quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Guerra Urbana lança Pela Causa Consumista

A banda Pernambucana Guerra Urbana lançou seu mais novo CD, intitulado "Pela Causa Causa Consumista". O grupo é um dos mais ativos de Recife. Para saber sobre esse lançamento, conversei com o baterista Allan. Se ligue no bate papo.
Em primeiro lugar, pra quem não conhece, fale um pouco sobre a Guerra Urbana. Quando foi formada e quais materiais já foram lançados?
Allan- Somos uma banda do movimento Punk de Recife, precisamente do bairro do Ibura. Começamos nossas atividades em maio de 2007, durante esses 9 anos de resistência e existência lançamos e participamos nos seguintes materiais:
DISCOGRAFIA:
CDs:
Guerra Urbana - Pela causa consumista.2016
Extermínio, Ganância e Poder; 2010.
Extermínio, Ganancia e Poder - versão argentina por Volátil Records
Dinero, Ganancia e pPoder - versão mexicana por Tercermundistas Recordes
LP:
Buracos Suburbanos vol.1 Coletânea lançada em conjunto com as bandas pela Casa Punk Records.
Split:
Guerra Urbana e Subversivas/MA- Crosta Moída Produções; 
3 way split A Voz dos Indigentes: Guerra Urbana, A Marca da Revolta e N.T.E. G-beat Produções
4 way split # 2 vomitos, exilados, guerra urbana, sbornia social.
Coletâneas:
Reflexo do Espelho - Tributo a banda Cambio Negro HC.
Principio y Fin- Acracia Fanzine vol. 8 argentina;
Independent and free – varken recordes indonésia.
Explosão Punk-vol.1 ao vivo em recife;
Fanzine Meus Amigos Bebem Muito Café vol.3 São Paulo;
Punk To The Bone – Delapidated Records, EUA;
Endless Hell – Trhone of lies Records, EUA.
Cacos de vidro vol.1 Recife-pe g-beat produções
De coca-a-cola vol.8 Belém/PA;
Compilado Anticarcelario em apoyo a Freedy, Marcelo y Juan, Argentina;Volatil Distro
Chaoz day vol.3 2013 coletânea punk internacional cd duplo- casa punk records
Contracultura 2013 coletânea nacional- contracultura records
Dois minutos para expressar seu ódio- várias distros lançaram.
Punk all punk vol.3. GBU.
Território underground vol.2 GBU.
Punk uma liberdade de escolha.
Johni vive - Brazilian Antifascist Compilation lançado em conjunto com as bandas e selos.
Street Voices vol. III Com diversas bandas de vários países. selo alemão street voices.
Allan - Guerra Urbana
A banda era um quinteto, e no decorrer da gravação do disco virou um trio. O que aconteceu?
Allan-A banda não é um quinteto desde 2014; mas em 2014 gravamos 12 faixas que seriam para o novo disco, mas pelo fato da gravação não ter saído da forma que se esperava optamos pelo o arquivamento dos sons, e a opção de arquivar ocorreu também pelo fato da saída do antigo guitarrista e a entrada de Matheus, que está até hoje na banda. Preferimos ensaiar mais e preparar outro repertório para o disco Pela Causa Consumista; das 12 faixas gravadas em 2014, duas músicas foram para a coletânea em LP - BURACOS SUBURBANOS vol. 1, e outras duas para a coletânea em CD-R CACOS DE VIDRO vol.2. No final de 2014 André sai da banda e nos tornamos um quarteto com eu na bateria e voz, Nanda voz, Duxo baixo e voz e Matheus na Guitarra. Após a gravação do disco Duxo sai da banda e Fernanda assume o baixo e nos tornamos um trio.
Allan, Fernanda e Matheus-Guerra Urbana
Como foi a produção do "Pela Causa Consumista"?
Allan-Com a entrada de Matheus na banda a gente intensifica mais os ensaios e harmoniza melhor as canções.  Anteriormente, por falta de tempo, não conseguíamos ter uma sequência boa de ensaios e os sons de certa forma deram uma evoluída bastante significativa com a chegada dele na guitarra. Fechamos o cast, ensaiamos muito e começamos o processo de captação dos sons que tiveram 3 etapas. Gravamos a bateria, depois as guitarras e por fim baixo e vozes. Aí o trabalho realmente começou, essa captação foi em Junho de 2015. Depois ocorreu a mixagem e masterização que ficou na responsabilidade de Daniel Farias da banda Ugly Boys, que manda muito bem nesse quesito. Ele é o responsável pelo resultado do disco que só temos a agradecer. Após a gravação das faixas, Duxo sai da banda e Fernanda assume o baixo e nesse período fomos convidados para participar do tributo ao CAMBIO NEGRO HC, "O Reflexo do Espelho". Gravamos a faixa "Emergência", e nessa gravação, já como trio, trabalhamos novamente com Daniel. Aproveitamos e gravamos também duas faixas ao vivo com o trio, que ficou no disco como bônus track. Aí depois rolou o processo burocrático de fabricação e o do levantamento da grana que deu por fim em 2016. As gravações ocorreram todas em 2015. A arte gráfica ficou nas mãos do ilustrador Kin Noise que é um indivíduo que já fez vários trabalhos para diversas bandas e festivais. A diagramação final ficou a cargo do nosso amigo Vine Miranda.
O CD teve o apoio de vários selos para o lançamento. Qual a importância dessa cooperação dentro do underground?
Allan-A coletividade é de suma importância para a divulgação do material e ajuda realmente no custo da prensagem. Esses apoios fazem o disco andar mais rápido e ele tem um alcance maior, além de ser um exercício do apoio mútuo. Essa produção tem a mão de todos que apoiaram e isso que é massa! acreditamos no Faça Você Mesmo e essas pessoas também! com certeza não estamos sozinhos. Todos juntos por uma mídia alternativa, sendo um escape do mercado fonográfico egoísta movido pelo lucro.

Quais os planos da Guerra Urbana a partir de agora? Shows, turnês?
Allan-Estamos voltando a tocar mais. Em setembro organizamos uma gig de lançamento do CD, o evento foi intitulado de EM SETEMBRO FEST, tínhamos dado uma pausa nas gigs devido a produção do CD, agora estamos de "volta"... de onde nunca paramos kkkk...mas pretendemos, sim, fazer novas tours em 2017. Em breve veremos tudo, depende da adequação de nossas rotinas operárias; trabalho e banda, conciliar isso para os roles fluírem.

O espaço é seu, fale o que quiser:
Allan-Muito Obrigado Nem pelo suporte no apoio do disco com o seu selo e pela entrevista. O Tosco Todo é uma das peças propulsoras do nosso underground, principalmente para nós do Punk Rock. Resistência camarada nas suas produções e caminhadas. Quem tiver interesse em adquirir o CD entre em contato conosco, pelas redes sociais no facebook da Guerra Urbana que respondemos de boas; ou pega com os selos onde eles estiverem com suas bancas de materiais. Valeu aos leitores do blog. É isso ai. Um abraço a todos. UP THE PUNX!
Contatos:
E-mail: allanvictor1004@yahoo.com.br
https://www.facebook.com/guerraurbana07/

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Test Anuncia Turnê

A banda paulista de Grindcore/Death Metal TEST, formada por João Kombi e Barata, anunciou a Turnê Espécies. Passando por vários estados brasileiros, dessa vez a banda passará também pela Bahia, com shows já confirmados em Vitória da Conquista Salvador, Simões Filho, Serrinha e Itabuna. Ainda há a possibilidade de outros shows em nosso estado. Se você é produtor ou quer ver os caras em sua cidade, entre em contato com João Kombi ou pelo whatsapp 11 99426 6047.
Espécies -Turnê Final de Ano- 2016
01/12 - Sorocaba SP 
02/12 - Pouso Alegre MG 
03/12 - Cabo Frio RJ
04/12 - Vila Velha ES 
05/12 - Vitória ES *
06/12 - Trancoso BA * 
07/12 - Itabuna BA 
08/12 - Salvador BA 
09/12 - DATA DISPONÍVEL
10/12 - Serrinha BA
11/12 - Simões Filho BA
12/12 - Poções BA *
13/12 - Vitória da Conquista BA 
14/12 - Ipatinga MG 
15/12 - MG*
16/12 - São Paulo SP
20/12 - Test Big Band -Disjuntor SP
* a confirmar

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Misantropia prepara Documentário de 25 anos

No último fim de semana foi iniciado o projeto do documentário 25 anos de Misantropia. O roteiro contará a história da banda punk mais antiga e ainda ativa em Maceió, Alagoas e sua relação com a cena independente da cidade. Dois caminhos que se conectam e remontam várias fases e ocasiões do underground Alagoano.
A produção é uma parceria entre Sirva-se, Scoria Filmes, Identidade Alagoana e Centelha Produções.
Misantropia com integrantes da produção do Documentário
RELEASE:
Mudar o mundo, com certeza muitas bandas surgiram e serão criadas com esse intuito, com a Misantropia não foi diferente. Em junho de 1991 quatro amigos se juntaram com a ideia de mudar o mundo por meio de uma banda. Adolescentes insatisfeitos com a realidade que lhes cercava, cheios de vigor e prontos para a luta. Nada melhor do que os acordes distorcidos da guitarra e letras que cuspiam toda a sua insatisfação com o sistema, os seus sonhos e os seus ideias.
Um bom tempo se passou. Percebeu-se que uma banda não é capaz de mudar o mundo, no entanto sabemos que somos capazes de lançar sementes, de provocarmos pequenas mudanças, de aprendermos com os nossos erros e, principalmente, de nos mantermos vivos.
O desejo de viver em um mundo diferente não morreu, mas compreendemos que acordes distorcidos, letras que externam a nossa indignação e expressam o que pensamos não provocam nenhuma mudança se não agimos e não nos revolucionamos diariamente.

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Brasília Hardcore Mixtapes Vol.2 é lançada

Foi lançado mais um volume do projeto Brasília Hardcore Mixtapes. Com 112 bandas de hardcore, punk e metal do Distrito Federal e Entorno, a coletânea foi idealizada por Tulio, do DFC, e pensada no formato de fitas cassetes virtuais no bandcamp, com musicas, capa e encarte para download gratuito.
O Volume 2, de oito que serão disponibilizados, recebeu o nome de "RORIZKRIEG BOP" e já está disponivel no Bandcamp do projeto.
O Volume 2 conta com as bandas:
OS CABELO DURO - DETRITO FEDERAL - VOZES DA ANARQUIA - GULAG - THE SQUINTZ - OS MALTRAPILHOS - PRISÃO CIVIL - DF147 - SBxDF - FINAL TRÁGICO - O DIA D - FILHOS DE MENGELE -VÂNDALOS - FACES DO CAOS
E o Tosco Todo traz pra você ouvir. Fazendo o download vem junto a arte do cassete para impressão.
A cada semana será disponibilizado no site do projeto um novo volume grátis. Além de disponibilizar a coletânea faixa a faixa, é disponibilizada cada volume em uma única faixa, com todas as bandas.
Ficou curioso e quer participar de outras edições? É só escrever para: dfchaos@gmail.com.
Página do Projeto: Brasiliahcmixtapes.bandcamp.com
Túlio, idealizadro do projeto, explica que "O Bandcamp possui um limite de 200 downloads grátis mensais. Caso esse limite já tenha sido ultrapassado e algum valor esteja sendo cobrado, aguarde o dia 20 de cada mês para que os downloads se tornem novamente gratuitos. Não pague por essa coletânea. Guarde seu dinheiro para comprar os discos e ir aos shows das bandas."
Tá esperando o que?



quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Posso falar de um disco lançado ano passado?

Ontem eu peguei um CD da banda Signista, daqui de Conquista, para escutar. Se chama "Besouro Cibernético" e foi lançado no meio do ano passado. Eu tinha escutado ele algumas vezes na época do lançamento. Sempre fui fã da Signista, mas só ontem que eu percebi a importância dessa gravação para a cena rock de Vitória da Conquista. A relevância desse CD eu deixei passar batido na primeira audição, não prestei atenção. Talvez eu tenha me prendido a principal influência da banda, que é o grunge do Nirvana. Essa influência é inegável, desde o timbre de alguns instrumentos, até a forma de começar uma música ou outra.
Ouvindo com mais calma, percebi que não é só grunge, o "Besouro Cibernético" tem tanta coisa que num primeiro momento a gente não consegue perceber/ouvir. E ontem eu consegui entender a proposta da Signista. Por isso eu trago aqui essa entrevista, para compensar essa minha falta de sensibilidade na época, e também para fazer justiça a esses caras que, assim como outras bandas fizeram história na cena rock local, algum dia alguém vai colocar o nome da Signista no meio disso tudo!
E pra falar mais sobre o disco, conversei com Renno Siqueira, vocalista e um dos principais responsáveis pela produção do "Besouro Cibernético". Se ligue e não deixe de baixar o CD!
BAIXE "BESOURO CIBERNÉTICO" - SIGNISTA
O "Besouro Cibernético" foi o primeiro CD da Signista?
Renno - Não, ele foi o segundo. O primeiro foi o "Voltando de Mercúrio" de 2012.

Tem o "Voltando de Mercúrio" na net pra galera ouvir?
Renno - A divulgação foi das antiga mesmo, dando o CD para as pessoas nos shows. Mas tem umas faixas no YouTube. Não todas.

POEMA FANTASMA - FAIXA DO CD "VOLTANDO DE MERCÚRIO".
Escutando hoje o Besouro Cibernético, não tenho dúvida nenhuma em dizer que é um dos melhores cds que já ouvi de uma banda de Conquista. Mas pouco se falou sobre ele por aqui. O que aconteceu?
Renno - Fizemos uma divulgação tímida.

AMIZADE COLORIDA - FAIXA DO "BESOURO CIBERNÉTICO"
No "Besouro Cibernético", é evidente a influência do grunge, principalmente do Nirvana. Mas ouvindo aqui, a gente percebe outras coisas. O que mais a galera pode ouvir nesse CD?
Renno - Um pouco de Oasis e Pearl Jam e uma pitada de hardcore.

Era onde eu queria chegar. Apesar da principal influência ser o grunge, vocês passeiam por várias vertentes do rock, sem soar forçado, misturando música regional com hardcore (na música Maria Lampião). Em outros momentos já surge uma balada (na faixa o homem sem reflexo). Na minha medíocre opinião, vocês fazem essa transição entre os estilos de forma leve e verdadeira. Você acha que talvez essa mistura de vários elementos do rock tenha se tornado um obstáculo na receptividade do disco por parte do público?
Renno - Talvez sim pra alguma parte do público. Tipo assim...tem bandas que se dão bem em fazer um som mais misturado pelo fato de ouvir muitos estilos e buscar sintetizar isso em um disco. O Nirvana fazia isso muito bem com músicas agressivas e outra hora era uma balada, e até músicas bem calminhas, que pra alguns estava fora da proposta punk rock do Nirvana no início.

UM SIGLE DE 2013
O Nirvana fez isso mesmo, eles ouviam de Beatles a Sex Pistols, de PJ Harvey a David Bowie e Sonic Youth, então era como um monte de fruta em um liquidificador. E no início, o público também não assimilou muito isso. Você acha que em Conquista faltou esse conhecimento musical, antes das pessoas simplesmente rotularem vocês com uma banda "grunge"?
Renno - Acho que não...o fato de nos rotularem grunges foi muito por conta de tocar bastante Nirvana nos shows e já ter feito shows como Nirvana cover.
RENNO - SIGNISTA
E qual os seus planos daqui pra frente?
Renno - Arrumar um trampo de carteira assinada e formar outra banda com outro nome.

Signista acabou então?
Renno - A banda tá parada, mas com possibilidade de voltar.

Você gasta dinheiro pra manter a banda, e no final, não tem o devido reconhecimento. Como é sua relação com o rock?
Renno - Eu ouço rock todos os dias e crio riffs praticamente toda semana. Eu acredito que o rock tá muito forte na minha mente e nas minhas atitudes, e assim que tiver grana vou investir mais ainda no rock. Mesmo não tendo muito reconhecimento, vou sempre ter um material pra lançar sozinho ou com banda, sem tirar onda, eu entro num estúdio e gravo todos os instrumentos super de boa.

Foi você que gravou todos os instrumentos do "Besouro Cibernético"?
Renno - Não. Gravei guitarras e vozes e defini toda linha de bateria para o baterista que gravou, pois na verdade sou um daqueles bateristas que resolveu tocar e cantar, tipo Dave Grohl.
LÉO SOARES, LELEO NOBRE E RENNO GRAVARAM O "BESOURO CIBERNÉTICO"
Quero pedir desculpa por não ter dado espaço ao "Besouro Cibernético" na época do seu lançamento. Eu até escutei o disco, mas não com a devida atenção como escutei hoje. Por isso eu quis falar sobre ele, mesmo sendo mais de um ano depois. Disco bom é assim, o tempo passa e ele continua atual e interessante. O espaço é seu!
Renno - Só tenho a agradecer mesmo. E fico feliz que após um ano de lançado ele seja considerado um disco atual e não descartável. E vindo do vocalista do Cama de Jornal, que acompanho desde que eu comecei ouvir rock, é uma grande satisfação, não só pra mim, mas também para meus amigos que fizeram parte da construção desse disco.
Renno - vocal e guitarras
Leleo Nobre - Baixo
Léo Soares - Bateria e Produção de Arranjos
CONTATOS:
Renno Siqueira
WhatsApp 77-99203-6736
email: rennosignista@gmail.com
Telefone 77-98828-7870

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Dona Iracema lança Máquina de Amarrar Jegue

A banda Conquistense Dona Iracema acaba de lançar o seu mais novo EP, intitulado "Máquina de Amarrar Jegue". Mesclando hardcore com músicas regionais, eles flertam até com o arrocha na faixa "Celebrar". Conversei com o baixista Diegão Aprígio, que me falou mais sobre a produção desse material totalmente autoral. Se ligue!
Dona Iracema a partir da esquerda: Diegão, Rodrigo, Anderson e Oscar.
Esse EP já vem sendo produzido há bastante tempo, e a banda passou por reformulações na sua formação durante todo o processo, desde a gravação até a mixagem final. Fale um pouco sobre isso:
Diegão - Mestre Nem, o disco começou a ser gravado no carnaval de 2015, ainda pelo baterista Rauni Nau, assim como as guitarras do disco foram gravadas pelo também antigo guitarrista Diego Gusmão, Essa mudança de formação chegou a atrapalhar um pouco o andamento do disco, mas ao mesmo tempo somou durante as gravações das vozes, mixagem e masterização.
A primeira mudança veio com a saída dos dois guitarristas e do baterista. Com a entrada de Enzo Fernandes na guitarra e Oscar Sampaio na bateria, veio ideias novas que somaram mais ainda no disco. E agora a mudança mais recente com a entrada de Anderson Gomes, o novo guitarrista que já entrou na fase final do disco, substituindo Enzo, somou mais ainda com seu conhecimento em mídias e toda a sua paciência em detalhes que só veio a acrescentar na banda. Então de toda forma, tudo foi se encaixando e fluindo.

A capa do EP vem com a temática ilustrativa da Literatura de Cordel, expressão clássica do nordeste brasileiro. De onde veio essa idéia?
Diegão - A ideia partiu de milhares de outras que tivemos ao longo da gravação, produção, master e mix final, chegando até a ideia da xilogravura. Sendo assim a arte foi feita por mim e finalizada por Ana Luiza.
Baixe Aqui o EP
Enquanto não sai o EP em mídia física, vocês disponibilizaram em praticamente todos os canais digitais de compartilhamento de música. Qual a importância do MP3 para uma banda independente?
Diegão - É o mais importante, tanto quanto o show, disponibilizar o mp3 de forma livre é mostrar seu trabalho, é levar o seu som pra pessoas que não conhecem sua banda, sendo assim, gera mais show e mais reconhecimento da galera, afinal de contas, quem não quer ver a galera cantando suas musicas no show? a divulgação é a nossa prioridade, o físico já está a caminho. Aguardem.

Você foi roadie da Cama de Jornal na turnê que a banda fez em São Paulo em 2015. E foi lá que surgiu a música "Butanogás". Conta essa história aí:
Diegão - Certo...kkkk...Lembro em detalhes, e mais uma vez obrigado pela oportunidade de acompanhar a Cama de Jornal nessa viagem, foi uma experiencia única.
Eu, Rose e Marcus, o motorista da turnê, estávamos na casa de Ariel, quando sentados na frente da casa onde havia uma sombra, passou um carro de gás, até então tudo normal. Marcus rí e comenta; "Já pensou essa musiquinha do gás em punk?"
Rose também comenta;"Refrão: ACABOU O GÁAASSS". Eu então afirmo pra eles que iria fazer a musica , nenhum dos dois acredita...bem, já temos a prova...kkkkk...
Rose, Ariel e Diegão em São Paulo em 2015.
Por falar nisso, como é a forma de composição das músicas da Dona iracema?
Diegão - Mestre, Funciona de forma livre...sempre que sentamos para compor, NUNCA sai nada. Geralmente montamos a letra e a base. Os riffs vão fluindo e assim vai até o acorde final da composição. No caso de "Butanogás", a letra foi feita ainda quando eu estava como roadie em São Paulo. Chegando em Vitória da Conquista, criamos a base e pronto, mais uma musica Iracemática.

Qual a expectativa agora com esse novo EP? Shows, turnês, o que vocês planejam?
Diegão - Absolutamente tudo! Shows, turnês, tudo é visto no horizonte. Planejamentos estão sendo feitos e adaptados, vem novidade por ai.

Recentemente a banda ficou entre as 20 selecionadas para o "Bolsa Estúdio Skol". Como foi pra chegar lá, e qual a expectativa? Essa bolsa estúdio é pra gravação de cd? Como funciona?
Diegão - Chegar lá foi a parte mais "fácil" da história. Bastava upar um vídeo no YouTube com o nome "bolsa estúdio". O concurso pede uma musica performática, com elementos nordestinos e acima de tudo um hit, então já do disco novo mandamos um vídeo da musica "Celebrar", e passamos. A segunda fase agora se passa em Salvador, sendo uma audição com as 20 bandas finalistas, dai as 10 mais, vão ganhar a gravação de um single e uma participação num festival também realizado em Salvador.

O espaço é de vocês, para deixar contatos e links da banda, e também dizer o que quiserem:
Diegão - Agradeço a mil o espaço, segue abaixo os links que vão te levar direto até nos.
CONSUMA SEM MODERAÇÃO!
#DonaIracema
#Máquinadeamarrarjegue

Site oficial - donairacema.com

Ouça nas plataformas:
Google Play: https://goo.gl/asxLtB
Playlist YouTube: https://goo.gl/KKJgnj
Ep Completo YouTube: https://goo.gl/afZ2fu 



quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Brasília Hardcore Mixtapes é lançada

Foi lançado essa semana um projeto com 112 bandas de hardcore, punk e metal do Distrito Federal e Entorno. Idealizada por Tulio, do DFC, a coletânea foi pensada no formato de fitas cassetes virtuais no bandcamp, com musicas, capa e encarte para download gratuito.
O Volume 1, intitulado "GUARIROBA ÜBER ALLES" já está disponível e conta com as bandas:
TERROR REVOLUCIONÁRIO - PENÚRIA ZERO - GALINHA PRETA - CIDADE CEMITÉRIO - MARMITEX SA - AMEAÇA CIGANA - DEPENDÊNCIA PULMONAR - CRUSHED BONES - MAIS QUE PALAVRAS - MAYOMBE - CABEÇA DE PORCO - SUICÍDIO COLETIVO - SATANS PRAY - VELHA CARCOMIDA.
E o Tosco Todo traz pra você ouvir. Fazendo o download vem junto a arte do cassete para impressão.
Após esse primeiro volume, será disponibilizado no site do projeto toda semana um novo volume grátis. Além de disponibilizar a coletânea faixa a faixa, é disponibilizada o Volume 1 em uma única faixa, com todas as bandas.
Ficou curioso e quer participar de outras edições? É só escrever para: dfchaos@gmail.com.
Página do Projeto: Brasiliahcmixtapes.bandcamp.com

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Pastel de Miolos seguirá como Duo

No Inicio do mês entrevistei Álisson, ex-vocalista e guitarrista da banda de Punk HC baiana Pastel de Miolos, que havia anunciado a sua saída da banda. Hoje converso com Wilson, baterista, que nos conta mais sobre essa mudança e também sobre o futuro da PDM, que a partir de agora será um Duo, só com Bateria e Baixo. Ficou curioso? Se ligue na conversa aí!
Wilson - Baterista da Pastel de Miolos
Semanas atrás fiz uma entrevista com Alisson sobre a saída da Pastel de Miolos. Ele falou que não estava mais feliz fazendo o que fazia na banda. Ontem vocês soltaram um release falando que a saída dele foi um golpe para a PDM. Ele nunca havia conversado sobre essa insatisfação e da possibilidade de um dia deixar a banda? Fale mais sobre isso.
Wilson - Cara, o termo golpe utilizado no release foi para descrever o fato de ter acontecido de surpresa. O motivo da saída dele foi o que realmente ele descreveu na entrevista que você citou. Nunca conversamos sobre a saída dele, fizemos a turnê Europeia (2014) e foi muito divertida. Rolou estresse, coisa normal de está longe de casa, longe da família, o cansaço do dia a dia de uma turnê, mas rolou legal, tanto que na volta da turnê mantivemos a mesma rotina de ensaios, shows. Chegamos até a pré produzir o que seria o próximo álbum, compomos umas 8 a 10 músicas novas.
Mas essa mudança e desgaste começou mesmo em março de 2015, durante a "Sauna Punk Rock Tour 2015", exatamente durante a turnê, tanto que depois da turnê, fizemos os shows que estavam agendados e não busquei mais shows, pois decidir parar de gerenciar a banda e seguir apenas como baterista, justamente por essa falta de interesse dele. Mas em nenhum momento percebemos essa falta de interesse dele em continuar tocando punk hardcore e nunca foi dito por ele, sempre achávamos que era devido as mudanças em sua vida pessoal, ele não queria mais viajar, preferia shows que não houvesse necessidade de viajar, demonstrava esse tipo de desinteresse, mas nunca o desejo de sair. A decisão de deixar a banda surgiu em uma conversa através de mensagens no grupo que mantínhamos no whatsapp, isso foi tipo pela manhã, e a noite decidimos que a saída dele realmente seria a melhor forma de mantermos a amizade, pois realmente estava estressante o convívio, tentamos ao máximo, pois a banda não é um negócio, é um lance de amigos mesmo, acho que banda tem a mesma conotação de um relacionamento, se acaba o amor, o tesão, tem que separar e cada um seguir seu próprio caminho.
O mais importante disso tudo é a amizade e respeito que existe entre a gente, foram anos de convivência. Alisson é membro fundador, ajudou a construir nossa identidade, temos o maior carinho e respeito por ele, já nos encontramos depois da saída dele e com certeza nos encontraremos outras vezes em algum palco da estrada do rock!

Falando sobre essa indisposição de Álisson em relação a viagens e turnês. Agora que vocês serão somente dois componentes, já existe alguma movimentação da PDM em relação a shows pela Bahia e Pelo Brasil ainda esse ano?
Wilson - Já temos 4 show agendados e mais alguns em processo de fecharmos. A ideia agora é cair na estrada mesmo, voltar o ritmo que tínhamos antes, de media de 2 shows por mês, ou mais.

Nesse mesmo release divulgado ontem, vocês anunciaram que a banda, que durante muito tempo foi um trio, passará a se tornar um duo, somente com baixo e bateria. Qual o motivo dessa decisão?
Wilson - Acredito que o motivo é a necessidade de encarar esse desafio mesmo, nunca nos abatemos diante dos perrengues, sempre lutamos, do lance de ser mais fácil lidar com tudo apenas nós 2, da facilidade de cair na estrada, da interatividade do momento entre Eu e André. Conversamos muito sobre quem poderia ser o substituto, listamos alguns nomes, mas decidimos seguir no formato duo. André é um musico muito competente, não tenho nenhuma dúvida que optamos pelo caminho melhor.
André e Wilson - O duo da Pastel de Miolos
Eu assistir um documentário sobre Lemmy, do Motorhead, e ele mostrava em uma cena como era a sonoridade somente do seu baixo. E era diferente de tudo. Mas para vocês, é um desafio grande continuar com uma banda de punk rock sem um guitarrista? O que o público pode esperar dessa nova formação?
Wilson - Será algo novo, estamos ensaiando e já percebemos que algumas músicas teremos que verificar a melhor forma de tocar. Por exemplo: "da escravidão ao salário mínimo", um skazão, não tem como André fazer a linha de baixo e o "kenko kenko" da guitarra, pelo menos não agora. Mas são apenas detalhes que com o tempo aprenderemos a lidar com isso, não será apenas um baixo com a distorção, teremos os som da guitarra e do baixo, só não teremos guitarrista. Quem viver, verá! hehehehe.
Toda mudança causa esse frenesi, normal isso, criamos uma expectativa muito grande, é um lance novo, pelo menos no sentido "baixo e bateria". É normal já o lance da "guitarra e bateria", o que posso dizer é que continuamos pesados, rápidos e com muito gás!

Você falou que já existia um esboço do que seria o próximo disco. E agora, vão seguir na linha que já estava, em relação as músicas que já estavam prontas, ou vão começar do zero com essa nova formação?
Wilson - Vamos começar do zero.

Eu torço para que tudo se ajeite, e deixo aqui o espaço aberto para outros esclarecimentos, caso julgue necessário:
Wilson - Obrigado Nem pelo espaço, acreditamos que realmente fizemos a escolha certa em seguirmos no formato "power duo" e acreditamos também que teremos a aprovação dos amigos e admiradores da banda. Nos vemos na estrada!!!

CONTATOS:
+ 55 71 99251 8715
pasteldemiolos@gmail.com

Agenda:

11/10/2016-Dubliners Irish Pub, Salvador/Bahia
22/10/2016-Jam Music & Bar, Cajazeiras, Salvador/Bahia
05/11/2016-Camaçari/Bahia
JAN/2017-Aracaju – DATA/LOCAL A CONFIRMAR


sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Álisson deixa a Pastel de Miolos e segue projeto com a Macabéa

Há cerca de duas semanas, o punk rock baiano foi surpreendido pela notícia da saída de Álisson Lima, vocalista e guitarrista, da banda Pastel de Miolos. Há mais de vinte anos na estrada, com vários CDs lançados, turnês pelo Brasil e Europa, a Pastel de Miolos é referência para os admiradores do punk rock e hardcore. Mas o que motivou a saída de Álisson?
Conversei com ele para esclarecer isso, e falar do seu novo caminho no rock baiano.
Álisson Lima quer seguir outros caminhos

O que o motivou a deixar a Pastel de Miolos, uma banda com uma estrada já consolidada?
Álisson- Primeiro que foi uma decisão totalmente pessoal, os caras da banda são grandes amigos. Mas eu queria dedicar meu tempo a um som diferente e que eu sempre gostei de tocar. A PDM é um banda de hc e punk e eu acredito que deve continuar assim até o final. Se eu não queria mais tocar esse tipo de som era mais coerente ir tocar o que quero invés de tentar transformar a PDM, que tem uma história tão longa, em outra coisa. Eu mudei pra que a PDM continue forte e te digo que não foi um decisão fácil, foram dois anos pensando e repensando a respeito disso. 

E agora você está com outra banda. Quando surgiu esse outro projeto?
Álisson- A Macabéa surgiu há 11 anos, no período em que tocava na Declinium ao mesmo tempo em que estava na PDM. Antes dos ensaios eu me reunia com mais dois amigos (Samuel Galvão e Evandro Remella) e ficávamos improvisando uns sons. E aí vinha o gosto por bandas parecidas como o The Cure, Smiths, enfim...eu resolvi começar a escrever umas letras e aí a banda começou. Nesses 11 anos houve uma mudança intensa de membros, períodos de inatividade e gravação de um EP com cinco músicas em 2010, que eu gravei todos os instrumentos, menos a bateria que foi gravada por Wilson (batera da PDM). 
Macabéa é: Marcos no Baixo e voz, Álisson no vocal e guitarra e Rugolo na Bateria 
Existe esse material para as pessoas ouvirem na internet?
Álisson- Sim. Existem alguns links espalhados pela internet. 

Eu acredito que com a sua saida da PDM, você já tenha planos de gravar algo novo com a Macabéa. Qual o próximo passo?
Álisson- O próximo passo é ensaiar e tocar o tanto que pudermos. Vamos gravar quando estivermos prontos, com o repertório afiado...

Uma coisa que incomoda muitos artistas quando saem de uma banda, é os fãs pedirem música da banda que ele acabou de deixar. Se acontecer de alguem pedir uma música da PDM em um show da Macabéa, o que vai acontecer?
Álisson- Simplesmente não vai rolar. A PDM é outra banda que não acabou e o cara pode ir no show e pedir o som que quiser escutar.
se fosse pra tocar PDM eu continuava na banda... 
Próximo show da Macabéa
Pra finalizar, apesar de você estar indo para um novo projeto, com um novo estilo. Alisson deixa de ser um punk rocker?
Álisson- Punk não é um som, é um jeito de se relacionar com o mundo. Isso não muda! É claro que muitos vão dizer o que quiser, mas eu nunca fiz força pra ser punk, ou melhor, eu nunca fui punk. Eu sempre fui e continuo sendo eu mesmo! Talvez isso seja ser punk! Quem sabe?

Ouça aqui duas músicas da Macabéa ( Em breve eles estarão atualizando suas páginas na net).
Contatos: Facebook.com/alissonlima

E.D.I. lança Realidade

O duo potiguar E.D.I. acaba de lançar o EP "Realidade". Gravado em 10 de setembro de 2016, com Thiago César na guitarra e voz e Caroline Silva na bateria e voz, o EP traz 6 faixas, incluindo um cover da banda Seek Terror. Esse é o 4º lançamento da banda.
Com uma gravação de boa qualidade feita no Estúdio F, o  E.D.I. continua na linha do punk dos anos 80, com um som direto e sem firula.
E o Tosco Todo disponibiliza para você essa sonzeira!
Baixe Aqui - E.D.I - Realidade

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Malaco Véio lança Destrua o Sistema

A banda Malaco Véio, da cidade de Ribeira do Pombal-Ba, está na ativa há 17 anos, e lança no próximo dia 3 de Setembro o seu mais novo CD, intitulado "Destrua o Sistema". O show acontecerá na AABB da cidade, e começa a partir das 18 horas.
Conversei com o Ricardo, vocalista e baixista da banda, e ele me contou como surgiu a ideia de gravar esse novo material, que veio muitos anos depois da primeira demo de 2002. "Com um tempo, nós nos sentimos acomodados, então surgiu a ideia de convidarmos o amigo Clemerson (Rato Preto) para uma experiência com duas guitarras. Gostamos muito do resultado e isso deu um grande impulso na banda, surgindo assim um maior interesse de divulgarmos nosso trabalho."
Capa do novo CD da Malaco Véio.
E apesar dessa demora em gravar um novo material, a banda não é novata, já possui além do CD-demo de 2002, com 8 músicas, conta também com um CD ao vivo gravado durante uma sessão de ensaio, intitulado “Ao vivo no Punk Caverna (2011)”, e uma apresentação gravada em DVD durante o 5º Festival Eventual Rock (2008). Além disso participou das coletâneas virtuais “Saindo do Ócio e Incomodando, (2010)” e da “Punkhardcorecrust Attack, (2011).
Mas sobre o "Destrua o Sistema", Ricardo conta como foi a produção: "Esse CD foi gravado aqui mesmo em Ribeira do Pombal, pelo amigo Marilton. A arte da capa e contra capa foram feitas pelo amigo Adilson Lima, da cidade de Itabaiana-SE".
O pessoal da Malaco Véio sempre organizou seus próprios eventos e Ricardo explica sobre o show de lançamento: "Tínhamos a ideia de organizarmos esse evento com o intuito de trazermos bandas de outras cidades, e dar opções ao nosso público já que ultimamente nossos eventos vinham sendo apenas com bandas da cidade."
E com esse show, a Malaco Véio busca aumentar ainda mais o intercâmbio com bandas de outras cidades. O foco agora, com esse novo CD em mãos, "é fazer esse intercâmbio e podermos divulgar nosso trabalho com uma maior cobertura possível." E de antemão, ele já agradece a parceria com as bandas: "Agradeço desde já as bandas que vão tocar com a gente nesse show, por demonstrarem total interesse em se apresentar em nossa cidade e apoiarem a divulgação de nosso trabalho."
No evento, ainda estará disponível a banquinha de vendas de CDs e camisetas da banda, além de materiais das bandas parceiras.
CONTATOS:
Malaco Véio 2016: Juninho, Ricardo, Marco e Clemerson

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Cianeto HC lança Decair

Primeiro lançamento da Cianeto HC
A Banda Cianeto HC integra o coletivo Geração TrisTherezina do Piauí, que produz arte de maneira colaborativa, e eles acabam de lançar o primeiro EP intitulado "Decair". São quatro faixas e está disponível para download gratuito. Este EP é parte integrante do disco "Rancores", que deve ser lançado até o fim do ano.
Formada por Heitor Matos (vocal), Pablo Vinícius (bateria), Robervan Sousa (guitarras) e Valciãn Calixto (baixo), a banda nos traz um material com uma pegada da velha escola californiana de bandas como Rancid, Bad Religion, dentre outras. Mas destaco a qualidade da gravação e a música "Homens Mediocres" em que eles flertam com o ska, e deixam escancarada a influência direta do Rancid.

Eu particularmente não conheço quase nada da cena underground do Piauí, e esse EP da Cianeto HC vem para contribuir com a produção artística do estado, levando adiante, para todo o Brasil, trabalhos produzidos de forma colaborativa, tanto na Literatura quanto na Música, em parceria com o Coletivo Geração TrisTherezina.

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Jacau lança República da Mentira

A Jacau é uma banda de Hardcore da cidade de Itabuna, no interior da Bahia. Com letras de protesto abordando temas como politica, religião e situações do cotidiano, a banda acaba de lançar o segundo CD, intitulado "República da Mentira". A Jacau tem menos de dois anos de formação e já conta com dois CDs lançado. Dê o play abaixo e ouça as faixas do ultimo lançamento.
CONTATOS:


quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Ódio Concentrado lança Demo

Ódio Concentrado
Ódio Cöncentradö é uma duo antifascista da cidade do Recife, formado por Bruno Nascimento (Guitarra e vocais) e Henrique Falcão (Bateria e vocais). A banda iniciou suas atividades em 2015 buscando um trabalho autoral influenciado no Powerviolence/Hardcore/Grindcore/Dbeat, principalmente das bandas nacionais e nordestinas. As letras falam de críticas e mazelas sociais e seguem ideias pautadas no antifascismo.
A demo conta com 5 músicas, que podem ser uma amostra do que vem por aí no EP "JAULA", previsto para ser lançado ainda esse ano.
A banda busca fortalecer a cena underground baseada em autogestão e "faça você mesmo".
E o Tosco Todo disponibiliza pra você a barulheira!

CONTATOS:


quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Branco ou Tinto lança Passageiro Aprendiz

Branco ou Tinto lança Passageiro Aprendiz
O blog Tosco Todo é essencialmente para divulgação de bandas de punk rock, hardcore, crossover e generos afins do underground. Mas ultimamente tenho percebido uma grande movimentação no rock alternativo brasileiro. E pela primeira vez, há alguns meses atrás, abri espaço para a banda de stoner rock Old Stove, daqui de Vitória da Conquista. E mais uma vez vou abrir esse espaço para uma banda que vem trabalhando de forma independente, divulgando seus trabalhos e fazendo bastante shows pelo Brasil.
Branco Ou Tinto é uma banda de rock'n'roll formada no inverno brasileiro de 2007, em meio ao escaldante calor cuiabano.
Com nova formação, em 2016 a banda anuncia o lançamento de seu novo álbum “Passageiro Aprendiz”. A Banda já conta com mais de 300 shows na bagagem em seus 8 anos de atividade e está na estrada para divulgar seu mais novo trabalho.
E você se cadastrando no site da banda, receberá em primeira mão todas as novidades e lançamentos virtuais da Branco ou Tinto.
Brunno Negrão (bateria), Jimi Moraes (vocal/guitarra) e Dean Carlos (baixo).
CONTATO:
Facebook.com/brancooutinto

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Banda Rato Preto lança EP

Depois de um tempo sem aparecer por aqui, estou de volta com o lançamento do primeiro EP da banda Rato Preto intitulado "Negocinho Podre". Fundada no início de 2015 por Jefferson, Clemerson, Ronald e Dhemeson, na cidade de Ribeira do Pombal-BA. A banda Rato Preto vem com um Crossover cru e autoral, com 11 sons nesse EP.
Rato Preto - Banda de Ribeira do Pombal-Ba lança EP.
Com sonoridade rápida, pesada e letras de protesto social, a Rato Preto busca em suas musicas retratar o quadro do nosso dia a dia, repleto de desigualdade social, corrupção, entre outros males da sociedade. As influências vão de D.R.I, a R.D.P.
Baixe aqui o EP "Negocinho Podre"


sábado, 25 de junho de 2016

Entrevista com Zeu Ranzinza da Sujo in Mundo

A banda Sujo in Mundo é da cidade de Salvador-Ba, entre idas e vindas a banda já lançou dois CDs demo, e esse ano volta a ativa para gravar mais um material inédito. Conversei com o Zeu Ranzinza, vocalista e guitarrista da banda, que além de falar sobre esse material que está por vir, contou um pouco mais sobre a história da banda. Acompanhe e conheça um pouco mais sobre a história do subterrâneo baiano.
Zeu Ranzinza - Vocalista da Sujo in Mundo
Vamos começar esclarecendo logo por que a banda parou em 2008 e resolveu voltar agora em 2016?
Zeu Ranzinza - Em 2008 a banda dissolveu. Em 2009 me mudei para Feira de Santana, retornando a Salvador em 2014. Ensaiamos voltar em 2013 para fazer uma espécie de aniversário de 10 anos da formação da banda, não rolou. Esse ano, tudo favoreceu para o retorno. Chamei Juninho, que foi o primeiro baterista da banda, e um amigo que colava sempre nos ensaios da Sujo in Mundo, Rafael, e, enfim, voltamos a ensaiar.
Sujo in Mundo 2016: Zeu (guitarra e vocal), Rafael (baixo e back vocal), Juninho (bateria)
Qual era a proposta ao montar uma banda em Salvador em 2003? Como era a cena daquela época?
Zeu Ranzinza - O objetivo era fazer um som que tratasse do nosso cotidiano, falasse da nossa realidade. Éramos bem jovens nessa época, tudo era bem difícil. "Pulávamos de galho em galho” procurando lugar para ensaiar, faltava instrumento e etc, só não faltava vontade de tocar e expressar nosso descontentamento perante o sistema. No tocante à cena, foi um período de grande efervescência. Muitas bandas boas de H.C surgiram nesse contexto do início da década de 2000. Ouvíamos falar no MAP (Movimento Anarco-punk), Quilombo Cecília, Raws Punks, mas era algo distante de nós. A cena da gente nesse período era a rock n roll, começamos a entender o Punk após o primeiro ano de banda.

Foi em 2003 que a Sujo in Mundo lança o primeiro CD intitulado “Mundo sujo”. Quais eram as influências e como foi a produção e distribuição desse material?
Zeu Ranzinza - Rapaz foi bem peculiar essa gravação. Como dissemos, faltava tudo, menos vontade, tínhamos pouco mais de seis meses de banda quando entramos no estúdio pra gravar. Pra falar a verdade, teve músicas que terminamos no dia da gravação (risos). As influências nesse período era o que chegava a nós, tipo, é bom esclarecer para quem está chegando por agora que nessa época material sonoro era bem restrito. Para conseguir um som punk, fita, CD, ou vinil, tinha que ralar muito. Geralmente, a forma mais tranquila era pedir emprestado. Lembro de ter levado um CD (agora tá valendo) da banda pernambucana "Devotos" para os demais ouvirem, além deles ouvíamos: Cólera, Inocentes, Olho Seco, Mercenárias, R.D.P e outros clássicos do punk nacional.
Ouça aqui o primeiro CD da Sujo in Mundo.
Três anos depois a banda lança o CD “Rotina da Angústia”, que já vinha com outra sonoridade, mais D-beat. Porque mudaram o som?
Zeu Ranzinza - Para ser sincero, nesse contexto muitas bandas do cenário hardcore de Salvador começaram a aderir um estilo mais pesado, com vocais guturais ou rasgados. Também mudamos a formação com a entrada de Patrícia no baixo e vocal. Além disso, começamos a ouvir muitas bandas punks estrangeiras e absorvemos muitas referências de bandas ao estilo crust D-beat e hardcore punk. Bandas como Epajarjestys, Mob 47, Puke, Varukers, Moderat Likvidation, Confuse, Crucifix, Black Uniforms, Crud SS, Fear of War dentre muitas outras passaram a ser nossa principal influência.
Sujo in Mundo: Rotina da Angústia - 2006
E em meio a essas mudanças de formação e sonoridades, a banda teve também uma mulher como baixista e vocalista. Por que ela não voltou com vocês e qual a importância da presença feminina no meio punk HC underground?
Zeu Ranzinza - Como comentei agora pouco, com a entrada de Patrícia assumimos uma postura mais agressiva, um som mais pesado. A razão dela não ter voltado, em linhas gerais, corresponde muito às mudanças que qualquer indivíduo passa, o que é normal, a partir das nossas experiências como sujeitos vamos formando nossa identidade, que é forjada constantemente. Com o termino da banda, em 2008, ela foi estudar em outra cidade, impossibilitando qualquer tentativa de retorno. Sobre a presença feminina no meio punk HC underground, acreditamos que em qualquer espaço deve existir representatividade feminina. É tamanha a nossa revolta quando presenciamos atitudes machistas, às vezes sutis, de pessoas que assumem posturas contrárias a todo tipo de opressão. É estúpido, mas infelizmente é constante ouvirmos expressões machistas, misóginas e sexistas de sujeitos que estão inseridos na cena, mas enquanto punks, undergrounds, até mesmo rock n roll, não podemos dar de ombros, temos que combater diariamente o machismo e sermos solidários a causa feminista, sempre.
Patrícia na formação antiga
E quais os planos agora com essa volta da Sujo in Mundo? Vem CD novo por aí, algum show em vista? O que podemos esperar?
Zeu Ranzinza - Primeiramente é ensaiar por uns meses sem pensar em retorno imediato aos palcos. Acredito que existe muita expectativa do nosso público e mais ainda da gente no retorno, porém temos que ter cautela para tudo acontecer da melhor maneira possível. Estamos em processo de composição, já temos seis sons prontos, faltando alguns ajustes. A intenção é compor mais seis ou sete e fechar a próxima demo ainda esse ano, inclusive já tem nome, chamará "Continua Sujo".

Muito obrigado pela atenção. O espaço é todo de vocês:
Zeu Ranzinza - Nós que agradecemos pela oportunidade. Gostaria também de agradecer toda galera que sempre colou no som da gente e sempre nos cobrou um retorno. O que mais motivou nossa retomada, foi perceber o avanço de ideias ultraconservadoras, reacionárias e fascistas no contexto social atual. Esperamos, com o nosso retorno, contribuir de alguma forma para destruir o fascismo e qualquer tipo de opressão, seja ela xenofobia, homofobia, machismo e racismo etc. Enquanto o sistema for sujo... por isso Sujo in Mundo.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Asteróides Trio lança DVD

A banda Asteróides Trio acaba de lançar o DVD "Punkabilly ao vivo", gravado no Estúdio Espaço Som, e teve participação de integrantes de várias bandas clássicas do punk de São Paulo. Conversei com o Franco Kid, vocalista e baterista da banda, que além de falar sobre esse lançamento, também falou um pouco mais sobre a história da Asteróides Trio. Se ligue e assista aqui o DVD...
Franco Kid - Asteróides Trio (Foto: Nádia Ramone)
O Asteróides Trio surgiu em 2006 no Arujá-SP. Eu sempre fico curioso em saber em que contexto as bandas surgem, como era a cena naquela época na cidade de vocês?
Franco Kid - Rapaz, tinha muitas bandas autorais na cidade nessa época. Mas haviam poucas bandas que tocavam o tipo de música que gostávamos realmente. Hoje em dia, a maioria dessas bandas acabaram e muitos dos seus integrantes montaram bandas covers.
Franco Kid, Weasel Rocker e Claudio Formiga (Foto: Cleiner Micceno)
Vocês dizem que são uma banda de punk que faz um rockabilly. De onde vêm as influências?
Franco Kid - Nossas influências são basicamente punk rock, rockabilly, rock’n’roll dos anos 50’s e psychobilly dos anos 80’s.

A primeira Demo da banda foi totalmente autoral com uma temática de filmes de terror e histórias em quadrinhos. Fale um pouco sobre esse primeiro trabalho e essas influências:
Franco Kid - Sim, foi lançada em 2006 e produzida pelo Wjay do grupo de rap SNJ. Nessa mesma época gravamos um clipe de uma música dessa demo. A música escolhida foi “Nancy, vamos para casa”, que é uma homenagem à namorada do Sid Vicious, Nancy Spungen. O clipe foi produzido pelo amigo Cleiner Micceno, que depois também produziu o Punkabilly.
Já em 2013 a Asteróides Trio lança o disco independente PUNKABILLY, que conta com versões em homenagem ao punk rock nacional no estilo rockabilly. De onde veio essa idéia, e qual foi a repercussão e receptividade desse material?
Franco Kid - Já tocávamos desde o início da banda essas músicas. Mesmo porque antes de formarmos o Asteroides, éramos uma banda de punk rock chamada Asterix. A ideia de registrar isso e chamar os convidados foi do Cleiner Micceno, que também participa com vocais em algumas músicas. A produção ficou por conta dele e do Joe Marshall. A repercussão foi ótima, fizemos e ainda estamos fazendo muitos shows por conta disso, inclusive em outros estados.
E esse trabalho acabou culminando, no ano passado, na gravação do DVD "Punkabilly ao vivo"no estúdio Espaço Som, com participação de vários membros da cena punk de São Paulo, e lançado essa semana pela banda. Nos fale um pouco sobre a produção e como foi juntar toda essa galera em um show?
Franco Kid - A produção foi feita toda por nós mesmos. Desde o aluguel do espaço até a gravação, mixagem e edição. Felizmente conseguimos recuperar o que foi gasto com a arrecadação da bilheteria. O lance do show foi mais abrangente, pois convidamos também integrantes de bandas da nova safra do punk rock e também fizemos versões para as músicas dessas bandas. Também incluímos novas composições dos Asteroides no setlist. Foi sensacional.

DVD "PUNKABILLY AO VIVO"
O DVD "Punkabilly ao vivo" foi lançado no youtube, Mas existe a possibilidade de ser lançado em DVD "físico"? Quem apoiou esse lançamento?
Franco Kid - Existe a possibilidade sim. Estamos conversando com a Feio Records, a possibilidade de armar um show nesse mesmo formato para arrecadar dinheiro para isso. Todas as bandas participantes apoiaram muito, além do coletivo Nada Pop do Mauricio Martins e do Zona Punk do Wladimyr Cruz.
Bom, eu assisti ontem o DVD e gostei bastante do que vi. Agora o espaço é de vocês, para falarem o que quiserem. E também falar um pouco sobre os planos do Asteróides Trio daqui em diante. O espaço é de vocês:
Franco Kid - Fico muito feliz por ter gostado. Também curto muito sua banda “Cama de Jornal”. Nossos planos são os de continuar produzindo coisas novas, continuar fazendo shows, fazer amigos. Não temos muitas pretensões. A realidade é que amamos rockn’roll e não conseguimos ficar sem tocar. Ah, sim... Um objetivo é tocar no Nordeste.
Sigam os Asteroides!