há 4 anos não estamos morando mais no Brasil. Mas mesmo estando na Alemanha e talvez principalmente por isso, vemos o fascismo crescendo e tempos tenebrosos chegando. O que acontece no Brasil e no mundo é muito assustador, mas creio que temos que ser a resistência e continuar lutando de alguma forma. E é o que temos acompanhado. Se podemos ver algo bom de toda essa merda mundial são pessoas se conectando e movimentos de resistência surgindo e crescendo. 
Inclusive umas das razões que nos motiva de ir fazer essa tour no Brasil é nos reconectar com pessoas amigas, ativistas, e conhecer as novas caras que estão movimentando o underground nesses últimos 4 anos.
A Anti-Corpos prepara agora uma turnê sul-americana. Qual a expectativa pra esse rolé?
Helena: Estamos muito ansiosxs! É muito difícil fazer uma turnê na América do Sul. As distâncias são absurdamente longas e sabemos que grana pode ser um problema. Nunca tivemos a chance de fazer algo assim por ai. Infelizmente não podemos ir para todos os lugares que recebemos convites.
A gente já fez duas grandes turnês na Europa, mas tenho a sensação de que essa gira por ai vai ser especial!!! quero ver todxs dançando!!!
Clique na imagem para ampliar
Ouça mais Anti-Corpos, dando o play abaixo!


sábado, 12 de janeiro de 2019

Maldita Ambição lança novo CD


Maldita Ambição é uma banda formada em Praia Grande. no litoral sul de São Paulo, no ano de 2012. A sonoridade da banda é uma mescla entre o punk rock, hardcore, crust e metal.
No novo CD, intitulado Guerra Civil, as letras abordam temas sobre nosso cotidiano violento, guerras e anarquismo em um âmbito ideológico. A banda acredita que a musica libertária é uma ferramenta de difundir suas ideias e anseios perante esse sistema opressor.
O CD foi produzido pela banda em parceria com 14 selos, dentre eles está o Tosco Todo. A banda disponibilizou um single do disco para audição no youtube e spotify. 
Tiago (vocal e guitarra), Müller (bateria) e Ricardo (Baixo e vocais)
Ouça aqui um Single do CD

Para Adquirir o CD, entre em contato:
Facebook.com/MalditaAmbição

Maldita Ambição - Guerra Civil (Single)

Marginalizados pela sociedade
A mão estendida hoje sangra por justiça
É a lei do retorno do monstro que você criou e ignorou

Cenas de violência
Revolta discriminação

Sem trabalho formação acadêmica
O crime é a unica opção
Vingança do sistema carcerário
Que não regenera cidadães

Cenas de violência
Revolta discriminação

Só potencializa o ódio
O conflito entre classes
Sem igualdade
Será eterna a guerra civil