quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Entrevista com Fofão da Besthöven

Muito se fala sobre como sobreviver no underground, sendo você mesmo! Outras coisas que ouço muito por aí é gente reclamando que o punk morreu, que ninguém valoriza as bandas, que não se vende mais discos, e mais uma pá de idéia errada. Então se você não é apenas mais um reclamão, se liga nesse papo que tive com Robson Felipe, mas conhecido como Fofão, da clássica banda Besthöven, diretamente da cidade do Gama no Distrito Federal! O papo passou por som, discos, zines, livros e mais! Se ligue!

Vamos começar falando dos seus livros. O primeiro que lançou (me corrija se estiver errado) foi o "Besthöven-The Discography Book", que como o título já entrega, é sobre a discografia da sua banda. De onde veio a idéia de fazer essa publicação? 
Fofão - Sim, você está certo, este foi o primeiro livro. Na verdade, já tem um tempão que venho pensando em escrever um livro sobre a banda, porém são tantas coisas pra colocar no livro, tantas histórias, que seria difícil resumir tudo, e também, eu não queria fazer um livro gigante, com trocentas páginas, e acabar ficando cansativo para ler e tals... 
Daí o meu amigo Ulixo, me deu a ideia de fazer um livro apenas sobre a discografia, o que eu abracei logo de cara, pois essa ideia foi ducaralho, e me deu uma outra visão também, ou seja, eu posso publicar mais de um livro, e dividir por temas específicos cada um, sem precisar fazer um livro gigante! Resolvi começar com a discografia, como o Ulixo havia sugerido, e agora tem espaço e tempo para desenvolver outros. 
Besthöven-The Discography Book
Não é uma biografia, é falando sobre os discos e como foram gravados? 
Fofão - Sim, inicialmente eu estava pensando em uma biografia, mas como disse antes, são 30 anos de histórias e muitas correrias, e então são muitas coisas para contar... 
Este livro é como uma enciclopédia dos lançamentos da banda, ou como um catálogo saca? Eu incluí todas as artes, capas, encartes, etc. E falo um pouco sobre cada um, disco por disco, como foi lançado, em que país foi lançado, em que formato (tape, vinil, CD), quais selos lançaram, como pintaram e quem fez os convites. Conto alguns detalhes e histórias também, como o dia da gravação de tal disco em 2002, quando estávamos sem grana, e eu mais um amigo que fazia segunda guitarra comigo, levamos todos os instrumentos, incluindo a bateria completa, para um estúdio em carrinhos de supermercados, embaixo de um sol fodido! Sempre na garra, no foda-se e no faça você mesmo, sem tempo ruim... 
Falo também como algumas músicas foram compostas, de onde veio a inspiração, como por exemplo, a música Midnight and Ten “Meia-Noite e Dez”, gravada em 2004, e que na verdade faz referência ao número de uma viatura da policia que, na época, tocava o terror em nossa city e que batia nos meus amigos. 
Então revelo detalhes e algumas histórias dos “bastidores”, que até então muita gente não sabia ainda. E fiz questão de eu mesmo escrever, montar, produzir e publicar meus próprios livros, pois sou eu quem se lembra de todas essas histórias, principalmente porque 90 por cento dos discos foram gravados por mim mesmo, tocando tudo sozinho, às vezes trancado por 10 horas seguidas em um estúdio, fazendo tudo, né meu... 
E gosto de fazer tudo sozinho, sou autodidata, aprendo a errar sozinho! 

Esse primeiro livro você fez 200 exemplares, né? Já esgotou, vai produzir mais? Como tem sido a receptividade para um livro nesse formato? 
Fofão - Sim, foram apenas 200 cópias e, cara, não penso em fazer mais, pelo menos agora não. Prefiro lançar outros novos, e gostei desta tiragem de 200 porque vende muito rápido, você não fica com aquele monte de livros estacionado na sua casa, pois além de produzir os livros, sou eu mesmo quem os vende e quem os envia pro Brasil e para outros países também. Mas sinceramente não sei, talvez possa relançar no futuro, há sempre a chance de relançar com algum selo amigo do exterior também, mas pelo menos por agora, eu não penso em relançar ele não. 
Quanto à receptividade, devo dizer que estou realmente surpreso! Eu imaginei que venderia bem, pois meus materiais sempre vendem bem, tem muita gente legal no Brasil que sempre compra meus materiais, às vezes eu anuncio um EP novo que acabou de chegar, tipo 50 cópias, e às vezes vendo tudo em 30 minutos, uma hora! Porra, é super bacana isso tudo! Tem uma galera foda, que sempre apoia os meus trampos, e isso dá uma força a mais dentro da gente, saca né, meu? Porra, sem palavras. E com os livros foi a mesma coisa...eu cheguei a ir ao correio 3 vezes em uma semana, com dezenas de pacotes de livros, meu plano era ir uma vez por semana, devido à pandemia, mas os pedidos foram tantos, e eu não queria acumular nada. E outra coisa, eu sou meio neurótico, geralmente quando a pessoa compra um material comigo, eu já dou um jeito de enviar no dia seguinte! Não gosto de enrolar e não enrolo nunca, até mesmo porque eu sei, quando a gente compra um material, a gente quer receber logo, né meu...Teve dias que eu cheguei à ir para o correio de Uber! Devido o enorme volume de pacotes...geralmente vou de bicicleta! 
O segundo livro só me resta algumas poucas cópias, e o terceiro tá vendendo legalzaço também. 

Antes da gente falar sobre os outros livros, queria que você falasse como e quando começou seu envolvimento com o punk rock? 
Fofão - Cara, a parada comigo começou quando eu era uma criança ainda, criancinha, por volta de 1984, éramos realmente pirralhos, porém já víamos e vivíamos um pouco dos anos 80 em seu fervor, mesmo que de longe, mesmo que absorvendo só as migalhas daquilo tudo, até mesmo por não termos idade suficiente para irmos a um show. Mas minha geração, meus amigos, começamos a nos envolver com quadrinhos, e com cinema, ainda muito jovens, daí veio o caminho livre para nós começarmos a conhecer o rock! Colecionando fitas k7s de bandas de rock brasileiros que a gente gravava da rádio, depois colecionando recortes de jornais e revistas com bandas de rock. E através de entrevistas de bandas de rock tipo Ira!, Camisa de Vênus, entre outras é que fomos ver os caras citando bandas como Stooges, Ramones, etc.... daí começamos a descobrir o Punk, o Metal e o Gótico. Por volta de 89 eu já andava de visual, pintava camisetas à mão, e montei minha primeira banda também. 
Fofão em ação!
E a Besthöven, surgiu quando? Foi a sua primeira banda? 
Fofão - A Besthöven é do finalzinho de 1990, e em 91 que tomou forma realmente...e não é minha primeira banda. Minha primeira banda foi formada em 1989, e se chamava Aborto Podre. Eu era guitarrista e a gente tocava Grind, bruto e curto, na linha de bandas como Necrobutcher, Dissector e Sore Throat, que eram nossas maiores influências! Eu toquei com eles até 1990, ou seja, um ano, e depois fui formar a Besthöven com outros amigos, mas a Aborto Podre seguiu tocando com outro guitarra até 1993! O baixista desta banda ainda é meu amigo até hoje, 30 anos depois e ainda mora perto daqui também! 

Sempre foi você que gravou tudo nos discos? E nos shows, como funciona isso? 
Fofão - Cara, é como se a banda tivesse tido duas fases saca? De 1990 até 1994 era uma banda “normal”, com quatro integrantes, Às vezes com 3, às vezes com 2, era meio bagunçado pra falar a verdade, também éramos praticamente crianças ainda, aprendendo, quebrando a cabeça...tanto que nem temos uma demo decente desse período. 
Daí no final de 1994, eu fiquei sozinho com a banda e resolvi não montar mais ela como uma banda normal. E comecei a gravar sozinho em 95. 
Na verdade, eu aprendi a tocar tudo sozinho, todos os instrumentos, e sempre tive a ideia de, um dia, poder fazer uma banda ou projeto, tocando tudo sozinho. 
Então em 1994 pra 95, eu pensei bem e acabei misturando esses dois “sonhos”, e então a Besthöven passou a ser uma banda de “um homem só” saca? E tem sido assim até hoje. 
E isso foi muito bom, pois concretizei uma banda mais forte, e porra meu, chego a fazer muito mais que uma banda normal, por muitas vezes. Falo isso com humildade, espero que me compreendam, mas porra, consigo lançar mais discos e compor mais músicas e tal, do que se eu tivesse trabalhando com uma banda normal, e com “banda normal” eu quero dizer que eu teria que esperar opiniões, ficar puto com cara que fura ensaio, entre outras coisas chatas pra caralho que só estressam e desanimam. 
De 95 em diante, eu gravo tudo sozinho, mas em alguns poucos discos há também alguém gravando comigo, por exemplo, o EP de 2002 com 5 sons, “more victims of war”, tem meu amigo Leandro Hardcore na segunda guita, e eu tocando todo o resto; vozes, guita, baixo e batera, fizemos alguns shows só nós 2 também na época, eu bateria e voz e ele guita e sem baixo! 
Tem um EP de 1999 com 6 sons, que tem dois brothers tocando comigo na gravação, eu guita e voz, Bruno-baixo, e Robson-bateria(esse grande amigo montou a besthöven comigo em 1990, e até hoje é meu amigo e irmão!!! Puta sangue bom! Puta brother!) mas no geral, 90 ou 95 por cento dos discos eu gravei tudo sozinho. 
Quanto a shows, é o seguinte; eu monto formações temporárias, que eu chamo de “s.o.s. line up”. Convido alguns músicos temporários, faço um set, e ensaiamos para tocar um determinado número de shows, depois disso o line up acaba, e volto a meu mundo de gravações sozinho. 
S.O.S. Line Up 2018
Às vezes monto com gente daqui do DF e, às vezes, dependendo de onde seja o show, eu monto com gente de outro estado ou país, sendo que já levei gente daqui pra tocar em outros estados também, as vezes levo a banda completa daqui, ou levo um baixista daqui e uso um baterista de são Paulo, por exemplo. Enfim, as possibilidades são infindáveis! 
E isso é muito legal também de estar fazendo, para mim, essa parada de gravar só e fazer essas formações temporárias é foda pra caralho, é muito bom. Na verdade, uma das melhores coisas que inventei, meu! Posso inclusive fazer baixo e voz, ou fazer apenas voz nos shows, ou às vezes quando monto o line up com duas guitarras, eu posso largar minha guitarra no meio do show, e fazer uma parte do show apenas cantando/gritando. 

De lá pra cá, quantos discos do Besthöven já foram lançados? 
Fofão - Puta meu, eu realmente não sei. No meu livro você vai ver mais ou menos uns 100 lançamentos da banda, porém temos que detalhar bem e ver direito, pois eu nunca contei!! 
O que quero dizer é; alguns discos foram lançados em duas versões diferentes, ao mesmo tempo, como o EP de 2003 “Just Another Warsong”, que saiu nos EUA e na Dinamarca, com capas e encartes diferentes, então são “dois lançamentos”, porém é o mesmo disco, então posso dizer que é “um disco só” entende? 
Sei lá, de repente uns 100 lançamentos e uns 50 ou 60 ou 70 discos ao todo? Eu realmente não sei... 
Por exemplo, tenho um álbum de 2009; “Seeking Shelter in the Darkness of War”, que foi lançado originalmente em vinil/LP no Canadá, então relançado como tape em UK, e depois relançado como CD na Rússia, e novamente lançado numa versão em CD no Brasil (junto com outras coisas), ou seja, são quatro lançamentos em formatos diferentes, porém é um disco só! 
E no livro eu coloquei um por um, para poder contar os detalhes e diferenças de cada um, saca? Então não sei quantos ao todo são realmente, mas posso dizer que são muitos! Ou como dizemos por aqui; é disco pra caraio, mano!! haha 
Clique na imagem acima para ouvir Besthöven
Saiu também em muitos splits com outras bandas, né, inclusive no exterior? 
Fofão - Sim, meu primeiro split oficial saiu em fita k7 com os finlandeses da Força Macabra em 1998, e nesta época eu já havia lançado sons em um compilação em vinil EP na Finlândia também, 3 sons em um LP duplo com várias bandas do mundo todo, lançado no Japão, e na sequência gravei meu primeiro EP individual no ano seguinte. 
A partir de 1995, eu intensifiquei fodidamente meus contatos no exterior, entrevistando bandas pra meu zine, trocando materiais de bandas daqui por bandas de lá, e o esquema de splits não parou nunca mais, tudo na base da amizade real e underground. Você começa a ter contato com uma banda que você é fã, daqui a pouco a banda tá no meu zine, e minha banda sai no zine do cara, e então estamos agitando um split, compondo pra lançar um trampo junto, etc. É uma experiência muito legal, gosto muito de fazer splits mano!! 
Agora mesmo tem um split EP novo da Besthöven , que está na fábrica, na França! Com a banda DHK do Perú! Que é uma puta banda foda de D-beat cantando em espanhol, e os caras são muito sangue bom também! O guitarrista deles, inclusive, foi meu baterista nos meus shows pelo Perú em 2019!
Besthöven no Perú em 2019 com Burro da DHK
Então não é somente lançar um split por lançar saca? Meus splits tem uma história, cada um deles tem uma história, que envolve amizade e vivência, não é só musica. E outra coisa que faço questão, é de sempre compor coisa nova, e fazer com que os splits sejam únicos, com músicas exclusivas, que representam determinados momentos. Atualmente tô dando um tempo nos splits, pois estou trabalhando em novas composições, desta vez para produzir um LP novo. 

Por falar no exterior, você também já fez turnês fora do Brasil. Fale um pouco sobre esses rolés que você já deu aí pelo mundo e quais países já passou; 
Fofão - Sim, sim, já dei alguns rolês e tenho alguns outros em vista para depois que essa triste situação de pandemia acabar, inclusive este ano iríamos tocar no México no grande festival Punkytud, em Maio, mas foi adiado por tempo indeterminado devido à pandemia. Esse será maravilhoso de ir, pois tenho muitos e muitos amigos e amigas lá pra trombar, já lanço materiais por lá há anos também, tenho saído em zines de amigos lá, este ano tocaríamos com bandas fodas também, por exemplo, a Hiatus da Bélgica, que é uma banda que ouço desde 95, 96, e também a Disease da Macedônia, por exemplo, a Disease nós temos algumas histórias junto já e seria ótimo tocar com eles! Temos um split EP juntos, e também eu escrevi uma letra para um som deles que saiu em um split LP deles com a banda Earth Crust Displacement, o vocalista da Disease também faz um zine enorme, e fez uma edição especial da Besthöven com 42 páginas, com uma entrevista enorme, que conta desde meus primeiros dias de vida praticamente...hehehe...então há muitas coisas legais quando saio para tocar, vou tocar pra quem gosta do meu trampo, pra quem compra meus discos, para os meus amigos, saca? Estou sempre em boas mãos e encontrando pessoas maravilhosas, além dos shows que são foda, claro!! E as histórias que são fodas também! Bem além da música, há também a vivência!! 
Além do Perú, toquei por vários países da Europa como Itália, Eslovênia, Eslováquia, Polônia, Suécia, Finlândia, Alemanha, Espanha, País Basco, Holanda, Dinamarca, França, Áustria, República Tcheca, Bélgica & Suiça! E ainda tenho muitos lugares que quero ir, depois dessa triste pandemia. 
Besthöven na Alemanha
Qual a maior diferença que você percebeu entre a cena brasileira e a de outros países? 
Fofão - Cara, essa é difícil de dizer, porque eu creio que cada lugar é um lugar, e cada lugar é diferente do outro. Acho que a cena do DF é diferente da cena de Goiânia, que também é diferente da cena do Rio Grande do Sul que é diferente da cena de São Paulo. Então penso o mesmo em relação às cenas de outros países, cada país tem suas facilidades e seus problemas também né, meu. Depende muito de como as pessoas envolvidas trabalham, e como elas conseguem desenvolver isto tudo, e também como as pessoas reagem. 
É legal você organizar um show, e ver que o show deu bom, ver que as bandas estão felizes de estarem tocando ali, ver que o público curtiu a noite e que curtiu as bandas e tal. E dentro disso acho que cada um tem que trabalhar com o que tem mesmo, saca? 
Toquei em um festival na Suiça pra sei lá quantas mil pessoas e foi ótimo! Porém já toquei em Goiânia pra sei lá, 100 pessoas, e foi ótimo também!!! 
Fofão na Holanda acompanhado de músicos italianos
No exterior há a vantagem das cenas serem realmente grandes, geralmente são muitas pessoas, e estas pessoas todas estão envolvidas. O cara da banda tal faz zine também, o cara da banda tal tem um selo e lança bandas, o cara da banda tal vai tocar hoje, porém tá trabalhando na portaria, etc. E o público lá também é do mesmo jeito, fulano tem banda mas não vai tocar hoje, porém tá lá no show curtindo as outras bandas. 
O pessoal também apoia as bandas de uma forma incrível, eles chegam na sua banca de merch e compram tudo, discos, camisetas patches, adesivos, e etc. Isso é muito bom, principalmente para quem está de tour e ainda tem vários dias na estrada, é uma grana que você vai usar ali na frente pra comprar rango, uma água, etc. Há também pubs e Squats que trabalham o mês inteiro sem parar, com eventos em TODAS as noites, além de música, com exposições, teatro, oficinas, etc. 
No Perú eu vi as pessoas trabalhando como um verdadeiro coletivo, algo como dez amigos trabalhando para organizar os shows, de bandas diferentes, de estilos diferentes. E eu tive o imenso prazer de tocar em shows com bandas magnificas e de estilos também diferentes, tocamos com bandas de Punk Rock, Hardcore, Crust, D-beat e Grind no mesmo palco, e porra, isso é bom pra caralho, meu. 
Besthöven ao vivo na França
Voltando a falar de discos, eu recebi esses dias através de uma troca com um amigo de Goiânia, da página do facebook brazilian hardcore discography, dois CDs de projetos seus; o primeiro tem o nome indecifrável de "Svartfaglars Begravning". Até o google tradutor ficou doido quando digitei isso lá. De onde você tirou esse nome para esse seu projeto? E qual o estilo de som?
Fofão - O nome Svartfaglars Begravning é em sueco, e é da Suécia a maioria das bandas que eu amo e a maior parte de minhas influências também, então o nome é uma referência e uma homenagem também aos amigos e bandas daquele país, o nome significa algo como “O Funeral dos Pássaros Negros”, e eu retirei esse nome de um poema que eu mesmo escrevi, quando eu estava compondo as primeiras letras e poemas para este projeto, e dois amigos de lá, me ajudaram a traduzir o nome para o sueco corretamente também. 
Quanto à sonoridade da Svartfaglars, a base principal é Punk, porém eu incorporo outras influências de estilos que eu também curto e ouço, então é Metal e Gótico também. Eu chamo de Gothic Metal Punk. 
Além dos sons próprios, eu também gosto de gravar alguns covers com esse projeto também às vezes. Já gravei covers da Massacre(Finlândia), Upright Citizens(Alemanha), e entre outros gravei um som da Christian Death também, que é uma banda de Gothic Rock que eu curto muito. Na verdade o Post-Punk e o Gótico sempre me agradaram, inclusive eu já toquei em bandas aqui de Gothic rock e post-punk também como; 
Lupercais - de 1995 até 1998, onde eu era guitarra, mas desenvolvia outras coisas também, como backing vox, violão, teclados. 
Vultos- de 2000 até 2005, onde eu era guitarra e voz... 
E tive um projeto mais recente de nome Colder Than Us, ou “Mais frio que nós”. 
Porém a Svartfaglars vai além do gothic rock, incluindo outras vertentes. Há um cd piratex com 30 sons de 2017 até 2019 pra quem tiver afim de pegar ou você pode ouvir e baixar grátis no bandcamp da banda; https://svartfaglarsbegravning.bandcamp.com/
Há também um EP em vinil com 6 sons lançado na Alemanha que ainda me resta algumas poucas cópias, caso alguém esteja afim! 
E um tape de 60 minutos lançado pelo selo Dor Presente gravações de São Paulo! 
Estou trampando no novo álbum deste projeto que se chama “In League With Darkness”. Esse novo álbum tem um diferencial, onde eu estou musicando poemas de vários amigos do Brasil em cada som! Terá também uma arte na contracapa de uma amiga do Chile! Ou seja, este álbum novo é realmente uma “liga com a escuridão”. E é um projeto que tô curtindo muito de estar fazendo! Eu ainda utilizo alguns instrumentos “diferentes” como; violão, violino, teclado, e o que mais me der na telha. 

O outro CD que eu recebi nessa troca foi o do "Massacre Divine". Nesse projeto aí você já tem outras pessoas te acompanhando, formando a banda. De onde vem tanta vontade de fazer som assim, com vários projetos diferentes? 
Fofão - A Massacre Divine foi um projeto que fiz com um amigo do Canadá, eu gravei minhas partes aqui= baixo e vox e ele gravou as partes dele no Canadá= guitarras e bateria. Ele fez as músicas e eu fiz as letras. 
Lançamos um EP/vinil na Suécia e Espanha, e também uma versão em fita k7 na Rússia. 
Fizemos um segundo EP ainda, que saiu em fita k7 na Rússia também, e fizemos diferente; ele montou a banda com 3 amigos do Canadá, gravaram os sons, eu fiz somente as letras e gravei a voz. Mas este projeto já acabou. 
Eu ainda quero fazer outros projetos como este, gravando com amigos de outros países, pois a experiência é foda demais! 
Porra, agora de onde vem essa vontade toda? Mano, música é minha vida, eu realmente sou viciado em música, eu ouço música o tempo todo, ando com fones de ouvido ouvindo som em mp3 ou fitas k7 no meu walkman enquanto estou pedalando. Ouço música pra tudo na verdade, agora mesmo estou ouvindo uma banda do Japão de nome Chaos Channel, que curto pra caralho!!! Enquanto respondo esta entrevista! E daqui a pouco quando for jantar uma pizza vegana, já estou pensando em ouvir o primeiro LP da Bathory ao mesmo tempo. E hoje eu tenho um estúdio também!! O que facilitou muito minha vida!!! hehehe 

Aí vamos voltar a falar dos livros, você lançou recentemente mais dois livros. O primeiro (me corrija se estiver errado) é uma coleção de publicações que você escrevia no seu zine Vermynoze Pütrida. O outro, uma coleção de fotos de bandas que você acompanhou ou publicou no zine. Esses dois eu ganhei de presente do amigo Grilo, punk aí do DF. A ideia é fazer tipo uma enciclopédia, já que todos os três livros lançados tem o mesmo formato físico? Vem mais livros por aí? 
Fofão - Porra, fico feliz que o brotherzão Grilo tenha levado os livros pra ti aí!! 
E sim, você tá certo, a ordem é esta mesmo! Porém devo dizer que cada livro é independente um do outro, você pode comprar só um e ler ele tranquilamente e não é preciso ter o outro pra complementar saca? 
Embora quem pegar todos, vai ter no final uma coleçãozinha bacana!! Hehehe, já que eles seguem o mesmo formato, são todos de capa dura, e até mesmo a quantidade de pages é bem igual. O da Besthöven discography tem 220 pages, o Vermynoze Total Paper tem 200 pages e o Vermynoze Photobook tem 220 pages também. 
No final das contas, o segundo do zine Vermynoze acaba por complementar o primeiro sim, em várias coisas, porém continuam independentes... 
E sim, meu, tem um livro novo em ponto de bala!! Mas por enquanto é segredo!! Mas já tá quase pronto e indo para a fábrica em alguns dias apenas. 
Eu particularmente achei muito interessante esse seu pensamento, citando em um dos livros, de que é preciso registrar a cena historicamente, seja em um livro ou em um zine. Sem esses registros, muita coisa se perde, infelizmente. E no livro sobre o Vermynoze Pütrida, tem uma banda daqui de Conquista, chamada ÑRÜ. Como funcionava naquela época esses contatos, lá pelo final dos anos 80, começo dos 90? Era tudo carta, né? Galera de hoje não tem noção como era, fala aí; 
Fofão - Pois é, meu, eu vivi tantas coisas legais, vi tantas bandas bacanas acabarem sem nunca terem gravado nada, e vi tantas bandas legais do brasil que só gravaram tapes, algumas com tiragens bem pequenas na época, acho que tanta coisa boa ficou perdido no passado, saca? Com sorte, desde pequeno, que eu tenho esse pensamento quase de “arquivista” e consegui com o passar dos anos, poder estar lançando esses livros, e fazendo assim, com que parte desta história continue viva, saca? 
Ainda tenho muitos originais do meu zine que fiz em 1990, 91, 92...e muitos materiais daquela época também, sem contar que eu mesmo fotografei muitas destas bandas nos roles que fiz, para o phototobook mesmo, eu tive que fazer uma seleção, e ainda tenho muitas fotos aqui, talvez faça um photobook parte dois, não sei... enfim... 
Eu estava me lembrando, anos atrás quando vi pela primeira vez o excelente documentário Botinada! E um cara diz algo como; “a biblioteca Punk brasileira cabe em uma mão”, e porra, aquilo ali foi muito deprê de contemplar, e pensar que uma cena tão grande e com tanta gente legal, e com tanta história pra contar, esteja tão mal documentada de um modo geral saca? Bom, eu quero dizer ANTES!! Porque hoje já há uma galera produzindo bem mais neste sentido, saca? 
Há documentários legais pela web, há gente lançando livros também, como o "United Forces", por exemplo, do meu amigo Marcelo R Batista. O United Forces foi um grande incentivo para eu fazer os meus livros, eu já vinha com esta ideia de fazer um livro com os arquivos de meu velho zine, e quando vi a primeira vez o trailer do livro do Marcelo, eu fiquei louco de alegria! E acho que fui um dos primeiros a comprar aquele livro magnifico! 
Mais tarde, com a parceria com o amigo Ulixo e o selo dele e o meu, conseguimos então lançar estes três livros. 
Recentemente foi lançado um livro com a história do Punk na Paraíba também! Lançado pelo amigo Solano Alves, que se chama ; “Três acordes, Algumas ideias e Várias bandas”, que eu tô afim de pegar também!! E tem o seu também, que eu quero pegar também!!! 
Quanto ao esquema das cartas, pois é meu, até 1995 foi assim né? Às vezes mandava uma entrevista para uma banda de outro estado e tinha que esperar, três semanas, um mês para receber as respostas, muitas respondidas à mão também, que você ainda tinha que datilografar para poder editar no zine, entre xerox às vezes boas, às vezes ruins, mas tudo funcionava muito bem!! E fazia parte dessa correria toda. 
Na minha opinião, toda esta dificuldade de se conseguir as coisas, até mesmo as vezes para se conseguir um som novo, um zine novo, uma foto de uma banda, acabou por criar pessoas muito fortes, pois esta dificuldade toda trazia também algo quase que como uma “recompensa”, né? É como se o pessoal do passado tivesse uma história para cada disco que ele conseguiu na época, pois ele saberia dizer a dificuldade que passou pra levantar a grana pra comprar o disco, ou como comprou ou ainda, onde comprou, até mesmo porque as distros eram bem poucas também. 
Havia o esquema de “batizar” os selos também, onde a galera passava cola branca em cima dos selos das cartas, e então o carimbo do correio ficava na cola, e quando chegava a carta na sua casa, você colocava o envelope de molho e podia reaproveitar os selos em outra carta... 
as pessoas, naquela época, viviam com várias dificuldades para se conseguir material e informação e mesmo assim, se construía uma cena forte pra caralho. 
E era bem legal pra falar a verdade, se você tivesse bastante contatos, então tinha sempre cartas chegando, materiais, se você conseguisse responder todo mundo também de forma rápida. Infelizmente, às vezes, batia a falta de grana também, e não era sempre que se conseguia responder todo mundo. Mas a troca de materiais e informações eram feitas todas via correio, as compras de materiais também, os primeiros discos importados que chegavam nas primeiras distros. 

Só pra acrescentar aqui sobre a Ñ.R.Ü e sua importância na cena aqui da nossa cidade, todos os discos de bandas de punk rock locais, dos anos 2000 pra cá, foram gravados no estúdio de Ruckson, vocalista da Ñ.R.Ü. O primeiro CD da Renegados HC, da Princípio Ativo. Da Cama de Jornal ele gravou todos, inclusive os 2 principais discos ao vivo da gente. Uma pena que bandas como a Ñ.R.Ü tenha encerrado as atividades. No livro você fala sobre os endereços das bandas nos zines antigos não serem mais os mesmos, no caso da Ñ.R.Ü, pode mandar material que ele ainda mora lá! 
Fofão - Putz, que da hora ouvir isso meu! Ñ.R.Ü era uma banda muito foda! Um som único e super original também, gosto das letras também, e do jeito do vocal cantar, diferente e debochado também, era uma banda foda! 
Ñ.R.Ü no livro "Vermynoze Total Paper"
A questão da nota sobre os endereços no zine, mano, é que ali tem endereços de 25, 30 anos atrás, então para garantir, coloquei aquela nota, até mesmo porque fiz questão de manter os endereços no livro, para que as pessoas pudessem ver de quais localidades as bandas eram, de qual cidade, qual estado, etc... 
Além da Ñ.R.Ü, há também a Acephalos da Bahia, e pra mim, a cena da Bahia sempre teve bandas excelentes! Outras duas bandas da Bahia que eu acho foda são a Proliferação, e também a Subversivos (que era de Alagoinhas), e eu ainda tenho essas bandas em fitas k7. 
No segundo livro do zine, ou seja o Photobook, da Bahia, há fotos das bandas NÃO, que eu tirei em 1990 no encontro Punk em Belo Horizonte, e eu ainda era “de menor”...hehehe...e também uma foto da Antropofobia, que eu tirei em 1995 no encontro Punk no Rio de Janeiro. Há também uma foto da banda Disacusia, de 1998, que era de dois amigos meus; o Bugiganga da Bahia e o Bate Gute da Paraíba! 
Bahia sempre teve bandas fodas e expressivas pra caraio!! 

Bom, falei mais que perguntei aí acima, mas agora eu gostaria de saber o que você pensa sobre os punks lá dos anos 80/90 que viraram crente ou conservadores escrotos? 
Fofão - Putz, nem sei por onde começar mano...isto tudo é muito deprê... 
Só sei que é muito escroto tudo isso, cresci vendo punk virar “careca do Brasil nacionalista”, skinhead white power, entre outras merdas....virando crente também... 
E isso é uma bosta, mas sei lá, talvez o cara é uma coisa por fora e outra por dentro, as vezes, pode se dizer punk, banger, mas no fundo ser um escroto em casa, um cara que é punk na web mas manda na esposa, espanca os filhos em casa e só esteja finalmente assumindo a bosta de sua identidade escrota, assumindo o que sempre foi na verdade por debaixo da “roupa”. 
Pior ainda quando é “das antigas”, às vezes teve uma banda que até influenciou outras pessoas e agora aparece falando e fazendo merda, como tem acontecido muito ultimamente, como, por exemplo, uma banda da Espanha dos anos 80 que eu gostava muito, a MG 15, que já tocava algo como um proto-D-beat, e um dos caras hoje, acho que o vocal se não me engano, hoje é candidato pelo partido nazista espanhol vox. Porra, é uma desgraça saber disto, ver as fotos do cara com um monte de nazis fazendo saudação, é surreal até. 
E hoje em dia com essa ascensão do fascismo e também da burrice no Brasil, muita gente tem se mostrado como grandes filhas da puta, né, meu. 
E agora falando de Brasil. Às vezes me pergunto; quando tudo isso acabar, quando esse governo de merda sumir, então para onde irão esses racistas, homofóbicos, machistas e todos esses desgraçados que apareceram nos últimos meses??? Eles voltarão a serem “pessoas legais”??? As pessoas vão aceitar novamente esses projetos de fascistas como se nada tivesse acontecido??? 

Pois é, bem complicado. Mas e agora, voltando a falar de coisas boas, positivas, quais os projetos com a Besthöven? 
Fofão - Bom, este ano foi bem produtivo pra mim em vários aspectos. Em Janeiro gravei um EP novo com oito sons novos e exclusivos, e este vinil se chama “Tomorrow´s Hell” e foi lançado na Alemanha, ainda tenho umas três cópias aqui, caso alguém tenha interesse é só dar um toque, beleza? 
Ouça aqui 2 sons do EP Tomorrow´s Hell
Em Fevereiro gravei mais três sons novos e exclusivos também para o split EP com a DHK, que está sendo lançado a qualquer momento na França! 
E há pouco gravei um som para uma coletânea em LP que sairá no Brasil com várias bandas, mas esse projeto eu acho que é segredo ainda, então não vou falar muito sobre, ok? Sorry... 
Além dos livros que eu lancei, desde o início da pandemia, do isolamento, onde aproveitei o tempo em casa para produzir, né, meu... 
Estou terminando o novo álbum da Svartfaglars e ainda aos poucos começando a compor o novo trampo da Besthöven para um full LP que começarei a gravar em breve...
 
Eu espero um dia poder tocar junto com você em algum lugar por aí. Lembro-me que da última vez que fomos tocar com a Cama de Jornal no Distrito Federal, você estava, mas acabou que não rolou da gente trocar uma ideia. O espaço é seu pra falar o que quiser, divulgar seus trabalhos, manda aí! 
Fofão - Pois é! Eu estava lá! Finalmente os vi ao vivo e o show foi ducaralho!! O Grilo mesmo já havia me mostrado o som de vocês também na house dele! Naquela noite eu estava de carona com três malucos totalmente chapados...hahaha...e os caras já queriam zarpar do show direto pra uma festa lá na casa do caralho de longe...hahaha...e eu tive que segurar a onda e colocar os caras pra voltarem pra nossa quebrada, do contrário eu acho que a gente estaria perdido nesse role até hoje ainda...hahaha...por isso tivemos que sair às pressas de lá e nem fui trocar ideia com vocês mano! 
Mas haverá outros rolês por aqui na minha city, o Gama, ou aí!! Claro!!
CONTATOS:

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Eletroacordes comemora 12 anos com coletânea

A banda gaúcha Eletroacordes acaba de lançar seu mais novo material. É a coletânea 'Doces Doze Doses', da própria banda, em celebração aos 12 anos do grupo. O projeto, lançado em outubro, contém 12 músicas autorais. Disponível em mídia física ou nas plataformas da OneRPM (com lançamento individual de cada música).
Para todos os gostos, do rock ao psicodelismo, o CD registra cada período da Eletros ao longo de sua trajetória de mais de uma década, em diferentes formações, estilos ou propostas. A banda é formada atualmente por Rodrigo Vizzotto (voz e baixo), Luis Tissot (guitarra) e Mateus Melo (bateria). O quarto trabalho do trio gaúcho interrompe o hiato da pandemia e marca o período, com a nova composição 'Dias Perdidos', gravada remotamente na Produtora Casa Sonora. Já 'Blues do Improviso' sai da gaveta para recordar as habituais execuções sempre de modo súbito, puxada por uma harmônica.
Sempre na trilha do rock, a Eletroacordes revela todas as faces de sua música. 'Alucinada' ganha versão em CD e abre 'Doces Dose Dozes'. A fase mais psicodélica entra na coletânea com 'Sono Tão Profundo', 'Aquele Beijo' ou 'Não Acreditei'. Para ambientar o clima ao vivo, o CD inclui o registro 'Mississipi Chama'. A última apresentação da Eletros aconteceu pouco antes do isolamento social no mês de março em Porto Alegre e desde lá, segue sem ensaios ou apresentações. O trio já lançou três EP's anteriores e seis clipes roteirizados(veja no Youtube).
CD coletânea "Doces Doze Doses" - Eletroacordes.
A Produção Executiva fica a cargo de Wagner Rodrigues (Casa Sonora) e Rodrigo Vizzotto. Já a designer Clau Sieber arremata o projeto gráfico. Ouça abaixo, um som da coleta! E para saber mais da banda, acesse;

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Dieguito Reis lança novo single

Dieguito Reis - Por Anne Santoro
Dieguito Reis, baterista da banda baiana Vivendo do Ócio, lança o single “O Que Chamam de Amor”, seu mais novo trabalho solo.
Para quem está acostumado com a barulheira de Dieguito na batera da Vivendo do Ócio, vai se surpreender com sua voz mansa no single, que ele mesmo define como "love song baiano com uma pegada de R&B". Em “O Que Chamam de Amor”, o artista conta com a colaboração de Pedro Bienneman e Ibrahim nos backing vocals. A arte da capa é do artista Arthur Lombriga.

Só neste ano Dieguito já lançou “A Vida é Agora”, “Verão na cidade sem mar”, “Planeta Soul”, além do disco “Ao vivo Showlivre”.
Dieguito agora se prepara para lançar seu primeiro disco, pela Matraca Records, previsto para o primeiro semestre de 2021.


domingo, 13 de dezembro de 2020

Lançada a coletânea One Degrau na Véia 3

Capa por Leandro Franco
O "One degrau na Véia" é um programa transmitido todas às sextas feiras na web rádio Skate Metal Old,  e lançou na última sexta feira (11/12) a terceira edição da Coletânea "One Degrau na Véia!" A segunda edição já havia sido divulgada no final do ano passado aqui no blog.
Essa terceira edição conta com 26 bandas, veteranas e novatas, da cena independente de vários estados brasileiros, com estilos que vão desde o Punk Rock, Hardcore, Pós Punk, Horror Punk, Rap n Roll, Bubblegum até o Psychobilly!
Clique na imagem para ampliar
As bandas que estão no material pela primeira vez são Sakim de Kola (SP), Cine Sinistro (RJ) e Dpeids (AM). As que completam a coletânea são; Alucinados (SP), Pé Sujus (SP), Onda Errada HC (SP), Indigesto (SP), ATOX (RJ), Friendship 66 (SP), Galhofa (CE), Ratazana (SP), Beer and Mess (DF), Rotores (SP), Mortuus Vivus (SP), Kaos Horror (AM), Corvos (RJ), Spitfire Demons (SP), Banda Hitchcocks (SP), Rosa Morta (MG), Anguere HC (SP), DOPS banda de protesto (MG), Setor Bronx (RJ), Dose Letal (SP), Os Mandriões (SP), Abigail Punk Rock (RS) e Os Horácios (RS).
Organizada por Frávio Duarte, a arte foi produzida pelo cartunista Leandro Franco, que também é baterista e vocalista da banda Asteroides Trio. A coletânea também sairá em CD que será distribuído para todo o Brasil pela produtora Som de Peso (RS). ouça abaixo!

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sábado, 12 de dezembro de 2020

CIPA Rap vem de voadora em novo CD

CIPA Rap é Lívia Ellen, Bit Macário e Miro Mc
O Blog Tosco Todo, não é de rap, todos sabem disso. mas já postei alguns artistas que são dessa vertente aqui no blog, desde que eu perceba que o que fazem é verdadeiro. O grupo Conquistense CIPA Rap é um desses, e lançou hoje seu novo trabalho.
O CD "Enfrentando Dragões" já está disponível na íntegra nas principais plataformas, como Deezer, Spotify e Youtube. Formado por Miro Mc e Bit Macário em 2012, desde 2018 virou um trio, com a entrada de Lívia Ellen. Agora eles vem com tudo e mandam esse recado; "Atenção a todos os envolvidos e apoiadores da família CIPA rap. Agradecemos por cada um que acreditou e esperou ver esse trabalho no ar. São 14 faixas de muito trabalho, dedicação e paixão, em função desse corre."
O disco foi gravado em Conquista com produção da Traficando Ritmos, mas também teve 4 faixas gravadas em São Bernardo do Campo-SP,  por Serginho MPC.
Escutando o disco, logo após a faixa de introdução, eles mandam, quase como uma oração, os versos de "Poesia Bruta" que diz: "A cada dia, vivemos lutando, em busca da superação/matando um leão por dia e ainda tendo que aturar cuzão." A faixa seguinte, que dá título ao disco, manda logo essa; "Eu já estou acostumado/estar em campo minado/enfrentando o meu dragão". É aquele lance de ter que saber onde pisa, com quem anda, quem agrega, quem atrasa. Essa pra mim é uma das melhores faixas do disco, juntamente com a faixa "Paz que carrego", com umas patadas diretas na galera ostentação, ou que vive só de pancadão. Para essa galera sem noção, a CIPA Rap dá o recado; "Nada contra quem bate o bum bum no chão, ouvindo pancadão/mas não é porque rebola que tem que perder a visão, irmão."
Outra faixa que me chamou a atenção, foi uma vinheta no meio do disco chamada "Interlúdio", que é um depoimento da avó de Lívia Ellen, falando sobre a sua visão sobre a pandemia de Covid-19 e a postura (ou falta dela) do (des)governo do atual presidente, que me recuso até a digitar o nome desse desgraçado aqui no meu blog. A vovó dá a idéia, sem curva, diretona na sua cara!
O disco é pesado, e apesar de eu não ser nenhum especialista em rap, pois todo mundo sabe qual é minha praia, posso dizer com toda a certeza que esse é um disco histórico pra cena aqui da cidade, não só pelo simples fatos de terem gravado e registrado seus anseios e frustrações com essa sociedade hipócrita e injusta, mas principalmente por se preocuparem com o conteúdo das suas letras. Quem dá a voz hoje na periferia é o rap e o hip hop, e se a gente quer mudar algo, tem que ser na base, na rua, na periferia. E esse trabalho consciente a CIPA Rap vem fazendo já há bastante tempo. Sem mais, ouça e enfrente seus dragões!!!
CONTATOS:

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Pilot Wolf lança Killer Machine

A Pilot Wolf, de Vitória da Conquista-BA, é uma banda de Heavy Metal tradicional com quatro anos de estrada. Atualmente conta com Breno Fernandes no vocal, Weslley de Brito Porto na guitarra, Joabe Rios também na guitarra, Gleidson Ribeiro no baixo e Fábio Loureiro na bateria.
Meu amigo Caio Snake, mestre em metal nacional e parceiro do blog, me mandou essa resenha do novo trabalho da Pilot Wolf, o álbum Killer Machine. São onze faixas, em um disco totalmente autoral! Então, saca aí e conheça um pouco mais sobre a banda e sua sonoridade!
Por: Caio Snake.

"Vocês querem guerra, guerras vocês terão!" A banda Pilot Wolf formada em 2016 por iniciativa do baterista e compositor Fábio Loreiro acaba de entregar um artefato sonoro de responsa. Exército formado em conjunto com Breno Fernandes (vocais), Wesley Porto (guitarras), Joabe Rios (guitarras), Gleidson Ribeiro (baixo), Killer Machine não deixa pedra sobre pedra. Para primeira audição recomendo volume no talo para ouvir/sentir a explosão de decibéis que esse conjunto proporciona. Heavy Metal que me remeteu muito ao Judas Priest fase Painkiller pra frente, também Saxon e Exciter, temos um trabalho que oscila entre a escola clássica e o Thrash oitentista. Revezando conduções rápidas (speed) e marchas cadenciadas, temos um full dinâmico que convida para o headbanging na boca do palco ou em frente às caixas de som nesses tempos de pandemia!
A abertura apresenta MARCHING, uma introdução em tons épicos nos teclados (Daniel Drummond) que conduz ao ataque inicial. Na sequência a veloz BACK STRIKE versando sobre os temas fúria e vingança com levada empolgante e precisa. Os vocais de Breno detonam potência e interpretação logo de arranque! Fera!
Breno Fernandes - Vocal da Pilot Wolf
Sem dar tempo para respirar vem a faixa título KILLER MACHINE numa marcha mais cadenciada tratando o tema dos tanques de guerra e, ao mesmo tempo, denunciando o descarte de vidas a serviço dos conflitos e interesses mesquinhos. Sonzeira fuderoza com refrões consistentes. A 4a faixa é o single THE RED BARON, composição em tercinas (três notas por tempo) com uma condução marcante e muito bem executada. Aqui não há uma homenagem ao famoso Barão Vermelho (Manfred von Ritchthofen) mas uma abordagem lúcida sobre o papel que desempenhou na 2a guerra.
Como se já não estivéssemos a essa altura suficientemente empolgados os caras mandam IGNITION com um dedilhado de violão e efeitos de guitarras que nos arremessam para PALACE OF DEATH. Nessa faixa aquilo que eu chamo de espírito do Heavy Metal se manifesta na lírica ao abordar de forma corrosiva e lúcida sobre os temas "progresso", intolerância, dogma e hipocrisia inerentes à história humana. O pau quebra enquanto a mensagem é vociferada!
Lá vem ILLUSIONS, pegada firme e rápida sem perder o fôlego. E por falar em fôlego, o que você faria se fosse um soldado entorpecido em meio as atrocidades enfrentadas nas guerras? Foda! E como essa turma não está pra brincadeira na sequência vem MASTER OF DISEASE disposta a nos manter ali, firmes no show, descarregando fúrias. O uso das religiões como instrumento de alienação e despolitização é o foco desse estrondo sônico. Sem pedir licença, GHOST WARRIORS ao nos entregar uma crítica ao Estado que usa o nome de homens e mulheres mortos em guerras para nomear praças e estátuas também nos oferece uma performance apta para conduzir o bate-cabeça sem piedade.
Dê o play e ouça "Master of disease"
Fechando o álbum vem NORTH WIND, que fugindo do script lírico proposto ao longo do álbum é inspirada na série Vikings. Lógico, toca o tema das guerras, mas o contexto é outro. Essa faixa encerra esse conflito declarado, projetado, combatido e vencido. Missão cumprida! Fica a recomendação da banda Pilot Wolf e sua Máquina de Matar dogmas, ilusões, hipocrisias e babaquices. Adquira, ouça e exorcize essa guerra que se passa dentro de você!

Contato para adquirir o CD:

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Do Punk as Artes Visuais-Conheça a história de Willyams Martins

Willyams Martins - Arte da Rua
Será lançado no próximo dia 21 de Novembro, às 18 horas, durante uma live, o filme "Willyams Martins-Imagem, música, vida" de Nêio Mustafa. O documentário apresenta a história de vida de Willyams Martins, vocalista da clássica banda Dever de Classe. O grupo esteve na ativa no auge da cena punk de Salvador, entre 1984 e 1989. Após a pausa de duas décadas, a banda retornou e gravou dois CDs: "Desarmar o Mundo" em 2001 e "Urânio Enriquecido, povo subnutrido" no ano de 2005.
Dever de Classe-Formação clássica (esq. p/ dir); Willyams, Nêio, Bel e Rai abaixo.
O filme, além de falar sobre a trajetória de Willyams no movimento punk, conta sobre o seu envolvimento com as artes visuais e representa a visibilidade histórica da cena underground em Salvador.
Conversei rapidamente com Nêio, sobre a idéia o documentário, e ele disse que "quis fazer da minha vida uma ponta de lança em favor do pobre e do trabalhador. Então, percebi que uma das formas era produzir filmes com essas pessoas que para a maior parte da sociedade são “invisíveis”. O filme “Willyams Martins - Imagem - Música - Vida” levou 4 anos para ser finalizado e sobre isso Nêio falou que "eu, como um trabalhador que sou, reservava as noites para desenvolver o filme que faz parte de um projeto que criei chamado “historias de vida”. O filme não seria possível de ser realizado sem a ajuda de muitas pessoas".
Nêio também fez parte da Dever de Classe. "Eu fundei a Dever de Classe com Willyams Martins em 1985. A banda teve diversas formações, mas o núcleo irredutível de resistência, sempre foi composto por nós dois" - disse o diretor do documentário.  Além de Willyams e Nêio, a formação clássica contava ainda com Bel e Rai. O baterista César Contreiras, Bel, foi o primeiro baterista da banda, mas faleceu em 2015.
Sobre a importância do punk em sua vida, Nêio diz que "O punk hardcore foi a base para a formação da pessoa que hoje sou: lógico, ético e benevolente".
Apesar de ter a data de lançamento para o dia 21 de Novembro, o filme já está disponível no youtube e você pode assisti-lo logo abaixo.
Para maiores informações:
Nêio Mustafa

Clique aqui para a Live de Lançamento dia 21 de Novembro, às 18 horas. No dia da live todos poderão enviar perguntas e dúvidas ao vivo. Se ligue e participe!

Ouça Dever de Classe aqui!






quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Branco Ou Tinto lança novo álbum

Branco ou Tinto - Formação 2020
Branco Ou Tinto é uma banda de rock'n'roll formada em 2007, em meio ao escaldante calor de Cuiabá. Lançaram seu primeiro álbum, intitulado “50 Segundos”. Atualmente radicada em São Paulo-SP, a banda é formada por Jimi Moraes (vocal/guitara), Brunno Negrão (bateria) e Welton Chigeta (baixo).
O seu novo disco “Passageiro Aprendiz”, era para ser lançado em 2016, como foi publicado aqui no blog, mas devido a problemas com produção e mudança de formação, somente agora eles conseguiram finalizar e lançar.
O álbum "Passageiro Aprendiz" já está disponível nas principais plataformas digitais, e também no website oficial da banda. Contando com 8 faixas com letras em português, o álbum traz canções inéditas.

As músicas mostram o amadurecimento da banda, que se firmou na cidade de São Paulo com a formação de Jimi Moraes (vocal/guitarra), Brunno Negrão (bateria) e Welton Chigeta (contrabaixo). Com uma proposta diferente do primeiro disco, que tinha uma pegada mais para o rock clássico, a banda traz músicas mais pesadas com forte influência do rock dos anos 90.
Produzido em parceria com o Aero Studio e o produtor musical Tchucka Jr, que também fez a mixagem e masterização do álbum, a arte da capa é assinada pela própria banda e expressa de maneira poética a mensagem transmitida nas músicas.
Em tempos de pandemia, a banda tenta contribuir de alguma maneira com sua arte, para que as pessoas tenham um pouco de descontração neste momento tão difícil que nossa geração está enfrentando.

terça-feira, 10 de novembro de 2020

DFC aposta em splits

Split K7 DFC / Jacau
A clássica banda DFC, do Distrito Federal, vem apostando em lançamentos em parcerias com outros grupos. E vem com dois lançamentos. O primeiro split é juntamente com a banda de hardcore Jacau, da cidade de Itabuna, interior da Bahia. O split foi lançado em cópias limitadas em K7 e mini CD Digipack e pode ser adquirido diretamente com as bandas ou através do Selo Tocaia.
Contatos:
Split Mini CD DFC / Jacau
O segundo lançamento do DFC é outro split, dessa vez, em K7 e CD, juntamente com a banda HCG, da cidade de Oliveira, interior de Minas Gerais. Na versão em CD, são  20 sons, sendo 9 do DFC e 11 da HCG. Já a versão em K7, lançada na Hungria, são 9 sons do DFC e 7 da HCG. Todos os sons do DFC nesse split foi gravado ao vivo no Festival Tomarock, no Rio de Janeiro em 2016. Os sons da HCG são inéditos e gravados em 2020. A arte da capa foi adaptada do cartaz desse show que já era uma paródia do Live After Death do Iron Maiden.
Split CD DFC / HCG
Para adquirir o Split DFC / HCG:

CD
Two Beers or not Two Beers Records

Brado Distro

Kaotic Records

Heavy Metal Rock

Terceiro Mundo Chaos Discos
Split K7 DFC / HCG
K7
Drinkin' Beer In Bandana Records

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Conheça artistas que tocam sozinhos

Você quer montar uma banda, mas não encontra quem toque baixo, guitarra, bateria? Ou até mesmo você toca um desses instrumentos e não acha um cantor que se encaixe em seu projeto de banda?
Que tal tocar tudo sozinho? Parece impossível?
Não, não é. A postagem de hoje aqui no blog Tosco Todo é pra te mostrar que sim, é possível. Há muito tempo já existia quem fizesse tudo sozinho. Vamos a história.
Primeiro temos que falar de Jesse Fuller, bluesman do início do século passado que pode ser considerado uma das primeiras one-man bands modernas, ou seja, um cara que tocava sozinho, mas que soava como uma banda. Ele inventou um baixo tocado com pedal, e deu a invenção o nome de fotdella. Ele usava um suporte de gaita, e também utilizava pedais para tocar baixo e outro para fazer a marcação com a bateria.
Jesse Fuller era um inovador, começou tocando em bares de São Francisco. Fuller nasceu em Jonesboro, no estado da Georgia, perto de Atlanta. Ainda pequeno, a mãe de Jesse o deixou aos cuidados de parentes, numa localidade rural onde ele passava fome e era maltratado. Quando cresceu, trabalhou em uma infinidade de sub-empregos: foi peão, engraxate, biscateiro, entre outras coisas.
Jesse Fuller e seu baixo com pedais.
Jesse nunca havia trabalhado profissionalmente como músico, embora andasse sempre com seu violão debaixo do braço, tocando por dinheiro e passando o chapéu. Quando tentou tocar com uma banda, não se adaptou porque havia nascido para ser uma "banda de um homem só".
Mas tocando em clubes e bares de San Francisco, Jesse Fuller foi ganhando popularidade, aparecendo em um programa de televisão local e, em 1958, lançou seu primeiro disco batizado de "Jesse Fuller: Jazz, Folk Songs, Spirituals & Blues".
Sua música “You’re No Good” foi gravada por Bob Dylan em seu primeiro disco e o Greateful Dead também gravou algumas, incluindo "The Monkey and The Enginner" e "Beat it Down the Line".
Veja uma aparição rara de Jesse na TV.
A partir daí, muita coisa aconteceu, a tecnologia e novas invenções ajudaram muito os músicos solitários. Inclusive aqui no blog, já postei alguns artistas que tocam sozinhos, como o The Solitaryman Monoband e Caio Cobaia, que grava todos os instrumentos na gravação dos seus discos. E vou agora deixar uma pequena lista aleatória, com alguns artistas que tocam sozinhos. Vamos nessa!
Molly Gene por Jessica Calvo
MOLLY GENE
Pra começar, vou falar de uma mulher. É, apesar do termo One Man Band ser mais difundido, as mulheres quando se envolvem com alguma coisa, na maioria das vezes, faz melhor!
Warrensburg é uma cidade localizada no estado americano de Missouri, no Condado de Johnson. É de lá que vem Molly Gene. Sua principal influencia para a música foi a sua avó, que tocava para Molly, músicas de Jerry Lee Lewis ao piano da família. Posteriormente, teve a influencia do irmão, que tocava em uma banda de rock and roll. Logo em seguida, montou uma banda com três amigos, onde era a vocalista. Depois de perder o irmão, de forma trágica, ela vai para a faculdade, mas sempre que via um palco, com microfone aberto, tomava conta do espaço. Após ganhar uma espécie de tambor, como uma bateria que se tocava com os pés todas as peças, Molly começa a viajar tocando sozinha pelos EUA e pela Europa. Após anos tocando a bateria com os pés, ela teve um problema grave no joelho, que a impede de tocar, fazendo com que precisasse da ajuda de um músico para acompanhá-la a partir de 2019. Fora dos palcos, ela virou professora de Ioga e tenta curar seu joelho e sua mente, afetada agora, principalmente, por conta da pandemia do Covid-19. Assista Molly Gene em ação no video abaixo;

DR Crazy - One Mad Band
Dr Crazy One Mad Band é de São Paulo e segundo ele mesmo "é o monobanda e cientista louco que foi abduzido por alienígenas e recebeu a missão de espalhar pelas galáxias um estilo musical único conhecido por Space Trash Blues ou Alien Blues". Se isso é verdade, não cabe a mim investigar. Mas ele também usa uma bateria de pé construída sob encomenda "com tecnologias recebidas diretamente dos alienígenas". Além da bateria de pé, os gráficos que são projetados durante a performance também foram desenvolvidos por Dr Crazy com "tecnologias recebidas durante uma abdução alienígena".
Pedais "alienígenas" de DR Crazy
Dr Crazy One Mad Band lançou em janeiro de 2018 o primeiro CD chamado Homeless Dog, com 5 músicas. Em 2017 fez 24 shows na Europa, tocou na Alemanha, Espanha, Suíça e República Checa, abrindo os shows do grupo Lord Bishop Rocks.. Em 2018 voltou para Europa, foram 15 shows em 45 dias, principalmente pelo leste europeu. Dá o play!

Hombre Lobo Internacional
HOMBRE LOBO INTERNACIONAL
Em muitas cidades distantes existe a lenda de um homem-lobo, uma lenda de um estranho homem mortal com o cabelo e as presas de uma fera sobrenatural. Todas as noites de lua cheia você pode ouvir seu uivo arrepiante, tambores batendo, guitarra cortante, som selvagem e primitivo de rock'n'roll. Depois de se tornar uma lenda em sua cidade natal, onde é conhecido como Hombre Lobo Internacional, ele embarcou em uma turnê mundial da Espanha à Itália, do Canadá à Áustria, de Portugal à França, da Suíça à Romênia.
Hombre Lobo Internacional surgiu na Espanha em 2013, mas segundo ele "na verdade tudo começou muito antes, quando 'hombre lobo' foi mordido pelo Blues , Rythm´n´Blues e Rock'n'Roll quando ainda era criança".
Esta verdadeira fera do rock'n'roll toca bateria com os pés, guitarra elétrica com as mãos e uiva ao mesmo tempo. Em 2014, ele começou "The Full Moon Tour", tocando suas próprias canções originais em todas as noites de lua cheia. Esta turnê o levou por toda a Espanha e Itália e, em seguida, por muitos outros países como Portugal, França, Suíça, Áustria, Romênia e Canadá.
E Hombre Lobo esteve no lendário Castle Bran, o castelo oficial do Drácula na Transilvânia, como parte do monstruosamente fabuloso “Festival da Trashylvania”.
Depois de vários albuns lançados, o mais recente lançamento, novamente com o selo "Family Spree Recordings", é o novo álbum "Bigger Blue Suede Shoes". Dá o play!

Black Voodoo
BLACK VOODOO
Black Voodoo é um projeto da cidade de Mariana-MG, formada por Douglas Michael Vieira, que toca guitarra, bateria e voz. Segundo Douglas o Black Voodoo surgiu "com o intuito de trazer ao público um universo musical, visual e cultural diferente, tanto no modo, quanto na forma de fazer. Com sonoridade inspirada em velhas lendas e nomes do blues rural e rock'n roll primitivo, misturado a sonoridades pouco convencionais como o Rockabilly, Psychobilly, Voodoo Rythm, Surf Rock, Garaje Rock, Primitive Rock, e outras bizarrices em geral." Dá o play!

Mentecripta One Man Band
MENTECRIPTA
Thrash-pop de um cara só, Arthur Amorim, direto de Ribeirão Preto-SP. Segundo Arthur "o Mentecripta One Man Band foi formado em 2018 após o show do Dr Crazy One Mad Band (olha ele aqui de novo) no Antro em Ribeirão Preto no mesmo ano, e é claro também após juntar no mesmo caldeirão outras referências mundiais como Marco Butcher, Dead Elvis, Molly Gene, Lone Wolf, Trash Colapso. Ver a bateria do Dr Crazy One Mad Band ao vivo, em forma de pedais, me catapultou a fazer e gravar meu próprio som, com influências diversas, apenas com o que eu tinha em mãos, um Cajon e um Chimbal, que são os instrumentos foot drums (bateria com os pés) que eu permaneço tocando até os dias atuais". Dá o play!

Ricardo Cesar
RICARDO CESAR
Ricardo Cesar é um músico independente da cena de Fortaleza-CE. Já fez parte de bandas como Os Intrusivos, dentre outras bandas. 
Durante a quarentena o músico cearense aproveitou para exercitar o lado "faça você mesmo" e gravou no melhor esquema one-man-band e com pouquíssimos recursos, apenas com um celular.
Buscando referencias de The Ronettes até o Velvet Underground, o disco conta com onze músicas. Dá o play!

Então, isso é só uma amostra do que tem de gente fazendo seu som, nos mais variados estilos, sem colocar dificuldades, e sem se preocupar com o que os outros vão dizer, simplesmente fazendo! Faça você mesmo!!! Essa é a lei!