sexta-feira, 24 de julho de 2020

Os Maltrapilhos lança Tempos de Intolerância

A banda, de Ceilândia-DF, Os Maltrapilhos, com mais de 20 anos de história, acaba de divulgar seu mais novo disco. Após um longo período sem lançar sons inéditos, a banda chega com seu quarto CD de estúdio, intitulado "TEMPOS DE INTOLERÂNCIA". Conversei com Clebão Rodrigues, baterista do grupo. Ouça e saiba mais abaixo!
A banda apresenta 09 músicas rápidas, diretas e repletas de contestações sociais, refletindo a atual situação do país. Gravado pela formação original, no estúdio Formigueiro em 2019, o disco foi lançado pela MTP Produções, selo próprio da banda.
O trabalho, com capa de Alex Amorim, conta com sete sons de autoria própria, mais um cover da banda de Recife-PE Câmbio Negro HC (Ao Filho do Homem) e uma música escrita por Keyla Monteiro, vocalista da banda CAIS VIRADO (Nas Ruas), de Bélem-PA. Sobre o cover do Cambio Negro HC, que eu pensei que tinha entrado no tributo "O Reflexo do Espelho", Clebão me corrigiu; "não participamos do tributo, na verdade nem fomos convidados (risos). Mas resolvemos fazer essa gravação por conta própria."
Clebão, Marcio e Ismael-Os Maltrapilhos 2020
Já sobre a música escrita por Keyla Monteiro, Clebão disse que; "no caso da Keyla foi bem curioso: ela postou no facebook esse texto, eu comentei que daria uma ótima letra de música e então ela nos deu o texto e fizemos alguns ajustes para poder encaixar as bases."
Sobre a sonoridade desse novo trabalho, ele diz; "apresentamos um som mais agressivo, destilando revolta e letras ácidas, já características dos discos anteriores."
Segundo Clebão, "a idéia original seria um vinil EP. O plano era ir atrás de selos, mas como ficou pronto em plena pandemia dificultou conseguir parcerias." E completa; "por enquanto, soltamos o full álbum no youtube, para que todos possam conhecer os novos sons. Assim que a 'coisa' começar a andar novamente, iremos correr atrás de parcerias com selos e distribuidoras para lançá-lo."
Dá o play!



sábado, 18 de julho de 2020

Coletânea reúne bandas Antifascistas

Foi lançada hoje a coletânea Punkadaria Antifascista. Com capa de Jean Etienne (Xixo Tatoo), e produção do Som De Peso, que  reuniu 33 bandas em 32 faixas, nesse protesto em forma de coletânea, trazendo, cada banda, sua crítica, seu grito contra opressão e toda forma de fascismo.
A luta, substantivo feminino, como reforça a banda Xavosa, responsável pela abertura da coletânea, representa a resistência contra essa sociedade preconceituosa em que temos que viver.
Nesse momento crítico e caótico em que vivemos, a coletânea trás a tona o grito vindo de vários estados do Brasil, como Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Amazonas, Bahia, Paraíba, Ceará, Brasília e Pernambuco.
Dê o play aí abaixo!



sexta-feira, 10 de julho de 2020

7 Programas de rádio para você ouvir

Durante essa pandemia caótica, tenho buscado preencher meu tempo lendo livros, assistindo documentários e filmes, mas principalmente ouvindo muito som. Então resolvi criar essa lista com 7 programas de rádios que tocam o bom e velho punk rock e outras vertentes do rock underground. Esses programas também recebem materiais de bandas undergrounds.
Eu aproveitei e conversei com alguns idealizadores desses programas. Se ligue, se você tem banda, manda material para eles. Se você não tem banda, mas gosta de ouvir uma boa seleção underground, salve as rádios em seus favoritos!
Para acessar os programas, só clicar no nome de cada um na lista abaixo, no horário marcado.

1-ROTA 77
Quarta das 20:00 às 21:00 horas
Produção e Apresentação: Barata DZK, Rodrigo Napa e Cledson Kbça.
Primeiro programa de webrádio/podcast a tratar exclusivamente do Punk Rock nacional e trazer o rock da periferia para as ondas da internet. Criado e apresentado desde 2003 pelo vocalista da lendária banda DZK de Punk Rock do ABC Paulista, Manoel “Barata” Silva.  Perguntei Barata sobre a importância desse tipo de programa e ele falou que "programas como Rota ajudam a manter as bandas sempre lembradas, seja na ativa ou não. Tem gente que veio conhecer uma banda, porque ouviu na rádio. Tenho dois casos recentes; eu estava uma noite fazendo uma discotecagem em uma casa noturna, e acabei rolando o Distúrbio Mental. Um outro amigo que também estava discotecando, me perguntou que "banda é essa barata?" respondi distúrbio mental, e ele "que banda boa,vou procurar mais sobre eles". O vocalista da distúrbio postou certa vez perguntando da onde vocês conhecem a banda, esse amigo, pra minha surpresa respondeu pra ele "conheci pelo barata!"
Outro caso foi eu fazendo o rota, agora sendo produzido e apresentado por mim, Rodrigo Napa e Cledsom kabeça, que são da banda O.I.C (onde iremos chegar), eu acabei rolando Cama de Jornal, eles ouviram aqui e veio a pergunta; "que banda é essa?" e eu "isso é cama de Jornal de Vitória da conquista", os caras já foram pesquisar mais sobre a banda." finalizou.
Barata DZK (ao centro) com Rodrigo Napa e Cledsom kabeça
Mas eu também queria saber onde toda essa chama começou. Barata me disse que "em 1998 Renato Zebinato, editor do zine "Bala Perdida" me convidou para fazermos um programa de radio aqui em Santo André, era uma radio pirata chamada Rota 99. Ficamos um ano e meio no ar e o programa se chamava "Liberdade de expressão". Depois não deu mais certo, pois a policia federal  ficava monitorando as radios piratas para fechar. Fiquei parado até o ano de 2003, foi onde eu e o Marco Ribeiro, jornalista que já fazia programa de podcast, me convidou para montarmos uma radio onde eu poderia tocar o DZK, já que nenhuma radio fazia isso, ai eu tive a ideia de dar nome pra radio de rota77, mas eu falei pra ele; "eu não quero fazer a radio só pra ficar tocando a minha banda, quero tocar as bandas que existem na cena nacional". Ai amigo, de lá pra cá teve muitas idas e voltas com o rota, até eu fazer sozinho na Antena Zero. Fiquei lá por 2 anos, depois sai e achei que não voltaria mais a fazer. Mas encontrei esses dois amigos do O.I.C, e me fizeram o convite pra voltar com o Rota 77, mas agora gravado no estúdio deles, o Big Head House, e me apresentaram o dono da radio para apresentarmos o programa  na www.asbrazil.com".
Atualmente acompanhado de Rodrigo “Napa” vocalista e guitarrista da banda Onde Iremos Chegar? na apresentação e Cledson “Cabeça” baterista da Onde Iremos Chegar? na sonoplastia e edição, gravado no Big Head House Estúdio o programa está indo ao ar todas às quartas-feiras às 20h com reprise as quintas-feiras às 13h e aos sábados na Estação de Rádio Advertising Stage Brazil através do site asbrazil.com.

2-DISTORÇÃO
Sábado e domingo das 14:00 às 18:00 horas.
Apresentação: Alexandre Neves
E na madrugada tem o INSÔNIA DISTORÇÃO todo dia, das 2:00 às 6:00 da manhã (Formato playlist).
Idealizado pelo pesquisador (antes de ser radialista) e comunicador social Alexandre Neves (Roy), o Distorção vai ao ar em parceria com os comunicadores Pablo Henrique (técnico), Artur Felipe e o pesquisador Julio Cesar na Amparo FM 98.1 da cidade de Olinda-PE. Segundo Roy, seu primeiro contato com rádio foi " em 2004, fui convidado a fazer um especial de dia mundial do rock, na radio São Lourenço FM, no programa "São Lourenço pro rock". Quase um mês depois perguntei se a galera do programa gostou e soube que eles desistiram de fazer, por não saber muito de rock. Fiquei chateado, pois o meu conhecimento fez a equipe desistir". Concluiu.
Mesmo com essa decepção inicial, Alexandre não desistiu  e juntou com dois amigos pra botar o projeto pra frente. "Eu e o Josimar, que me chamou para, junto com Mecinho do Rock, assumirmos o programa até metade de 2006. Depois fizemos em outra radio em 2007 e 2008. E de novembro de 2009 até hoje, estamos no ar na Amparo fm", completou.
Alexandre Neves (Roy), Pablo Henrique e Arthur Felipe comandam o Distorção
Roy lembra ainda que chegaram até a produzir um festival de rock; "fizemos em 2008, que foi grande". Os mais recentes foram em 2018 e 2019, mas de menor porte. "a gente vende uma rifa com as bandas e faz o evento. É bem colaborativo".
Mas Alexandre ressalta a importância do programa, desde os primórdios, para a divulgação de bandas. Segundo ele "a ideia de cobrir eventos e captar material demo ou independente surgiu no São Lourenço pro Rock, entre 2004 e começo de 2005". Ainda sobre esse papel como divulgador de  bandas, ele completa dizendo que "chegamos ate a apresentar certos eventos. Em varias cidades Dentro e fora da região metropolitana do Recife" e finaliza frisando que " é nossa missão. Mesclando os grandes do rock e metal em geral. Costumo dizer que somos uma revista musical" que passa por "varias décadas, gerações, fases. A história do rock e da boa música".

3-LONDON CALLING
Apresentação e Produção: Paulo Floriani
Sábado 19:00 horas
Direto de Florianópolis-SC, é transmitido pela Mutante Rádio. O programa London Calling não foi a primeira experiência de Paulo Floriani com o rádio. Ele diz; "eu morei em SP durante muitos anos e namorei uma menina da 89 FM, a Elaine. Ela produzia uma programa chamado "A Vez Do Brasil", eu tava sempre nos bastidores, sempre que possível. E curti esse ambiente de radio, e hoje faço parte de uma (aqui na verdade é uma "célula" de um todo chamado Mutante Radio), mas a gente tá senpre "aprontando" alguma". Paulo também era envolvido com os rolés pelo underground. "Eu sempre estive envolvido no underground, deste os fim dos anos 80 (88, 89), sempre em shows, ensaios e viagens acompanhando uma banda em especifico aqui, fomos pra São Paulo (interior, Americana e Limeira) e íamos para Curitiba direto".
Paulo Floriani-London Calling
Sobre sua entrada numa radio, ele disse que "em  2016 uma amiga disse que o namorado dela iria fazer uma radio aqui em Florianópolis e me convidou,topei na hora. Um tempo depois a radio deu uma esfriada e acabou terminando, mas o Ricardo Drago, da Mutante Rádio me convidou e também topei na hora". Sobre o primeiro programa London Calling na Mutante, ele estava ainda meio perdido, sem saber o que fazer. "O primeiro programa, como eu não tinha muita ideia, só de musica deu 3 horas e 40 min, porque eu quis botar tudo que me influenciou, e sempre aparecia uma música, e outra (risos)". No final, ele resolveu dividir o que seria o primeiro programa em várias edições. "Acabou rendendo três programas". Mas mesmo com pouca experiência, ele ressalta o apoio da galera da rádio; "eu tive um apoio fenomenal do Duda e do Jhonny na parte técnica, no inicio. Depois acabei me virando por conta do compromisso do Jhonny e me viro até hoje", finalizou.

4-ROCKERAGE
Apresentação e produção por Mário Mariones.
Quarta 22:00 horas.
Formado em Comunicação Social com habilitação em Rádio e TV pela Unimep, Mário Mariones é também o vocalista da banda Garrafa Vazia, que já apareceu várias vezes aqui no blog.  Mariones já atuou como jornalista, locutor e editor na Rádio Jovem Pan AM de Rio Claro e em outras rádios. Também já trabalhou por alguns anos como arte-educador na Fundação Casa, antiga FEBEM.
Desde os 90 está envolvido com o underground no interior de São Paulo.
Em 2010, começa a atuar mais intensamente como agitador cultural, realizando diversas gigs, eventos,  festivais, recebendo em sua casa bandas de outros país e regiões e também editando zines, escrevendo para blogs e portais de música subterrânea.
Quando criou o Rockerage, a ideia era um programa que buscasse a difusão do underground, sem sectarismo, sem radicalismo, sem pensar a música puramente nichada, fechada, presa em guetos: há espaço para o garage rock mais lo-fi até o brutal death metal, do power pop ao crust - desde que com ideias antifascistas.
Iniciado em 2018, o programa tem 60 minutos de duração e conta também com entrevistas com bandas undergrounds. Quem quiser enviar material tem dois caminhos:
pelo email: mariomariones@gmail.com
pelo Facebook: https://www.facebook.com/rockerageradio/
Mário Mariones apresenta o Rockerage
Segundo Mariones, a fissura por rádio começou cedo; "desde pirralho gostei de rádio. Herdei do meu velho pai o gosto, ele quando pequeno montou seu primeiro rádio sozinho. Então, eu adorava gravar as coisas, apresentar vinhetas, apresentar sons. No começo de 2000 eu comecei na faculdade a disseminar bandas que o pessoal não conhecia, e peguei gosto pelo intercâmbio, por trocar ideias e sons! Desinteressado, apenas pelo amor ao som, que não vivo sem!"
Para Mário, as rádios undergrounds independentes "são essenciais. Além das dicas de som e de manter o pessoal informado, proporcionam uma grande sinergia, um brado de resistência diante do boçal mainstream musical e senso comum - e canais independentes tem alma, e assim as pessoas podem obter novas reflexões, formar bandas, frequentarem eventos, descobrirem novas formas de contemplar e mudar o mundo à nossa volta, esses canais motivam muito as bandas, as pessoas que amam o FAÇA VOCÊ MESMO!! Vida longa ao rock subterrâneo e suas rádios, seus programas de rádio tão essenciais, tão enriquecedores para encarar o cotidiano!"

5-TOCA DO SHARK
Apresentação e Produção: Alexandre Quadros/Ícaro Quadros
Programa quinzenal e pode ser ouvido pela plataforma Mixcloud em:
https://www.mixcloud.com/alexandre-quadros/
E também transmitido nas webradios:
RÁDIO ROCK ON LINESemanalmente aos sábados com reprise nas quarta-feiras, ambos às 18hs e via STAY ROCK BRAZIL.
Quinzenalmente às terça-feiras às 20:00 com reprise na quarta-feira seguinte às 16:00.
O programa TOCA DO SHARK é ‘o braço sonoro’ do site de mesmo nome, no ar desde 2011 que trata da pluralidade estética e sonora do estilo de vida ROCK AND ROLL, cobrindo todos os estilos e pontos de vista, dando uma ênfase maior na cena brasileira sem amarras de estilos ou ideologias.
O programa em formato de podcast tem a duração de 1 hora e é produzido e apresentado por Alexandre Wildshark e seu filho Ícaro Quadros que cuida do bloco ‘Rock Hereditário’. Eles prezam pela premissa de cobrir os mais variados estilos sem nenhum pudor realçando os marginalizados ‘Lado-B’ das grandes bandas e principalmente, tocando as bandas mais esquecidas e marginalizadas de todos os cantos do mundo.
Alexandre Wildshark e seu filho Ícaro Quadros da Toca do Shark
Sobre a sua primeira vez no rádio, Alexandre disse que "sou radialista de formação, comecei a trabalhar em FM em 1998 em Mogi Guaçu/SP. Em 2000 comecei meu primeiro programa específico de Rock chamado "Rock Machine" que durou um ano e meio e rendeu um convite para eu ingressar na equipe de outro programa em outra rádio, era o programa Coda On Line que durou de 1998-2004 com vários colaboradores no time e um tempo de quatro horas no ar."
Mas nesse ramo, nem tudo são flores e Alexandre disse; "em 2004 me desliguei do mundo das FMs e por todos esses anos passei escrevendo sobre música na internet e as pessoas que me conheciam me pedindo um programa de Rock na web, com todas essas facilidades que a internet nos oferece, até que no final de 2018 me rendi e criei a Toca do Shark, que serve de braço sonoro do meu blog que existe desde 2011. No começo o programa só ia pro Mixcloud mas em fevereiro de 2019 fui convidado a ingressar na grade de programação da webradio Rádio Rock Online de Taquaritinga/SP e em Abril estreou também na Stay Rock Brazil de São Paulo/SP.
Hoje estou no ar nas duas e depois posto no Mixcloud pra galera escutar quando puder."
Sobre a dificuldade das bandas undergrounds em ser veiculadas nas rádios, para o grande público, Alexandre acha "de extrema importância essa rede de webradios e plataformas como o Mixcloud pra propagação do underground em si, sem jabá nem censuras."
E finalizou dizendo que "a internet, sabendo usar, é o instrumento mais punk da história. É totalmente Do It Yourself!"
Contatos:
www.tocadoshark.blogspot.com
www.mixcloud.com/alexandre-quadros
https://www.facebook.com/toca.do.shark/
Email: alexandrewildshark@gmail.com


Apresentação: Júnior Miguel e Kleber Cabrera                                                                    Produção: Júnior Miguel
Sábado das 19:00 às 21:00 Horas pela rádio 87,9 FM Agudos,
Com as atividades iniciadas na cidade interiorana de Agudos (SP), em junho de 2019, o Programa Batalha Rock tem como proposta tocar vertentes do rock nacional e internacional, desde clássicos a "b-sides", difundido notícias específicas como shows, curiosidades, lançamentos, históricos de bandas e estilos. 
Conversei com os caras e perguntei de onde veio a idéia de criar o programa, e segundo Junior, "um ponto comum é a paixão pela música, mas especificamente o rock! Além de particularmente, a admiração e inspiração em programas clássicos e extintos de rádio, como por exemplo,  aquele do Kid Vinil (da extinta Rádio Excelsior) e do Programa Pirata (Pela Rádio Unesp de Bauru), esses realizados entre as décadas de 80 e 90. "
Kleber, um dos apresentadores do programa acha que "vale enfatizar que já era um projeto antigo e o que me levou foi o fato de fazer parte do underground a mais de 20 anos e de tocar em bandas undergrounds, além da importância de qualquer espaço pra divulgar a cena underground."
Para Junior, a importância desses espaços radiofônicos revelam também "a necessidade gritante de um espaço que comporte propostas de difusão cultural, quais estamos inseridos no underground e cenário alternativo local há um bom tempo." Kleber vai além e diz que 'divulgarmos tudo que envolve o underground, e com isso deixamos a chama acessa sempre!"
Para ouvir o programa de qualquer parte do Brasil e do mundo, acesse:
https://www.87fmagudos.com.br/programacao/batalha-rock/
O programa tem uma página no Facebook;
Bandas interessadas na divulgação de material, envie release e som para:
Email; programabatalharock@gmail.com

7-OESTE SELVAGEM NOTÍCIAS MIX
Produzido por Luana B. e Xi Drinx.
Sábado 18:00 HORAS
o Oeste Selvagem Notícias Mix é um programa que vai ao ar todo sábado às 18hr, na Mutante Rádio,
No OxSxN Mix rola um resumo semanal das notícias que são postadas no blog de mesmo nome, além de uma seleção com músicas dos artistas que são notícia por lá, isto sempre no primeiro bloco. Nos outros é sempre um mix bem variado de sons. A produção do blog/programa é feita por Luana B. e Xi Drinx.

Bônus Rádio

Produzido e apresentado por Val Pinheiro
Segunda às 22:00 horas
Reprise sábado às 17:00 horas.
Produzido e apresentado por Val Pinheiro, baixista da banda Cólera, esse é um programa recente, mas que vale muito a pena escutar. Além de que a programação da rádio, intitulada de RED SOUND, fica 24 horas no ar com som punk rock hardcore.


domingo, 5 de julho de 2020

Injúria lança CD "Somos todos iguais"

A banda soteropolitana Injúria acaba de lançar seu CD "Somos todos iguais". Formado nos anos 90, o grupo passou por mudanças de formações e até hiato durante um período. Mas agora está de volta! Conversei com Manoel Messias, vocalista da banda. Se ligue aí!
Injúria por Fauro Joaquim/Against The Media
Primeiramente queria que você falasse sobre a banda, lá no início em 1993. Como surgiram e as influências?
Manoel Messias - A idéia embrionária da banda surgiu através de Tito, o antigo guitarrista, que chamou Fábio Castro para tocar bateria na banda que ele estava formando, tinha outro nome e contava com João Maldito (atualmente na banda Rancor) no vocal. Em 1993 houve a mudança do nome para Injúria e, após diversas trocas nos vocais, eu assumi o posto nesse mesmo ano. As influências iniciais eram o hardcore, o crossover e o metal. Após eu entrar na banda incluímos o rap neste molho sonoro. Escutávamos à época RxDxPx, Suicidal Tendencies, DRI, SOD, Excel, No Mercy, Slayer, Agnostic Front, Madball, Sick it of All, Cro Mags, Bad Brains, Beastie Boys, Public Enemy, Ice T, Run DMC, Racionais MC’s, Biohazard, Body Count, Rage against the machine. 

Foi nessa época que vocês participaram de algumas coletâneas, fala sobre elas:
Manoel Messias - Em 1995 participamos da UMDABAHIA como consequência da nossa atuação bastante ativa na cena punk/metal de Salvador, pois todas as bandas presentes na coletânea se destacavam pelos shows e pela quantidade de pessoas que compareciam. A UMDABAHIA foi importante para nós porque nos fez ser mais respeitados em Salvador e mais conhecidos na Bahia e no Brasil, além de abrir portas para shows maiores, com melhor estrutura. Dois anos depois, a convite de Phu (ex-DFC e atualmente vocal e baixista do Macakongs 2099), fizemos parte do primeiro tributo ao Ratos de Porão – Traidô que saiu pelo selo Silvia Music , dele e de Túlio DFC. Foram álbuns que tiveram uma grande repercussão positiva em todo o país e que hoje são difíceis de achá-los à venda.

Nessa época tocaram bastante, né? Fale sobre esses shows e onde foram:
Manoel Messias - Fizemos inúmeros shows por toda Salvador, desde o subúrbio até os bairros mais centrais da cidade, passamos por diversas cidades do interior da Bahia, além de shows realizados em Aracaju e Brasília. Posso destacar os shows que fizemos com o Ratos de Porão, grande referência nossa, e os dois shows que fizemos com Os Cabeloduro, um em Salvador, onde acabei fazendo um buraco no palco de tanto pular e o de Brasília, pela receptividade do público que agitou durante todo a nossa apresentação e comprou todas as nossas demo tape. O show de abertura que fizemos para a banda americana Dog Eat Dog, que curtíamos muito à época, o show que fizemos com o DFC, a nossa participação no Palco do Rock em 1996 e todas os shows que fizemos nas diversas edições do Garage Rock Festival.
Manoel Messias por Fauro Joaquim/Against The Media
E depois disso, vocês deram uma parada com a banda. Quando foi e o que aconteceu?
Manoel Messias - Eu, Fábio e Adriano não fazíamos mais parte da banda quando a banda parou, no início dos anos 2000, mas sei que o motivo da parada foi para que os membros restantes pudessem se dedicar a outros projetos pessoais. O que nunca foi interrompido foi o respeito e a amizade que temos um pelo outro. E foi com base nestas premissas que, em 2015, Adriano propôs a mim e a Fábio voltarmos a ensaiar e fazer novas músicas, inicialmente com outro nome, mas por exigência dos amigos e dos fãs a Injúria voltou aos palcos em 2019, e em Setembro faremos 01 ano de retorno.

E agora no meio desse caos, a banda volta com um novo material. Como foi a produção e gravação desse disco?
Manoel Messias - Um dos primeiros objetivos que definimos depois que voltamos com a banda foi de gravarmos o nosso primeiro álbum. Para isso selecionamos seis músicas, entre as músicas novas e as nossas clássicas, as aprimoramos, tanto nas músicas quanto nas letras. Escolhemos Vicente Fonseca, amigo nosso e que conhece o nosso som, para fazer a gravação, mixagem e masterização, além de ser produtor artístico conosco.
Fizemos uma campanha de financiamento coletivo cujo valor arrecadado pagou uma boa parte dos custos. As gravações ocorreram entre um show e outro nos meses de Novembro de 2019 a Abril deste ano. A capa, contracapa e o encarte foram feitas por Bruno Aziz e a Trinca de Selos – Brechó Discos, Bigbross Records e São Rock Discos é responsável pelo lançamento e distribuição.

Dessas seis músicas, algumas eram antigas. Quais foram?
Manoel Messias - "Morte aos Corruptos" e "Revolta Estudantil", com letras compostas por João Maldito. "Somos todos Iguais" é de João Maldito e Fabio Castro e "Olhe o Gringo" tem letra de Rico Oliveira, Fábio Castro e minha.

Eu gostei demais de "Anarko-íris" que tem uma letra diferente do que normalmente se escuta em sons de hardcore. De onde veio essa idéia?
Manoel Messias - Que bom que gostou, Nem! A letra começa com trecho de um poema que Thiago Evangelista, baixista da banda The Honkers, fez para uma musa dele. O refrão e a segunda parte da letra foi eu que fiz. Quando li o poema de Thiago logo percebi que poderia desenvolver uma letra que inspirasse esperança nas pessoas e que falasse de amor, mas que não fosse piegas. Acho que deu certo, pois temos tido boa receptividade das pessoas que a escutam, como foi o seu caso. Uma curiosidade é que o título da música foi dado por André, guitarrista da banda Via Sacra, depois de ouvi-la no StudioWorld, onde ensaiamos.

Gostei bastante também de "Antinome". Quem escreve as letras?
Manoel Messias - Fico feliz por ter gostado, obrigado. A letra de "Antinome" é a única deste álbum que fiz sozinho e um detalhe, como curiosidade, é que ela tinha uma letra bem diferente da atual, que foi refeita um pouco antes de gravarmos. Quanto a quem escreve as letras, nos anos 90 elas eram escritas exclusivamente por mim, as exceções foram as primeiras músicas da banda cujas letras foram compostas por Maldito e duas, sendo uma delas o "Olhe o Gringo", presente neste álbum, que foram feitas inicialmente por Rico Oliveira com colaborações posteriores minha e de Fábio. Atualmente a composição das letras está mais compartilhada entre nós, todos contribuem.

E agora, quais os planos pós pandemia?
Manoel Messias - Nosso plano pós pandemia é realizar shows de lançamento do nosso álbum em toda a Bahia e tocarmos em outros estados brasileiros, mas isto depende de como e quando será a retomada dos shows. Enquanto isto não se define, nós, no momento estamos compondo novas músicas e preparando a nossa lojinha com CD's, camisas, patches, adesivos e outros produtos para ofertarmos aos nossos fãs e admiradores.

O espaço é de vocês, aberto pra dizerem o que quiserem:
Manoel Messias - Muito obrigado pelo espaço, Nem e peço para todos que se inscrevam e nos acompanhem nas nossas redes sociais:
Para maiores informações e contato para shows temos o e-mail: injuriashows@gmail.com
Muito em breve teremos para a venda o nosso CD SOMOS TODOS IGUAIS. O nosso álbum está nas plataformas digitais. Escutem:
Fortaleça a cena. Sempre foi difícil para as bandas/casas de show/produtores do underground se manterem, mas piorou a situação nestes tempos de pandemia, então quem tiver uma grana sobrando adquiram camisas, CD's e outros produtos das bandas e contribuam com qualquer valor nas lives que assistirem.
Se você está com a carteira vazia, compartilhe os links dos eventos, os flyers, inscrevam-se e convidem os amigos para se tornarem inscritos e membros da página das bandas, fanzines e festivais nas redes sociais, enfim ajudem na divulgação das banda, das lives e festivais.